terça-feira, 29 de novembro de 2011

DOUTOR IMAR


Regina ajuda na
revisão de livro.
Eu o reencontrei com alguns anos de atraso. Minha amiga Helga tentou aproximar-nos durante muito tempo, mas não deu certo antes. Porém, depois que ela mudou de andar, minhas colegas da editora me indicaram um médico especial que, segundo elas, atenderia aos meus anseios. 

Encontrei o doutor Imar pela primeira vez, neste orbe, em 2004.Voltei encantada com sua humanidade, competência, dedicação, seu amor doação... Nunca mais deixei de consultá-lo e o indiquei a muitos amigos e familiares. 

Dr. Imar Crisogno durante uma de suas palestras.
Foi amor à primeira vista e me senti correspondida plenamente. Sei que ele ama centenas de pacientes da mesma forma, mas sinto que algo indescritível nos liga as almas e já conversamos sobre isso com agradável surpresa.

Ele está sempre muito ocupado e não me detenho muito durante as consultas, todavia,  a cada encontro é como se o tempo pudesse parar tamanho o encantamento!

Doutor Imar Crisogno com seus pacientes.
Ele é muito querido por todos e minha amiga Helga compartilhava esse sentimento como percebi nas inúmeras vezes que o descrevia. Eles trabalharam juntos e também mantiveram o vínculo: professora x aluno de línguas, além da amizade entre afins.

Agora estou ajudando a revisar mais um de seus livros. Ele é pesquisador incansável e tem priorizado a alimentação natural, a obesidade, a importância da consciência nutricional e os hormônios. Sua visão holística da vida e a paixão que nutre por sua profissão nos cativam!

Helga sempre quis que eu
encontrasse o Doutor Imar!
Nesta obra Imar Crisogno Fernandes fala da fadiga adrenal, do estresse emocional, do hipotireoidismo, dos hormônios bioidênticos. A última parte do livro é composta de receitas caseiras que sua avó costumava usar e que foram cuidadosamente compiladas pelo pai do nosso querido médico.

Na revisão optamos por manter o  idioleto, ou seja, o estilo pessoal ou conjunto dos usos de uma língua própria de um indivíduo, num momento determinado. Assim, a linguagem  coloquial quebrará a resistência do leitor em relação ao lado científico do tema abordado. 

domingo, 27 de novembro de 2011

INTERAÇÃO COM A NATUREZA



Aleixo e Regina, na Shamballa, em 04.07.2011.
Jardim é terapia. O contato direto com a natureza é capaz de ajudar na recuperação de doenças, estimulando a vontade de a pessoa viver e lutar.

Dizem que o famoso pintor Vincent Van Gogh se internou voluntariamente numa casa de saúde da cidade de Saint Remy, em Provença, na França, em 1889. Ele sofria de transtorno bipolar e buscava solução para seus altos e baixos. No período em que esteve ali, Van Gogh produziu 150 obras, a maioria retratando flores selvagens, oliveiras, ciprestes, incluindo o conhecido quadro - Vaso com Íris.

Regina praticando jardinagem na chácara.
Mais de um século depois, os especialistas utilizam a Garden Therapy ou hortoterapia como instrumento de cura: o objetivo é maximizar as funções sociais, cognitivas, físicas e psicológicas, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

A hortoterapia passou a ser uma alternativa útil que faz do paciente um protagonista do próprio restabelecimento. É que a terapia funciona colocando em movimento três mecanismos distintos: a interação com as plantas, a ação e a reação.

A simples visão da chácara harmoniza meu
espírito, sempre que retorno ao lar.
Observando a natureza, aprendemos a conhecer e a enfrentar a vida. Amadurecemos e crescemos adquirindo uma compreensão das coisas indispensáveis para superar os desafios do cotidiano.

Cuidar de um jardim ajuda a diminuir o estresse porque permite uma pausa que coloca a mente em estado meditativo. A implantação de espaços verdes em hospitais humaniza o ambiente geralmente associado à frieza, esterilidade e, até mesmo, hostilidade em relação aos pacientes.

Regina praticando hortoterapia, na Shamballa.
O verde, o contato com a natureza, com o sol e seus efeitos tranquilizantes e humanizadores podem trazer benefícios profundos para a psique, agindo até mesmo sobre determinados aspectos do ser humano. Hoje, existem hospitais que possuem um jardim dedicado aos pacientes. Ali muitos encontram a paz e o conforto junto à natureza.

Todos que nos visitam na Shamballa são unânimes em afirmar que o ambiente cheio de árvores, flores e de animais acalma, faz bem. O canto dos pássaros, das cigarras e dos sapos nos alegra e harmoniza e a gente se sente muito bem com esta agradável aproximação colorida, perfumada e musical!

Regina junto às bananeiras de seu espaço sagrado
Tenho aprendido muito  com esta interação com a natureza.  Aleixo, quando está chateado, simplesmente sai para  uma caminhada pelos campos...
Eu cuido mais das plantas, quando preciso me curar!

sábado, 26 de novembro de 2011

REENCONTRO DE AMIGOS


Regina, Helen e Edilene, em 26.09.2011.
Combinamos uma confraternização tendo como desculpa comemorar os aniversários do semestre. Áurea tomou a frente para organizar o grupo e após discussão para escolha do espaço, acabamos optando pela Shamballa.

Ficou resolvido que cotizaríamos as despesas básicas e fiz as compras necessárias, cuidado pessoalmente das sobremesas na véspera.

Nair e Gilberto prometeram vir e tomar conta do churrasco. Laura veio também em caráter extraordinário para me ajudar com o almoço...

Aleixo e Regina, no Riod e Janeiro, 2011.
O pessoal começou a chegar a partir das 11h. Além de Aleixo e eu, recebemos Áurea, Edilene, Rita e Edilson, Nair e Gilberto. Helen, Marcos, Lucas e Dona Nair. Gracinha, Rosane e Sinval tiveram problemas justificando a ausência.

O tempo esteve bom, mas como choveu à noite, desistimos da piscina. Começamos a comer patês e pãezinhos trazidos pela Áurea, junto com mandioca que eu havia cozinhado cedo e a picanha que Gilberto assa com maestria.

Helen, Marcos,Aleixo, Regina, Lucas, Dona Nair e Edilene.
Mais tarde servimos o almoço. A cerveja sobrou quase toda, porque preferiram sucos e refrigerantes. Conversamos tanto que me esqueci das fotos.

A chuva caiu depois que todos saíram, após as 17h!

BY ALEIXO NUSS

VIDA E INTELIGÊNCIAS

Meu marido faz jus ao apelido MAC ALEIXO!
A vida na face da Terra é algo fantástico. Se todos nós, os homens, as formigas, os insetos, entre outros, tivéssemos a mesma multiplicidade de inteligência, talvez vivêssemos muito bem ou, muito mais provavelmente, já não existíssemos mais.

Pela simples observação que fazemos de cada espécie que, por uma ou outra razão cruza nosso caminho, podemos aprender a acreditar que um Ser superior existe.

Mas, deixando de lado este aspecto, ficando apenas com nossa vivência aqui no planeta, temos que ver que a administração da vida é muito particular de cada espécie. O homem, com sua multiplicidade de inteligência, pode muito e muito faz, tanto para destruir como para construir.

Aleixo, Regina e Astro junto à gruta da Santa,
 na Shamballa.
"A melhor definição para o termo inteligência ainda é a variedade de manifestações pelas quais se torna possível identificarem o potencial de uma pessoa nas mais diversas áreas, como a corporal, a musical, a espacial, a interpessoal, a intrapessoal, a naturalista e a existencialista”.

Homens do período renascentista desenvolviam suas múltiplas inteligências quase que naturalmente, como fez Leonardo da Vinci, conhecido como um consagrado pintor, mas capacitado em ciências, anatomia, hidráulica, cosmologia, astronomia, geologia, paleontologia, mecânica, geografia, gastronomia e música, entre outras coisas.
Dentro do contexto histórico, talvez a busca por soluções impulsionasse o desenvolvimento da multiplicidade da inteligência.

Aleixo e sua filha Bel, em Natal, RN.  Ela atua como
jovem fisioterapeuta na Guararapes. 
Atualmente, essa necessidade não existe. Como praticamente há respostas para tudo, vivemos um período de especialização, que requer apenas o domínio de uma área, restringindo o conhecimento a um único assunto, mas em sua total amplitude. Se, na idade adulta, o homem limita seu conhecimento, na infância, a múltipla inteligência poderia ser trabalhada facilmente no cotidiano.  Dessa forma, o potencial vocacional dos pequenos também seria despertado com naturalidade. Dentro da escola tradicional, o educador não deveria proporcionar soluções para a criançada. Ele deveria apenas instigar a busca e a descoberta individual.

Aleixo e seu filho Arthur aplainando banco
de madeira em Shamballa.
Para exemplificar essa situação, Rubem Alves conta que, aos seis anos, ficava observando a pitangueira que havia no quintal do vizinho: “Nessa época, a arvore começava a dar frutos e eu ficava imaginando como iria pegar as pitangas. De repente, uma das minhas inteligências sugeriu que eu pulasse o muro. A outra já dizia que isso não era certo. Uma terceira dizia que eu deveria simplesmente pedir a frutas para o meu vizinho. Uma quarta, enquanto dizia que ele ia negar, me inspirava à construção de uma maquineta de pegar pitangas... Todos nós temos múltiplas inteligências: a lógica, a poética, a religiosa, a criminosa, a engenharial, entre outras, que se desenvolvem diante das necessidades de superação e por estímulos externos”.
Arthur, Bel e Aleixo em shopping natalense, 2011.

Mas, voltando às minhas experiências neste mundo, posso dizer que fui agraciado com muitas inteligências, porém desprovido outras. Por exemplo, não aprendi a conviver com gente inútil, preguiçosa e pertencente à família dos "goderos", pássaro preto que põe seus ovos nos ninhos do sabiá e do tico-tico, pois é preguiçoso e não tem coragem nem para fazer um ninho para criar e perpetuar sua espécie...

Aleixo e Regina, no Arpoador, Rio de Janeiro.
Em suma, morando aqui na chácara, que é uma pequena mostra da mata virgem onde cresci até meus 13 para 14 anos de idade, posso relembrar da luta de meu pai para conviver e sobreviver com uma multidão de outros animais, cuja inteligência, apesar de não múltipla, era bastante admirável. Apenas para um exemplo: uma vez meu pai queria evitar que as formigas cortassem as fruteiras, colocou um pneu cortado em duas bandas enterradas ao redor das fruteiras e colocou água, como todos já devem saber como. Para nossa surpresa, vimos que as fruteiras eram cortadas à noite. As formigas faziam uma ponte com elas mesmas, agarradas umas às outras, atravessavam e derrubavam as folhas na água e, depois, com as folhas caídas sobre a água, desfaziam a ponte de formigas e usavam as folhas como ponte. A meu pai só restou cair na risada e partir para o uso de mais uma de suas múltiplas inteligências. 
Aleixo, Regina, Arthur, Mércia e Ana Helena, junto
com  Alberto da Pastelaria goiana.

Atualmente estamos tendo problemas com as formigas tipo "gambá", uma formiga preta pequena, não cortadeira que, na natureza, fazem uma casa preta bem grande nas árvores e, também, costumar tomar as casas de cupins nas árvores. Elas não causam grandes estragos, apenas fazem muita sujeira e não são muito bem vindas dentro de nossas casas. No início, aqui na chácara, elas não interferiam, mas quando tirei o cabo telefônico subterrâneo e o coloquei aéreo, elas descobriram aí uma boa oportunidade para fazer seus ninhos no telhado e começaram a deixar cair sujeira eu todos os lugares da casa. Criei uma barreira com água para o cabo e, como acho que "cada macaco em seu galho", exterminei os ninhos com formicida. Até agora,  acho que minhas poucas múltiplas inteligências estão sendo vencedoras, afinal tenho de fazer jus ao meu velho apelido de "MacGyver".

Aleixo Nuss Oliveira //24/11/2011.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

ANA JÚLIA E BRENO NA SHAMBALLA

Regina, Breno, Aleixo e Ana Júlia na Shamballa.
Ontem acordei me sentindo feliz! 
Estive inspirada o dia todo, com vontade de escrever, de produzir algo novo...

Optamos por almoçar em casa, apenas esquentando a comida da véspera. Aleixo resolveu mudar a galinha de lugar, montando pequeno abrigo para ela e seus filhotinhos perus...

Galinha chocando perus na Shamballa.
É que a perua andava abandonando o ninho, a galinha ficou choca e ocupou seu lugar. E nasceram quatro perusinhos!

Ao final da tarde saímos para buscar algumas coisas que faltavam e compramos um pouco de ração que colocamos junto com folhas de couve e de erva-Santa Maria!

Regina, Breno, vovó Clélia, Lei e Ana Júlia, 24.11.
É nossa última tentativa de fazer os perus procriarem. A perua bota bastante, choca, mas os perus acabam morrendo pisados ou mal cuidados...  Como são frágeis e tontos!

Mas um telefonema durante a tarde mexeu comigo, desarmonizando o coração da meiga... Mesmo as meigas bruxinhas boas são frágeis e tontas, às vezes! Depois, passa!

Ana Júlia é gêmea. Nasceu em 30.07.
Breno Gustavo na Shamballa, 24.11.










Hoje, Clélia mandou SMS cedo, aventando a possibilidade de vir nos visitar com os netos gêmeos de Sampa. Eles estão em Goiânia com a mãe - Patrícia!

Mamãe Patty e os gêmeos visitando a Shamballa
Eles vieram e foi ótimo curtir os membros mais jovens da família! Breno é a cara do pai Gustavo na infância, mas tem olhos claros. Depois de alimentado, ele sorriu bastante e  se aconchegou em meu colo, dormindo o sono dos anjos. 

Ana Júlia é morena e esperta como as mulheres da família. Esteve desperta, ativa  e risonha o tempo todo!

Adoramos as visitas e a energia da Shamballa agradeceu o privilégio!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

GALOS DA SAMBALLA



Aleixo é o galo-mor da Shamballa e aqui posa
com seus filhos adotivos: Astro e Bettina!
Nosso espaço apresenta uma riqueza de galos que cumprem diferentes funções, a começar pelo galo-mor que adora cantar de soberano, mas tem que disputar toda a sua realeza com esta meiga Regina!

No telhado existe um galo do vento! Tem os pontos cardeais! Ele era dourado antes, mas caiu há alguns dias. Aleixo aproveitou para avivar a sua cor e pude fotografá-lo! Ele agora é amarelo fosforescente! Fica muito bem lá em cima e gosto muito de observá-lo decorando a cobertura de telhas da Shamballa.

Galo meteorológico exibindo cor de chuva.
Recentemente trouxemos um galinho meteorológico de Portugal. Ele permanece azul no clima seco, mas quando a umidade aumenta, ele fica lilás ou cor de rosa, de acordo com a intensidade, e sabemos que vai chover!

Mas quem canta de galo no terreiro é o Alfeu! É um galo aristocrático e competente que canta alto! Ele é muito bonito, quase soberbo em sua majestade galinácea! Ele nasceu aqui em meio a outros galos e disputou o reinado com seu antecessor por bastante tempo.

Galo do vento, nosso vigia do telhado  da
Shamballa, teve sua cor reavivada.
A princípio, Alfeu vivia acuado de tanto apanhar em suas múltiplas batalhas! Um dia, venceu a luta sangrenta e passou a cantar de galo no espaço! Os outros três galos foram doados a minha irmã Celina e ganharam sabor em sua cozinha!

Alfeu  venceu seu antecessor há uns quatro anos e
até hoje reina no galinheiro da Shamballa.


Alfeu canta  pela madrugada tecendo a manhã com outros galos da redondeza. Mas canta também durante o dia quando seu harém está botando e, às vezes, à noite, em razão de mantermos uma luz acesa por foto-célula no pátio próximo. 

Jovem galo ainda imberbe galináceo, mas
já ensaia seu canto para desgosto do Alfeu.
Nosso galo já me deixou constrangida muitas vezes quando eu precisava mentir que estava algures e ele me denunciava cruelmente com seu canto! Depois eu conto essas histórias...

E agora há outro galo crescendo. Não demora muito e ele deve disputar a primazia do espaço com o Alfeu... Por enquanto, ele não tem nome! Será batizado se ganhar a disputa... Ele é claro e ainda um imberbe galináceo, também nascido no galinheiro da Shamballa...

BSB


Juliana e Matheus com vovó Regina no Colégio
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em BSB.
Fomos a Brasília ontem e chegamos à escola de meus netos sem problemas, depois das pesquisas do Aleixo na rede e do auxilio do GPS.

Ficamos agradavelmente surpresos com o espaço privilegiado da instituição educacional. No Colégio Nossa Senhora  do Perpétuo Socorro tudo é enorme, bonito e muito bem organizado.

Otávio, Regina e Juliana  assistindo às
apresentações no ginásio da escola, 22.11.11.
A festinha começou pontualmente às 19h30 e houve apresentações artísticas sucessivas. O tema foi a ecologia e ligada à atual campanha católica da fraternidade. Mas houve passeios pelo imaginário infantil, por meio de fadas, bruxas e o Mágico de Oz.

Todo o cenário e figurino foram confeccionados com material reciclado pelas próprias professoras e coordenadoras da escola e a Irmã Inês, responsável pelo educandário, quis frisar a prioridade que sua escola dá à causa ecológica pensando no comportamento futuro de seus alunos junto ao planeta.

Um desses leõesinhos é meu neto Matheus. Só o identifiquei pelos
movimentos porque eram todos iguais!
Foi muito bom perceber a qualidade da educação que meus netos estão recebendo e, sobretudo, o amor que eles sentem por tudo aquilo!

Voltamos logo após o término do evento. Como não choveu, a viagem foi tranquila com a bênção do cósmico. 

Meu marido cigano-mor fez questão de dirigir na ida e na volta e esta meiga avó Regina agradeceu encantada!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

VIAGEM A BRASÍLIA

Aleixo e Regina, no Algarve,  sul de Portugal,
em 07.09.2011.
Prometi ao meu neto Matheus ir a Brasília hoje para assistir à sua apresentação  de final de ano letivo  no Colégio Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e o faremos logo mais. O evento acontece à noite e provavelmente teremos de dormir por lá.

Luciana me repassou as instruções de como ter acesso à escola e soube que é no Lago Sul, perto do Centro Gilberto Salomão. Ela diz que as crianças  não terão aula  e aguardam ansiosos a nossa visita.

Acho  difícil dirigir em Brasília, mas contamos com o GPS e o navegador natural de meu marido que é excelente. E, se houver problemas, ligaremos para o Otávio nos encontrar em algum lugar.

Netos Matheus e Juju na Shamballa, 02.09.2011.
Choveu bastante esta noite e a natureza amanheceu  agradecida, exibindo o seu verde molhado! Meu papagaio Apolo demorou a deixar os seus aposentos gaiolísticos. Ele só o faz quando sabe que vai estiar! Neste momento ele está comendo ingás que caíram das árvores com a chuva noturna.

Mas meu joelho direito também antecipa o clima e deu sinais doloridos de protesto!

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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

MEIGA SEX-AGENÁRIA


Regina,   em Granada, Es., 19.09.2011.
Aleixo precisava renovar a sua habilitação e fomos juntos ao centro em busca de um vapt- vupt. Ele ficou no Banana Shopping. Resolvi andar pelas redondezas e providenciar algumas lembrancinhas de natal.

Ao terminar, ele me ligou e nos encontramos no mercado central. Aproveitei para adquirir alguns produtos que só encontro ali e degustar o excelente pastel de guariroba! Existem pequenos prazeres, quase infantis, de que não abro mão, apesar dos janeiros cumpridos!

Anjinho  do Cerrado feito pela amiga Telma Morais.
Na ida passei pela casa da Telma e comprei anjinhos do cerrado que ela monta em cascas de árvores. Quero presentear minhas amigas que virão almoçar na Shamballa no próximo sábado! 

Almejei  completar sessenta anos para ter direito à aposentadoria por idade e me afastar da vida acadêmica, podendo dedicar-me ao que me interessasse de fato, sem exigências de horários. Foi uma longa caminhada! Comecei a lecionar ainda adolescente por ter concluído o curso básico de inglês, muito antes de iniciar a graduação!

Aleixo e Regina em Córdoba, Es., 22.09.2011.
Passei por três reformas ortográficas e tive de aprender a nova linguagem do computador e da internet. Aprendi tanto que foi por meio desta que conheci, aos cinquenta e dois anos, meu companheiro, com quem tenho, desde então, compartilhado as aventuras do viver.

Continuo sonhadora, faço minhas caminhadas junto com  Aleixo e nossos cachorros, pratico exercícios físicos, cuido da alimentação, durmo bem, gosto de cinema, música, leio muito, escrevo, adoro viajar, às vezes, até reinvento a vida...

Regina, em Évora, Pt., 08.09.2011.
Ainda não preciso de óculos para perto, para longe eu uso há muitos anos, disfarçadamente. Fiz uso de lentes de contato por vários anos, depois desisti. Mas coloco graus nos meus óculos escuros e os brancos ficam escondidos na bolsa, apenas para quando dirijo ou vou ao cinema!

E me preocupo em tingir os cabelos. Nasci morena, passei a tingi-los de ruivo quando apareceram os brancos, mas agora sou loura porque os fios brancos aumentaram muito!

A capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo diminuiu bastante, lembro-me de coisas que aconteceram há mais de quarenta anos, mas, às vezes, esqueço as panelas no fogo ou onde coloquei os óculos.

Regina,  na gruta de Braga, Portugal,  11.09.11.
Aliás, as falhas na memória são dignas de nota: constantemente procuro determinada palavra ou quero lembrar o nome de alguém e nada! De repente, quando a conversa já mudou de rumo ou o interlocutor já se foi, eis que surge o nome ou a palavra desejada, como que zombando de mim...

Minha mãe costumava recitar o nome de todas as cinco filhas, quando queria falar com uma de nós e ríamos bastante. Hoje, repito isso muitas vezes!

Claro que existem vantagens: pagar meia-entrada, vagas nos estacionamentos de shoppings e supermercados, prioridade nas filas do banco, entre outras. Não tive tempo para curtir TPMs  na luta pela sobrevivência e a menopausa também vem passando com tranquilidade, sem que eu observe alterações significativas.

Certamente o saldo é positivo, com muitas dúvidas e apenas uma certeza: tenho mais passado que futuro! Assim, tento viver o presente da melhor forma possível com a bênção do cósmico!

domingo, 20 de novembro de 2011

SABIÁ LARANJEIRA

Sabiá laranjeira ou Turdus rufiventrisn

Eu já comentei sobre o sabiá que insiste em bater contra seu reflexo numa das janelas da casa. Há dias quero postar sobre o assunto, mas nosso sabiá narciso não se deixava fotografar...

O sabiá laranjeira ou Turdus rufiventrisn pode ser encontrado no litoral brasileiro e no centro oeste. Ele mede cerca de 25 cm e pode viver 30 anos.

Janela preferida pela sabiá...


Sabiá fotografada pelo Aleixo hoje...









Percebemos na prática que o número de ovos de cada postura é quase sempre dois, às vezes três, procriando três vezes ao ano. O filhote nasce aos treze dias, depois de a fêmea deitar. Deixa o ninho também aos treze dias de idade e pode ser separado da mãe com 35 dias. Sem dúvida, são dos melhores cantores que existem em todo o mundo. Hoje vimos um ninho na laranjeira já com filhotinhos. Acontece que o pássaro preto ou godero tem preguiça de fazer próprio ninho e põe seus ovos no ninho do sabiá ou tico-tico. E havia um ovo estranho junto aos filhotinhos! Não é incomum ver-se o pobre do sabiá alimentando um filhote negão junto com seus filhotes pardos! Até na  natureza encontramos os exploradores da bondade do outro!

Os labradores estiveram ao meu lado o dia
todo enquanto tentava fotografar a sabiá...
O sabiá foi inspiração para renomados poetas elaborarem seus famosos versos, como imortalizou  Gonçalves Dias "minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá - as aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá" e nosso poeta e músico maior, Chico Buarque "vou voltar para o meu lugar - e é lá - que eu hei de ouvir cantar - uma sabiá".

Percebi que o sabiá tem muita dificuldade em adaptar-se a ambientes estranhos, não se acostuma facilmente com objetos diferentes.  É um pássaro  extremamente teimoso não abandonando os locais em que esteja ambientado! Aqui temos dezenas desses pássaros e eles adoram o espaço cheio de árvores. Eles comem as frutas do Apolo, a ração dos cachorros, além de insetos, minhocas e as frutas da estação nos pés específicos! Brigo por causa das minhas pitangas!

Novo ângulo da sabiá no espelho...
Se ele se assustar ele pode  bater a cabeça nas hastes e nos ponteiros das gaiolas em que estiver preso,  chegando a se ferir gravemente ou até se matar, se não for socorrido em tempo.

Não há torneio de canto para esses pássaros, na realidade ficam restritos a conviver na residência dos mantenedores ou na natureza, como aqui no bosque da Shamballa.

Paisagem na Shamballa que registrei hoje.
Muitas pessoas querem tê-los perto de si e escutar o seu canto mavioso,  mas é proibido capturar na natureza, então, procriá-los em larga escala talvez seja a solução para atender à demanda. Nada como ter-se o prazer de criar uma vida nova, sobretudo, porque são pássaros autenticamente brasileiros.

Se forem pássaros mansos e acomodados, especialmente a fêmea, reproduzem com muita facilidade em ambientes domésticos, dessa forma poderemos conseguir preservar os dialetos de canto de mais qualidade.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

FERIADO NA SHAMBALLA



Aleixo e Regina, na Shamballa, em 14.11.2011.
Nosso feriado na Shamballa foi animado com a presença de familiares. Otávio veio de Brasília com a Luciana e as crianças. Permaneceram aqui dois dias. Na terça, minha irmã e cunhado também almoçaram conosco.

Matheus e Juliana adoram brincar no espaço externo e curtimos a natureza o tempo todo! Tivemos sorte com o tempo. Choveu muito no domingo à noite, mas São Pedro deu-nos uma trégua e pudemos caminhar pelos arredores na segunda e terça-feira.

Juliana e Matheus junto ao caramujo achado.
Matheus gosta muito de plantar e semeamos por toda a chácara. Se nascer tudo, teremos novas mudas e vegetais em abundância! Para ele isso é pura diversão! Aleixo quis replantar a mandioca e meu neto esteve sempre junto, interessadíssimo em ajudá-lo.

Desta vez eles encontraram inúmeros caramujos e fizeram uma festa de descobrimento. Juju diz que são escargots! Influência ainda do Canadá... Eles me perguntaram e tive que pesquisar para saber a diferença entre o caramujo e o caracol!

Caramujo ou escargot da Shamballa, 15.11.11.
O caracol é um molusco, ou seja, possui como característica um corpo mole. Sei que ele é hermafrodita ,  isto é,  dotado de órgão sexual masculino e feminino num mesmo indivíduo  e difere-se do caramujo por ter uma concha mais frágil e viver fora d´água. Todavia, soube, ainda, que mesmo assim precisam de um parceiro para reprodução.

Eles gostam de habitar locais sombreados e úmidos. Antes de serem degustados, precisam passar por um jejum de pelo menos 10 dias, pois podem ter ingerido folhas tóxicas para o ser humano.

Vovó Regina, Matheus e Juliana indo passear na
floresta próxima e levando Bettina para nadar no lago.
Para falar a verdade, creio que não existe muita diferença  entre um e outro. A principal diferença que existe é que escargot é um caramujo criado para ser comestível.

Para que os caracóis cresçam, é necessário ambiente úmido com temperatura amena. Quando a estação é seca, os caracóis hibernam, fechando-se dentro de suas conchas.
Aleixo na TVe Luciana tomando leite de soja.

Os escargots são caracóis herbívoros terrestres e às vezes são confundidos com o caramujo que vive em águas doces ou salgadas. Soube que são gastrópodes, ou seja,  o estômago está junto ao pé, respiram através do pulmões, tem a concha enrolada em espiral e pertencem ao gênero Helix,  daí, a sua criação ser  denominada helicicultura. O criador é um helicicultor.

O termo escargot em francês significa caracol, em português, ou lumachi, em italiano,  e é uma iguaria presente nos melhores restaurantes do mundo.
Juju dormindo no sofá da vovó.

Juliana passeando com vovó Regina.

Matheus desenhando na sala.

Papai Otávio puxando uma soneca!




Na hora de as crianças irem embora é sempre um drama! Eles querem ficar aqui e é preciso muito argumento para convencê-los da necessidade de partirem!

Neste fim de semana, Fábia precisou ir a Tiros para acabar de resolver a questão do documento de reservista do Fred e não pode estar aqui. Em breve eles vão se mudar de Araguari por causa do internato e da residência médica da Fábia e ficarão mais longe de nós por um período!