terça-feira, 30 de agosto de 2011

VIAGENS INTERIORES E EXTERIORES

Viagens interiores e exteriores 
Quem viaja bastante se acostuma com a organização de malas aqui e ali. A gente já o faz automaticamente, sem transtornos. Por isso, estamos com tudo arrumado, apenas esperando a hora certa de irmos para o aeroporto. Voaremos pela TAM, com conexão em Congonhas.

E começamos a viajar rumo à realidade diversa de Shamballa. Saudade da energia de lá, mas agradecida pela boa estada na cidade maravilhosa.

Esta vinda aqui foi especial, não pelos passeios desta temporada, mas pelo refazimento energético que me propiciou e a renovação interior com que fui agraciada aqui no Rio!

O clima esteve estupendo, apenas de ontem para hoje o calor vai aumentando. E tem sido muito bom perceber as melhorias na cidade. Os grandes eventos que aqui terão palco têm contribuído para o resgate gradativo de sua época gloriosa e todos estão sendo beneficiados...

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

LEMBRANÇAS ACADÊMICAS

Aleixo e Regina, nas areias de Copa, 29.08.11.
Hoje, saímos logo após o café matutino. Demos uma volta, caminhando pelas areias de Copacabana. Depois, fomos pagar o condomínio na Rua Miguel Lemos e resolver assuntos bancários.
Então, almoçamos no restaurante A Boa Mesa, na N. S. Copacabana, 1133. Esse restaurante oferece comida excelente pela metade do preço dos outros semelhantes.

À tarde, Aleixo foi ao centro, mas fiquei em casa, arrumando as coisas para o retorno amanhã.
Aproveitei para conversar com o Alcides ao Skype, lembrando fatos hilários da época do doutorado na UNESP. Recordei de minha empolgação ao voltar a ser aluna depois de docente e chefe de departamento da PUC. As viagens semanais com minha querida colega  e amiga Eliana Gabriel...
Aleixo e Regina, no Rio, 2011.
Lembrei-me de um professor idoso que ligava para as alunas e lhes dizia que a sua média final estava entre A ou B. Cada uma precisava ir até sua residência para examinar a prova pessoalmente e ele reconhecê-la para decidir a nota merecida, depois de comprovar fisicamente o nível de sua participação no curso.
Logicamente, ele não ligava para todas, mas apenas para aquelas que lhe interessavam. Mas, ele me ligou, marcando horário. Eu pedi a meu colega Joaquim que me acompanhasse.
Chegando ao seu prédio, eu me anunciei sozinha, mas entrei com meu amigo e não larguei a sua mão, obrigando-o a sentar-se comigo na única poltrona que havia no recinto. Era uma daquelas conhecidas namoradeiras, aconchegando apenas um casal. 
Meu sobrinho holandês deve estar voando
de volta à sua terra...
O ilustre professor entendeu a minha estratégia e não tentou nada na frente do Joaquim. Tratou-me com ironia, atribuiu-me a nota máxima e me avisou que no semestre seguinte eu teria que ficar na cidade para que ele começasse a me orientar, uma vez que eu logo concluiria os créditos necessários à redação da tese.
Outras alunas, menos experientes, passaram por situações constrangedoras durante as entrevistas. Depois, soubemos que o tal orientador tinha alguns processos de assédio sexual, mas não posso me queixar. Ele era bom professor e eu sempre soube lidar com seus arroubos! Eu sentia vontade de rir a cada vez que o despistava bem humoradamente...
Mas não podemos deixar de mencionar quando acontece o contrário, as alunas assediam os professores... Tudo isso faz parte do movimento da vida e é muito bom ter o que relembrar na maturidade!

domingo, 28 de agosto de 2011

LAGOA E ALMOÇO COM AMIGOS

Aleixo e Regina na Lagoa Rodrigo de Freitas.
Amanheceu com tempo bom e saímos para a caminhada matinal. Resolvemos ir até à Lagoa e atravessamos Ipanema que me atrai tanto. Passamos pela feira da Rua General Osório na volta e também compramos o jornal, que viemos ler em casa. Adiamos o banho de mar para o final da tarde.

Ontem liguei para nossos amigos Therezinha e Nivaldo e combinamos um almoço neste domingo. Eles vão à missa do meio dia e marcamos no restaurante Biscuí, na Rua Anita Garibaldi. Também mandei mensagem para Eunice e Lívio e eles retornaram gentilmente, confirmando sua presença.

Aleixo e Regina junto à lagoa, 28.08.11.
Mais uma foto na linda  lagoa carioca.









Será bom reencontrá-los mais uma vez e poder trocar figurinhas. Mas ficamos tristes ao comentar o acidente com o Bonde de Santa Teresa, aqui no Rio, que matou cinco pessoas ontem.
Therezinha, Regina, Eunice, Aleixo, Lívio
Lívio-Eunice;Aleixo-Regina;Nivaldo-Thê.











De acordo com o Corpo de Bombeiros, há mais de 50 pessoas feridas. O acidente aconteceu quando o bonde descarrilou e tombou na Rua Joaquim Murtinho. Os feridos foram levados para o Hospital Souza Aguiar e, depois, reencaminhados a outras unidades, especificamente. As autoridades deveriam cuidar melhor da manutenção dessas máquinas!

sábado, 27 de agosto de 2011

VALOR DA AMIZADE

Aleixo e Regina no Restaurante Portugália.
Hoje acordei mais tarde, mas o clima estava muito agradável e saímos para fazer algumas compras em Copa.
Depois, pegamos o metrô e fomos fazer uma caminhada pelo aterro do Flamengo, almoçando no Largo da Machado para não perder o hábito de saborear o arroz com brócolis, as coradas e a pescadinha!

Mais tarde, voltamos de ônibus, descendo aqui na esquina da Raul Pompéia. No trajeto, vim refletindo sobre a questão da amizade entre sexos diferentes.

Regina na pedra do Arpoador, Rio, 2011.
Muitas pessoas acreditam que é impossível existir uma amizade entre mulher e homem sem ter problemas ou evitar que o outro pense que há segundas intenções. Mas, é possível, sim, ter um amigo sem que ele se torne um caso depois, porque a amizade genuína independe do sexo das pessoas.

Há gente que acredita que uma amizade entre homem e mulher é mais sincera, porque não há inveja nem competição. Todavia, prefiro não generalizar. Acho que existem pessoas sinceras ou não, independentemente do sexo.

Aleixo e Regina, no Posto sete, Ipanema.
Porém, o importante mesmo é que a amizade é um dos pilares fundamentais da vida, tanto entre pessoas do mesmo sexo, quanto entre homens e mulheres. Não há nada melhor do que ter amigos por perto nas horas boas e ruins e saber que você pode contar com alguém!

A afinidade está ligada ao fato de duas pessoas terem pontos em comum. Por isso, devemos apostar em um relacionamento sincero e livre de interesses, não importa o sexo dos nossos amigos. E adoro meus amigos incondicionalmente!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

MESA REDONDA NA UERJ

Angélica, Marcia, José Alcides e Regina.
Nossa mesa redonda foi marcada para 8h da manhã, na UERJ, e tivemos de sair de casa com quase uma hora de antecedência para pegar as credenciais e localizar o espaço. Desde ontem que me conformei em apresentar o que havia conseguido aprontar e diminuí a ansiedade.

Ontem, após o encontro com o professor Gilberto, nós voltamos a pé para casa. O Alcides veio conosco para conhecer o nosso apartamento e esteve aqui por uma meia hora, antes de voltar para seu hotel.

A apresentação transcorreu em harmonia. Alcides traçou o panorama da crônica brasileira, nos séculos: XIX e XX. Ele exemplificou por meio de Machado de Assis e Rachel de Queirós. Márcia Molina também analisou a crônica de Machado de Assis e Angélica falou sobre os jornais italianos de Vila Mariana, em São Paulo, na primeira década do século XX.

Regina participou da mesa redonda coordenada pelo Alcides.
As duas crônicas que selecionei para estudo foram retiradas dos textos integrantes dos rodapés do JORNAL DO COMÉRCIO, intitulados Saxofone e Cavaquinho (1926 a 1927).

O estudo de sua obra é interessante pelo modo como se dá seu trabalho, uma vez que ele alia às notícias do jornal características literárias e constrói suas crônicas com base no dinamismo das informações e dos acontecimentos que permeiam o cotidiano da sociedade paulista de sua época.

Alcântara Machado priorizou em suas crônicas o tipo ítalo-paulista, conforme podemos comprovar pela leitura de sua obra.Comentei os dois textos rapidamente e tracei um paralelo entre as crônicas do início do século vinte e os blogs virtuais da atualidade. Aleixo assistiu às comunicações e elogiou todas.

Após o evento dediquei dois de meus livros às colegas da mesa, pegamos os certificados e nos despedimos. Aleixo, Alcides e eu almoçamos aqui perto, em Copacabana, depois de ajudá-lo a escolher um presente para sua filha Beatriz.

Depois, nós o acompanhamos até perto de seu hotel. Daqui a pouco ele deve retornar a Sampa. Ele continua empolgado com o encontro com o Gilberto e me agradeceu pela mediação.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

PAI, DÁ UM TEMPO!

Aleixo e Regina, em Copacabana, 25.08.2011.
Hoje, amanheceu ensolarado com as praias bastante povoadas. Caminhamos por Copacabana cedo, almoçamos aqui perto. Aleixo, às vezes, amanhece com cara de gringo e todos falam conosco em inglês, oferecendo cadeiras, barracas, coco e nos divertimos com isso! 
Depois liguei para o Alcides que continua envolvido com a preparação do congresso de amanhã. Confirmamos o encontro com o professor Gilberto nesta tarde.

Um de nossos porteiros, o senhor Manoel Luiz Fonseca trabalha no Condomínio Dom Miguel, desde 1975. Ele nasceu em 22, mas é competente porteiro e jamais se esquece dos recados. Disse-nos que colocaram a placa fotografada no canteiro à porta do prédio para evitar o mau cheiro fabricado pelos boêmios que costumavam tirar a água do joelho em cima das plantinhas...

Regina com seu Luiz, na portaria do edifício.
Costumo ligar o Skype à noite para falar com os netos. Primeiro falo com minha nora Luciana e os pequenos Matheus e Juliana, em Brasília. Meu filho Otavio normalmente chega à casa durante a fala e também me dá um alô.

A internet facilita bastante a comunicação entre parentes distantes. Era muito bom falar com imagem e som com meus filhos quando eles estavam no exterior!

Mais tarde, converso com o Fred que está em Minas. Fábia está sempre ocupada com seus plantões médicos e raramente pode perder alguns instantes na web. Quando tem tempo me liga do celular, rapidamente.
Placa à porta do Condomínio Dom Miguel.
Ontem, a Lu me contou que ao chegar a casa, Otavio começa lhe sugerindo que arrume as coisas no lugar, enquanto as crianças pulam aqui, desmancham ali e ela divide a sua atenção entre as traquinagens das crianças e as próprias tarefas docentes. Isso se repete sempre.
Ele é organizado e não consegue ficar calado percebendo a desordem infantil no lar...
Então, anteontem, ele repetia. “Querida, é preciso arrumar isso. Meu bem, que bagunça é essa? Onde está o que eu procuro? Lu, a gente tem que organizar melhor a casa...”
Regina com a neta Juliana, na Shamballa.

De repente, a Juju, colocou as mãos na cintura e falou bem alto: “- Pai, dá um tempo!”

Ele parou de reclamar, riu da espontaneidade da filha e a pegou no colo com carinho.



ENCONTRO NO RIO


Regina, Rio, 2011.
Gilberto Mendonça Teles é um poeta e crítico literário brasileiro, muito conhecido pelos seus importantes estudos sobre o modernismo e a vanguarda na poesia, tendo produzido trabalhos de pesquisa que apresentaram em ordem cronológica, inclusive, absolutamente todos os chamados "ismos" europeus e seus respectivos manifestos, desde o final do século XIX aos estudiosos e escritores brasileiros do século XX.

Gilberto, Regina, Alcides e Aleixo, no Cirandinha, Rio de Janeiro.
Por trabalhos como este, assumiu importante função na difusão das idéias de vanguarda nas letras brasileiras. O poeta nasceu em 30 de junho de 1931 na cidade de Bela Vista de Goiás, uma cidade de pouco mais de 20 mil habitantes localizada a 45 km de Goiânia.

Seus habitantes costumam denominá-la poeticamente de terra dos buritizais sussurrantes, porque as folhagens dos buritizais de lá parecem sussurrar entre si, uma vez tocadas pelo vento, quando emitem aquele cicio tão característico.

Regina, Gilberto, José Alcides e Aleixo Nuss, no chá das cinco.
Ora, designação verdadeiramente bela e lírica para o berço natal de um poeta e ensaísta como Gilberto Mendonça Teles. Gilberto foi fundador das duas primeiras universidades goianas, mas desde 1970 foi contratado como professor titular de Língua Portuguesa pela PUC-Rio, onde ainda trabalha. É professor catedrático visitante de Literatura Brasileira nas universidades de Lisboa, Universidade de Rennes, Chicago e Salamanca.

Como poeta e crítico literário, pertence a várias instituições especializadas, dentre elas, Société de Linguistique Romane, em Paris, Sociedade de Língua Portuguesa, em Lisboa, Asociación de Estudios Lingüísticos, em Montevidéu, Academia Goiana de Letras, em Goiânia, Academia de Filologia, no Rio de Janeiro, Academia Carioca de Letras e PEN Clube do Brasil. É membro da Academia Brasileira de Filosofia, cujo patrono da cadeira é Gustavo Corção.

Gilberto Mendonça Teles.
Gilberto Mendonça Teles é, também, acadêmico correspondente da Academia das Ciências de Lisboa. Além disso, foi eleito, em 1979, pela Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás, o Príncipe dos Poetas de Goiás.

É considerado o escritor goiano mais famoso na Europa, tendo os seus livros escritos em diversas línguas. Recebeu pelo conjunto de sua obra, o prêmio Machado de Assis, considerado o maior prêmio literário do Brasil, pela Academia Brasileira de Letras. Em 31 de janeiro de 1999, teve duas obras suas, A Raiz da Fala (1972) e Hora Aberta (1986), incluídas, por um seleto júri escolhido pelo jornal O Popular, de Goiânia, dentre as 20 obras literárias mais importantes do século XX , em Goiás, sua terra.

Gilberto.
Em 2002, considerado o Intelectual do Ano, ao receber o Prêmio Juca Pato. Foi homenageado na Bienal do Livro do Rio de Janeiro em 2005 ("50 anos da Literatura de Gilberto Mendonça Teles"), daí surgiu a obra A plumagem dos nomes, com 812 páginas de cartas, depoimentos, estudos e reconhecimento ao ícone literário brasileiro.

Mas para mim, ele é simplesmente o querido professor Gilberto. Foi meu mestre por duas vezes no Mestrado da UFGO, na década de oitenta. Nossa pequena turma o adorava e o presenteamos com um cachimbo com que ele fazia questão de exibir todo seu charme! Dedicou-nos um poema em 83! Que saudade daqueles velhos tempos!

Hoje, tomamos o chá da cinco, todos juntos, no Cirandinha! Meu amigo e ex-orientador - José Alcides Ribeiro, Aleixo, eu e o príncipe dos poetas goianos. Foram momentos maravilhosos, de muita troca... Saímos de lá felizes e ainda fomos presenteados com livros! Prometo relatar detalhes de nossa prosa mais tarde!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

ACADEMIA AO AR LIVRE

Regina está no Rio.
Tenho certeza agora de que me aposentei na hora certa. Não tenho vontade alguma de ficar pesquisando para comunicações em congressos acadêmicos e posterior publicação. Ando numa preguiça! Acho que superei aquele sentimento de vaidade intelectual... Prefiro curtir a cidade quando estou no Rio ou a nossa Shamballa, lá em Goiás!

Regina desenferrujando na academia do Arpoador
Ainda há pouco mandei uma mensagem para o professor Gilberto Mendonça Teles perguntando sobre a possibilidade de nos encontrarmos aqui no Rio. Há muito a gente se promete fazer isso! Desta vez, há outro motivo, meu amigo e ex-orientador José Alcides Ribeiro, da USP, adoraria conhecê-lo.

O Professor Gilberto acaba de me retornar simpático a esta possibilidade. Vamos nos encontrar com ele na próxima sexta, após o famigerado congresso.

Hoje cedo liguei para o Alcides que está pesquisando na ABL para seu exame de Livre Docência.

Aleixo e Regina, no Posto Sete - Ipanema.
Depois, Aleixo e eu fomos dar uma volta nas proximidades e observamos as melhorias nas ruas e no trânsito. Então, parei numa livraria na Francisco Sá onde costumo comprar livros.

A seguir, fomos até o Arpoador. Fizemos alguns exercícios na academia ao ar livre! O mar está revolto com ondas grandes e um ventinho que nem anima molhar os pés... Valeu a caminhada apenas!

Mais tarde, almoçamos no Grill Inn e fizemos compras no supermercado para a sopa desta noite. Voltamos para eu terminar de preparar o texto, inconformada com este compromisso...

terça-feira, 23 de agosto de 2011

RIO DE JANEIRO


Aleixo e Regina no aeroporto de Congonhas.
Chegamos ao Rio no meio da tarde. Que prazer adentrar a cidade maravilhosa! O Rio está melhor a cada dia, mais bem cuidado! A paisagem natural sempre foi inigualável! Essa combinação de mar e serra sempre me fascinou!

Copacabana tem recebido muitas melhorias a fim de atender melhor a população, principalmente a idosa. De acordo com o senso de 2010, há 43.431 moradores com mais de sessenta anos. Ou seja, um terço dos residentes desta região já chegou à terceira idade. Todavia, sem nada lembrar os vovôs e vovós de décadas atrás!

Regina na academia ao ar livre do Arpoador.
Eles abandonaram a velhice no passado e aproveitam a vida praticando esportes, dançando, viajando, convivendo socialmente com alegria e qualidade de vida. Soube que existe inclusive um curso para surfistas da terceira idade disponível aqui no bairro. Eu já fiquei interessada!

Durante a viagem viemos conversando sobre as expressões cariocas... Pé inchado é alguém descuidado com a saúde e a aparência, geralmente beberrão... Pé sujo é o restaurante pouco higiênico, onde há carne de porco, muitas frituras, frequentado por gente simples, mas que oferece comida saborosa, apesar de pouco saudável.

Aleixo e Regina na academia nesta manhã.
Ao cumprimentar o velho porteiro Luis que trabalha aqui há mais de três décadas, Aleixo lhe perguntou se o síndico continuava o mesmo e ele assentiu. Aleixo acrescentou: - Ele não quer largar a carne seca, não é? O senhor Luis riu bastante... Depois, eu soube que, neste caso, carne seca, extremamente valorizada no Rio, significa mamata, moleza, vantagem... Regionalismos!
Regina no Parque Garota de Ipanema matando
saudade da Kei-Ra.
Assim que deixamos as malas, saímos para resolver probleminhas no banco, comprar produtos para lanche e saudar o mar! Ao retornar, arrumamos tudo rapidamente e resolvemos fazer um pequeno descanso antes de sair para jantar... Foi tanto sanduíche durante os dois voos com conexão em Gongonhas! E não gosto de passar apenas com fast food, prefiro  uma comidinha caseira, mesmo do restaurante de quilo! E aqui perto temos o Grill Inn e o Temperarte, à escolha!

domingo, 21 de agosto de 2011

CHÁ DE FRALDAS DOS GÊMEOS

Regina, 2011.
Amanheceu frio, nublado, quase garoando. Acho que o banho de piscina terá que ser adiado. Ontem, passei o dia todo envolvida com meu trabalho acadêmico, parando algumas vezes para cuidar das plantas ou dos animais. Saímos apenas para o almoço aqui próximo.

À noite, fiz meu plantão voluntário. Fico triste ao perceber como há gente enferma e necessitada de ajuda. Sei que a minha participação é semelhante àquela do beija-flor que tentava apagar o fogo com a sua gotinha, mas sinto-me bem fazendo a minha parte!

 Os gêmeos Breno Gustavo e Ana Júlia  (30.07.2011) moram em SP.
Hoje, preferimos almoçar em casa, porque teremos de prestigiar o chá de fraldas que a cunhada da Clélia organizou em seu apartamento e deve acontecer no final da tarde. Assim, quis continuar a aprontar o texto do congresso durante o dia, porque teremos muito que fazer na segunda, uma vez que viajaremos para o Rio no dia seguinte.
 

Acho que ando enferrujada para lidar com trabalhos acadêmicos. Mas não quis me desligar do grupo de pesquisa, porque os eventos só acontecem anualmente e é uma maneira de me forçar a um pouco de estudo sistemático.
Princesinha Aurora, filha do Leandro
e da Monique .

Além disso, o evento me possibilita o encontro com pessoas novas, porque geralmente os organizadores variam o estado e as universidades para os congressos. Todavia, eu ainda não terminei o texto e quero fazê-lo ainda hoje...

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

CONGRESSO NO RIO


Regina vai ao congresso da UERJ
Hoje me levantei cedo e desisti de ir a Goiânia com o Aleixo, disposta a trabalhar no material da pesquisa sobre o Alcântara Machado. Preciso preparar a minha comunicação que será apresentada no congresso de Lingüística e Filologia que acontecerá na próxima semana na UERJ.

Meu grupo de pesquisa composto de 03 docentes da USP e eu somos responsáveis por uma mesa redonda e coube-me o estudo de duas crônicas jornalísticas do Alcântara Machado. Consegui o livro, no Rio, quando estive lá em maio, mas só ontem pude iniciar a leitura. Além da participação na mesa terei que aprontar o artigo para publicação e estarei envolvida com isso nos próximos dias.

Professor José Alcides Ribeiro é o coordenador
 do grupo de pesquisa da USP.
Em Alcântara Machado é impossível separar o escritor do jornalista, uma vez que ele percebeu a realidade por meio de suas múltiplas dimensões. O escritor conseguiu registrar com magistral acuidade, desde as informações do dia a dia até as criações mais elaboradas. Pena ter partido tão cedo, mas deixou composições que muito contribuíram para a criação de uma genuína literatura brasileira, a exemplo de outros modernistas.

Antes de começar o trabalho acadêmico, fui alimentar a criação. No poleiro do papagaio havia um casal de sanhaços aproveitando as frutas antes da chegada do Apolo. Este tem uma casinha onde dorme. Pela manhã, ele se desloca sozinho por meio de uma corda que Aleixo colocou ligando ao poleiro e a uma árvore, para que ele possa fazer as suas aventuras, mesmo com parte da asa cortada.

Casal de sanhaços azuis.
Mas quando estou no escritório ele gosta de ficar perto e se aboleta no pé de carambola próximo da janela. Logo quis vir para a caramboleira e está ali tentando conversar comigo!
De vez em quando, eu respondo alguma coisa para manter o diálogo desigual...
Ontem os cachorros burlaram a vigilância do Luis César e fugiram quando estávamos fora, voltando só à noite.

Apolo veio me visitar no escritório hoje.
Hoje, antes de sair, Aleixo me recomendou que os mantivesse presos... Mas, eu não sou mais a mãe que deve educar... Sou apenas a  avó meiga e logo os soltei! 

Apolo saiu da caramboleira e veio para a janela... Ele sempre quer estar mais próximo de mim!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

O TEMPO E O VENTO

Regina sentindo  a força do vento na Shamballa
Hoje amanheceu ventando muito, coisa típica do mês de agosto. Abri a porta e senti o clima frio e seco desta manhã. As folhas caíam das inúmeras árvores proporcionando um espetáculo magnífico.

Lembrei-me de que o vento é um fenômeno meteorológico formado pelo movimento do ar na atmosfera. O vento é gerado através de fenômenos naturais como, por exemplo, os movimentos de rotação e translação do planeta terra.

O vento balançando palmeiras
Tulipas holandesas de madeira , quadro pintado
pela Maluba e detalhes de anjos na Shamballa.

Sei que existem vários fatores que podem influenciar na formação do vento, fazendo com que este possa ser mais forte, como no caso da ventania, ou suave, como a brisa que adoro. Pressão atmosférica, radiação solar, umidade do ar e evaporação influenciam diretamente nas características do vento.

Nas regiões mais altas, como no alto de montanhas, o vento costuma ser mais forte, pois não há interferências das construções. Aqui, é planalto, as árvores se curvam, balançando seus galhos e folhas no ritmo do vento. É lindo!

O vento é muito importante para o ser humano, pois facilita a dispersão dos poluentes e também pode gerar energia chamada de eólica.


Trinca de labradores - Bettina, Astro e Kei-Ra.
Então, lembrei-me de um livro que jamais esqueci. Eu o li na adolescência, pegando- o por empréstimo na biblioteca do SESC. Chamava-se o Tempo e o Vento e seu autor era o Erico Veríssimo. Como gostei daquela leitura, então.
O romance é uma trilogia que narra o processo de formação do estado do Rio Grande do Sul, misturando ao elemento ficcional, preponderante em toda a obra, dados e personalidades históricos.

Os romances acabam por recriar 200 anos da história gaúcha, de 1745 a 1945, tempos marcados pelo poder das oligarquias, por guerras internas e guerras de fronteira.
Luciana tentando escovar dentinhos da JuJu
Uma das personagens era impressionada com o vento e isto me marcou bastante. Depois, me lembrei do vento na mitologia, na literatura, sua importãncia na época das grandes navegações...

Ainda não sabemos se meus netos de Brasília poderão vir nos visitar no próximo fim de semana. Espero que sim, porque depois viajaremos por cerca de um mês...

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

EUCALIPTOS NA SHAMBALLA

Regina no UK, setembro 2010.
Nossa rotina na chácara nos envolve o dia todo. Quando necessitamos sair para resolver alguma coisa na cidade, o tempo é insuficiente para cumprir as obrigações do dia a dia.

Hoje quis ir ao podólogo e aproveitamos para almoçar lá perto. Passamos pelo horto da prefeitura para saber onde poderíamos conseguir mudas de eucalipto que há tempos venho querendo colocar junto à cerca lateral. Há muitos pés nas redondezas e imagino que aqui eles também crescerão saudáveis. Adoro o cheirinho que os eucaliptos exalam e que pode ser percebido durante as nossas caminhadas vespertinas.

Eucaliptos perto da Shamballa.
O eucalipto é uma árvore de fácil cultivo, com espécies que apresentam baixa exigência em umidade e em fertilidade do solo. Dizem que a sua adaptação às condições de solo e clima de boa parte do Brasil é muito grande, apresentando taxa de crescimento maior que em muitas partes do mundo, inclusive na Austrália, de onde é nativo.

Por tudo isso, o eucalipto se tornou a espécie madeireira mais cultivada em nosso país, com grande potencial de rentabilidade.


Aleixo, Regina e labradores no dia dos pais, na Shamballa. 
Seu cultivo, entretanto, exige atenção a uma série de detalhes, no plantio e na condução do povoamento florestal até a colheita. Não é o caso da Shamballa, pois adquirimos apenas meia dúzia de mudas.

Fiquei surpresa ao constatar a enorme quantidade de mudas à escolha. Soube que existem centenas, mas atualmente podemos escolher entre vinte e uma espécies, dependendo do objetivo proposto.

Optamos apenas  por dois tipos, experimentalmente. Vamos preparar o local e elas deverão ser plantadas na próxima quinta-feira, quando temos o auxilio de um diarista na chácara.

domingo, 14 de agosto de 2011

NOIVADO: PAULA E THIAGO


Regina é uma sexagenária feliz.
Ontem foi o noivado de minha sobrinha Paula com o Thiago Martins e nos encontramos para o almoço no salão de festas do edifício do prédio do noivo, no setor oeste, em Goiânia.

O evento foi bastante concorrido com a presença de amigos e familiares dos noivos. Após a bênção religiosa, foi servido o excelente almoço e todos elogiaram o desempenho culinário das mães dos noivos. Há muito tempo eu não experimentava o strogonoff da Celina e sua deliciosa torta de morangos, servida como sobremesa, ambos para a gente saborear rezando de joelhos...

Paulinha, Sr. José, Mamãe, Otávio, Tarsila e Graziela,
em 1993.
Ao chegarmos, Aleixo e eu  compartilhamos a mesma mesa do Leandro, da Monique, filhinha Aurora e vovó Sonia. Logo, começamos a lembrar histórias hilárias de nossa infância. O tema idade gerou reminiscências...

Sônia começou me dizendo que havia congelado sua idade... Afirmou que decidira parar nos 48... Eu a interrompi, dizendo que ela deveria ter estacionado antes, porque logo perguntariam se éramos gêmeas, sendo que toda a família sabe que nasci primeiro que ela...
Regina, Mamãe e meu saudoso amigo Goiaz Leite,
em 1995.
Então, eu me lembrei da dificuldade que minha mãe e minha avó materna tinham de assumir a idade real.

Uma vez, minha avó Juventina veio de Minas e foi ao Centro Espiritualista pegar uma receita espiritual com o Dr. Fritz. Na época, era meu pai que secretariava a reunião e tomava os dados necessários, como idade e endereço. Ao ser inquirida, vovó Juventina não titubeou, respondendo que tinha 50 anos. Meu pai sabia a idade de sua mulher e perguntou ironicamente à sogra se esta era gêmea com a filha...

Goiaz, Clélia, Sr. José, Luiz, Dona Maria, Tarsila,
Didi e Paulinha, 1995.
Noutra ocasião, bem mais tarde, meu irmão mais velho – Marco Antônio – comemorava 40 anos com uma festinha. Mamãe compareceu e estava muito bem. Quando a elogiaram e perguntaram a sua idade, ela tampouco hesitou e afirmou ter 45 anos. Meu irmão ouviu e demorou a questionar, como se estivesse fazendo as contas... Depois, chamou a atenção de mamãe dizendo ser impossível ter sido concebido quando ela tinha apenas cinco anos. Ela não perdeu a calma e lhe sugeriu confidencialmente que ele deveria diminuir a sua idade...

Os noivos felizes: Paula e Thiago
Thiago, Paula, Regina e Aleixo, 13.08.11










Todavia, eu me orgulho de minha idade e de tudo que consegui realizar até hoje. Tornei-me sexagenária, me aposentei e gosto muito de estar saudável e disposta para aproveitar com qualidade de vida o tempo de que dispuser aqui neste orbe. Afinal, sei que todos nós estamos aqui de passagem e sou grata por tudo que tenho vivido nas últimas seis décadas... Fiz as contas e são cerca de vinte e três mil dias! Bastante, não é para ter orgulho?