terça-feira, 30 de outubro de 2012

CAUTELA NAS REDES


Regi e Lei, no Porto, 10.09.11.
Recentemente, houve várias reportagens na mídia sobre a falta de privacidade das redes sociais e o perigo de seu uso. De repente, tudo o que os seus membros publicaram, incluindo as suas fotografias pessoais, as suas tendências políticas, o estado de suas relações afetivas, interesses individuais e até o endereço de suas casas, pode ser enviado sem autorização expressa a milhares de usuários.
Fábia e grupo da UNIPAC, em
trote solidário, 2012.
Dizem que muitos empregadores americanos, ao avaliar os currículos, consultam o Facebook para conhecer intimidades dos candidatos.  Há provas de que uma página no Facebook não é privada. Mesmo quando os usuários cancelam a sua conta, as suas fotos e as informações permanecem, segundo o Facebook, para o caso de quererem reativar a sua conta. O usuário não é retirado nem quando morre. 
Otávio em passeio
 com aventura!
É preciso, portanto, ter consciência de que somos participantes indefesos de um cenário que os acadêmicos qualificam como o maior caso de espionagem na história da humanidade. Assim, devemos ter mais cautela com as informações expressas!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

NOTÍCIAS DA FAMÍLIA NUSS

Aleixo e Tia Lourdes, 07.03.12.
Hoje ficamos felizes com o telefonema da prima Maria das Graças Nuss Correa, filha da Tia Leonor e do tio Homero. Ela andou remexendo as gavetas e encontrou um vídeo antigo com gravações da mãe do Aleixo –  Joaquina Nuss Oliveira - que era também madrinha da sobrinha Maria.
Ela prometeu enviar-nos o vídeo o mais breve possível juntamente com outros materiais relativos à memória familiar que estamos resgatando. Maria vai fazer contato com os membros que ainda não têm acesso fácil à internet, copiar tudo que interessar e disponibilizar o conteúdo para o blog e o possível livro.
Felipe Nuss Oliveira e
 Marília Bauer.
Contou-me que tinha muita ligação com o Tio Chico e no dia de seu passamento ela acordou lembrando-se do moinho de café que ele lhe deu. Horas depois ligaram comunicando sua transição. 
Soube pelo Aleixo que esse dito moinho, importado da Inglaterra, era muito especial e único da região e causou muita briga e dedo prensado nas engrenagens entre os primos que queriam moer o café de manhã quando a vovó Benedicta estava fervendo o caldeirão de 10 litros para o café matinal, geralmente às 05:00h da manhã. 
Esse moinho foi do avô João Nuss e ela cuida para mantê-lo funcionando até agora.  Disse-me que o Tio Chico afirmava gostar muito dela porque, na infância, quando ele ia visitar seus pais, ela saía contente ao seu encontro e fazia as honras da casa com carinho atencioso.
Aleixo e sobrinho Rodrigo.
Relatou, ainda, que fez contato com os sobrinhos do Aleixo. Foi à farmácia onde Rodrigo trabalha e vendo seu crachá com o sobrenome Bauer perguntou-lhe sobre a família. Felipe Nuss Oliveira, irmão do Aleixo, da Lourdes e da Silvinha, casou-se com Marilia Bauer, vindo a falecer precocemente, há vinte anos. Mas a família Bauer é ligada também à família do pai da Maria! Mundo pequeno! Lembrou-se, ainda, de que quando foi para o hospital para dar à luz o seu filho, encontrou o primo Felipe que ia se consultar!
Conversamos sobre a importância de se cultivar os laços familiares e ela lembrou que sua mãe – Tia Leonor – sempre estimulou essa prática.  
Regina, Tia Leonor e Aleixo,
08.03.2012.

Todo ano, juntava todos os filhos e iam de carro visitar cada parente com alegria.  Constatamos que dos 13 irmãos, agora restam apenas três tias: Leonor, em São Pedro do Paraíso,  Lourdes,  em Itaperuna  e Tia Dolores, que, atualmente, está com a filha Fátima, em Brasília!
Tio Chico e Tio Máximo partiram juntos no mesmo dia, depois de compartilhar o mesmo hospital e estarem em leitos vizinhos da UTI. Mistérios divinos que ainda desconhecemos! 



Antigo moedor de café da
família Nuss!
Maria das Graças Nuss
Correa

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

MEMÓRIAS GOIANAS


Clélia, Regina, Aleixo e
 José Hermano Sobrinho.
Hoje, Goiânia completa 79 anos que quero homenagear a minha cidade natal e seus idealizadores! Objetivando resgatar a história dos pioneiros de Goiânia, temos tido como foco os nossos avós que migraram para Goiás na década de 20 /30. Assim, temos pesquisado, sobretudo, sobre a mudança da família Araújo do nordeste para Goiás. A família materna veio de Minas. É apaixonante esta pesquisa e estamos descobrindo coisas muito interessantes.
Lembrando o contexto da época, sabemos que a década de 1930 foi um dos períodos mais sangrentos de toda a história mundial.  
Avião aterrissando em GYN, 42.
Então, Hitler ascende ao cargo de chanceler na Alemanha e tem início o genocídio do que Hitler chamava de raças inferiores, em especial, os judeus. Também inicia, em 1939, a Segunda Guerra Mundial. No Brasil, Getúlio Vargas estava no poder. 
A proposta de transferir a capital de Goiás permaneceu em latência até à Revolução de 1930, quando Pedro Ludovico Teixeira foi nomeado interventor federal por Getúlio Vargas. No final de 1932, Pedro Ludovico tomou as primeiras providências para que Goiânia fosse construída. A proposta de transferir a capital de Goiás, que àquela altura já durava há pelo menos 180 anos, encontrou campo fértil na política do governo federal. 
Relógio na Avenida Goiás, aqui.
A decisão de Pedro Ludovico estava em consonância com a Marcha para o Oeste, política desenvolvida pelo governo Vargas para acelerar o desenvolvimento e incentivar a ocupação do Centro-Oeste brasileiro.
No sábado estivemos na residência do casal José Hermano Sobrinho e Dalva. Ele conheceu a nossa família paterna ainda na velha capital e se prontificou a receber-nos e compartilhar as suas memórias. 
Carro de Bois, na Praça Cívica, Goiânia, 1937.
Minha irmã Clélia trabalhou muitos anos como assessora de seu irmão Modestino a quem ela agradece o enorme aprendizado e a amizade. José Hermano lembrou-se de papai na década de 30. Mencionou todos os membros da família, inclusive dois de nossos tios que faleceram antes de nosso nascimento. Contou como nosso pai - José Araújo - se estabeleceu na Rua 15 de Novembro, perto do Mercado Municipal, em Goiás Velho. Disse que era um armazém grande cheio de peles e ele trabalhava ali ajudado por seus irmãos mais jovens. 
Cartaz incentivando a mudança para Goiânia.
Disse-nos que papai foi o introdutor da venda de peles de animais silvestres em Goiás. Relatou, ainda, que conviveu muito com nosso tio Tonho que era alfaiate lá e descreveu a beleza de nossa tia Leonildes, sua postura elegante. Confirmou que ela era muito ligada ao irmão Hilário. Eles adoeceram anos mais tarde de TB, foram fazer tratamento em BH, mas não resistiram.
Hermano descreveu um bar que papai possuiu no início de Goiânia. Era uma espécie de bar de sinuca na Anhanguera com a Rua 20. Contou que José Araújo era severo, chamava a atenção dos estudantes da época. José Hermano falou de papai como um pioneiro de destaque, um dos fundadores da associação comercial aqui em Goiânia. Recorda-se da Casa Araújo,  na Rua 20. Naquela época existia o que se chamava de armazém de secos e molhados, uma miscelânea de artigos à venda. Contou que o Tio Venerando foi  seu professor na Rua da Estrada em Goiás. Na época eles costumavam fazer um curso de Admissão que era o preparatório para o ingresso ao Lyceu.
Famosa Feira da Praça Tamandaré,
aos sábados, em Goiânia.
Soubemos com certeza que, em 1935, papai  e o tio venerando já estavam aqui na nova capital. Mas apenas em 37 vieram as repartições, as escolas, a Faculdade de Direito e de Enfermagem. Aliás, tudo veio de Goiás, a antiga capital.
José Hermano Sobrinho mencionou sua crônica sobre a infância em Goiás, publicada no domingo anterior em jornal goiano -  Diário da  Manhã – disponibilizando-nos uma cópia do texto.
Falou com emoção saudosa das tertúlias da época, das serenatas, dos saraus, dos bailes que alegravam a sociedade goiana. A cidade de Goiás orgulhava-se de sua intensa vida cultural. Existia Opera em Goiás, onde depois funcionou o Cine São Joaquim, que fica perto da casa de Cora Coralina.
Paisagem  atual da cidade.
Disse-nos que sua mãe - Arcângela Pereira Hermano - fazia bolo de arroz e pastel de nata e o menino José Hermano vendia as quitandas nas ruas da cidade, nos períodos que não estava na escola. Afirmou que tinha freguesia certa. Seu pai era sapateiro, a mãe quitandeira, mas criaram nove filhos. Seu irmão Modestino, advogado e amigo de minha irmã Clélia, foi também excelente jogador de futebol – Manduca - no início de Goiânia. Foi convidado a jogar no Corinthians, em São Paulo, mas não suportou a saudade da terra goiana e voltou a jogar em Goiânia, tendo-se destacado também como jurista.  Clélia reiterou que ele além de seu chefe e amigo foi um dos principais responsáveis pela sua formação profissional no longo período em que o assessorou, incentivando-a sempre!
Lago das Rosas, na década de 40.
José Hermano citou também nosso tio Tonho que era  alfaiate em Goiás Velho. Parece que sua alfaiataria era na Rua 15, ou Rua da Estrada. Contou-nos que o antigo empregado de papai que gostaríamos de reencontrar faleceu há alguns anos, juntamente com seus irmãos Berenice e Osíris Teixeira. 
Em suas memórias, citou ainda o primeiro carnaval de Goiânia que movimentou o Grande Hotel, em 1939, e a revolta dos Caras Pretas – rebelião em Pirenópolis - na qual os ingleses foram expulsos debaixo de fogo armado de suas minas de ouro, no Rio das Almas. Depois, mostrou-nos fotos antigas da capital goiana e combinamos novos encontros para troca de memórias goianas.
Prédio antigo da Loja Maçônica.



Silvio Berto e Pedro Ludovico, 42. 
Igreja Matriz de Campinas.


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

FAMÍLIA NUSS E FLORIDO


Aleixo e Regina, Granada, Es, 19.09.11.
Em nossa época em que uma noção errada de liberdade, às vezes, é muito divulgada, levando à consequência de o jovem não valorizar vínculos e quebrar com facilidade os vínculos contraídos, é oportuno recordar que a liberdade é, na sua forma maior, liberdade de aprender a nos amarmos. É esse o significado de criar laços familiares!
Criar laços, contrair vínculos, amar e ser amado são movimentos comuns no seio de uma família! 
Nora Mércia, netinha Ana Helena,
Arthur Nuss e Regina, 28.07.11.
Atualmente, a sociedade cada vez mais percebe, busca e questiona seu papel e a sua atuação na humanização do ser, pois é nela que se nasce, cresce, a gente se forma e se transforma.
A educação infantil tem reforçado o valor da família explorando o tema sob vários aspectos: social, emocional, espiritual, cultural e político e o trabalham de diversas formas com teatrinho de fantoches, caracterização dos membros familiares, painéis de fotos, representações gráficas, músicas e momentos celebrativos.  A resposta só pode ser positiva e com o objetivo alcançado, ou seja, a escola complementando a importância dos laços familiares.
Bel, filha do Aleixo, nora Luciana,
filho Otávio e Lei, 20.01.2012.
Ontem, Aleixo fez contato com o primo Humberto que é filho da Tia Lourdes. Ele relatou que seu filho também está interessado no estudo da genealogia da família e esteve visitando nosso blog com interesse pelas histórias familiares. Acrescentou que numa de suas visitas de atendimento veterinário, no município de Italva, acabou parando na residência de Pedrinho Florido.
Avós: João Nuss e Benedicta.
Ao tomar conhecimento de seu sobrenome Nuss, Pedrinho contou que seu avô Pedro Florido, primo da avó Benedicta, nutria paixão oculta pela moça na juventude. Ao saber de seu retorno ao Brasil, ele deixou a Espanha e veio ao encalço de sua amada. Todavia, devido à escassez de dinheiro, Pedro foi obrigado a parar em Cuba e trabalhar no corte de cana por dois anos até que pudesse vir para o nosso país. 
Acontece que ao chegar ao Brasil, vovó Benedicta já havia desposado nosso avô João Nuss. Apesar de desapontado, Pedro procurou uma das irmãs de Benedicta, a que mais se parecia com sua paixão platônica e desposou a tia avó Joaquina!
Era costume na época repetirem os nomes masculinos e femininos. Uma das filhas de Benedicta também se chamaria Joaquina e foi a mãe do Aleixo! 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

MEMÓRIA FAMILIAR E NINHOS


Aleixo e Regina, Lamego, Portugal, 2011.
Continuo a pesquisa visando ao resgate de parte da história de nossa família. A partir de entrevistas com membros e amigos da família, vamos ampliando o conhecimento de um pouco mais da vida e dos costumes de nossos antepassados, priorizando as sagas da família Araújo e da família Nuss
Estou organizando um pequeno acervo como forma de resgate da nossa história. Além de poder observar as transformações ocorridas ao longo do tempo, vamos compreendendo a importância da conservação e preservação da história e dos valores familiares contidos em cada um deles. 
Picapau fotografado pelo Arthur Nuss
aqui na Shamballa.
Aproveito para agradecer a todos aqueles que se dispuseram a contribuir com esse trabalho de pesquisa. Resgatar a memória familiar é preservar a própria história. Paralelamente, tenho lido livros de escritores goianos que abordaram o tema ligado à construção da capital goiana. E fiquei deveras emocionada revisitando as páginas escritas por meu tio Venerando de Freitas Borges em seus dois livros: Dobras do Tempo e Samburá. Reler alguns trechos recheados de poesia e história sensibilizou-me o coração. Saudade de um tempo que só pode ser revivido na lembrança!
João de Barro construindo ninho.
Nesta época do ano, há muitos ninhos de pássaros na Shamballa.  É incrível observar como as aves constroem ninhos de todos os tipos, colados, costurados, tecidos, esculpidos e escavados. Percebo que os pássaros usam os mais diversos materiais, como folhas, saliva, pelo de outros animais e até lixo produzido pelo homem. 
São ninhos pendurados em árvores, escondidos em ocos de plantas, nas colunas da varanda, até no bambuzinho de nosso banheiro. Eu tinha um lindo xaxim antigo dependurado em uma árvore do pátio. 
Ninho de cegonhas.
Eles fizeram tantos ninhos ali que acabei perdendo vaso e muda! Em nossas viagens vimos ninhos dentro de cupinzeiros, atrás de cachoeiras, no meio de lagoas, em paredões de pedra e até em torres de igrejas! Lembro-me de fiquei encantada com os enormes ninhos de cegonhas que vimos em Portugal! 
Algumas aves usam ninhos prontos que outros pássaros já usaram e abandonaram. Outras dividem o ninho com outros animais, por conveniência ou por pura preguiça mesmo. Soube que algumas aves enfeitam o ninho e outras não aceitam acasalar com um par que não saiba construir um ninho adequado! 
Passarinho Alfaiate fazendo ninho.
Alguns pássaros invadem os ninhos dos outros e lhes impõe os filhotes, como o pássaro preto nos ninhos dos sabiás.  Mas soube também que outros fazem ninhos à prova de invasões. 
Existe um pássaro rabudo que se chama passarinho-alfaiate. Imagine que a fêmea do passarinho-alfaiate de cauda longa faz seu ninho juntando duas folhas verdes que ela costura com fios tirados de teias de aranhas. Além de mais resistentes ao clima e à água, as folhas verdes também servem de camuflagem para o ninho. Ela forra com folhinhas secas e leva cerca de quatro dias para construir seu ninho. A natureza é maravilhosa!

Ninho de Sabiá.
Ninho de pássaro na Shamballa


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A FAMÍLIA


Nossos pais - Geraldina e
José Araújo - criaram sete
filhos com amor! 
Tenho pesquisado para resgatar a história de nossos antecessores, pioneiros em Goiânia, e venho refletindo sobre o significado da família. Diariamente surgem novas descobertas, novas técnicas. O mundo evolui a cada instante. Os conceitos mudam, as estruturas se refazem, os valores são atualizados, mas a importância da família permanece, a despeito das opiniões daqueles que questionam o seu valor. Se o homem se transforma, se atualiza, revê seus conceitos, é interessante refletir por que a família que existe há séculos continua sendo necessária e produzindo bons resultados. 
Clélia, Sônia, Regina e mamãe, 98.
A família tem sido a esperança do ser humano em todas as épocas. Ela é a escola condutora de atitudes afetivas e de sentimentos capazes de fazer um profissional sentir ternura, ela é capaz de provocar lágrimas no criminoso, ela é a mensageira de um amor desinteressado, livre e espontâneo.
Celina, Regina, Sônia, Júnior, Clélia,
Luíza e filho, 2005.
A família representa o sustentáculo de cada ser. Às vezes ela deixa de ser tradicional, pois os valores mudam e as circunstâncias nem sempre são justas. E sabemos que muitas vezes nossa família espiritual não coincide com a biológica! Porém, pela família afim pode-se conhecer o homem. As grandes empresas do mundo já integram a família dos funcionários em seus projetos e mede-se a postura e a integridade de homens de negócios pelo relacionamento familiar que eles desfrutam. 
Regina, Didi e Aleixo, 2003.
Um bom pai, um esposo cordial são evidências de boa índole e a administração da família em termos harmônicos é um índice de qualidade nos dias de hoje. Só quem não tem uma família é capaz de avaliar a imensa solidão, que nenhum ofício ou realização pessoal pode amenizar. A família mesmo com toda a problemática que ela pode ocasionar é ainda a fonte em que o ser humano encontra o lenitivo e a força contra as intempéries diárias. 
Aleixo, Regina, Lu e Otávio, 2003.
O aconchego dos familiares é uma benção, a solidariedade entre irmãos é uma graça, o convívio harmônico com avós, pais, tios, irmãos, noras, genros, primos, sobrinhos é uma fonte permanente de descobertas, de surpresas, de generosidade, de conforto, de troca, de aprendizagem.
Frederico, Regina, Vaíte, Fábia, Lei
e Bettina. 
A família mantém um vínculo que agrega nas horas difíceis e empolga nas horas de festa e de alegria. Os pais quando presentes encarnam o tronco salutar de amor que repassam aos filhos por meio de exemplos, de vivências, de sacrifícios, de coisas boas, de gestos de carinho. As palavras muitas vezes são desnecessárias ante as atitudes e os olhares de cumplicidade e entendimento.
Adevaldes com Luciana Araújo,84.
Perante a ausência de alguns membros, a família se recompõe com aqueles que ficaram e se une mais para preservar a memória e honrar o nome de quem soube amar e ensinar a ser feliz! O que importa realmente é que a família tem uma missão, ou seja, continuar a luta, ir em frente, repassar adiante o que se aprendeu, transmitir o amor de geração a geração.
Otávio e Luciana Nogueira, enlace, 97.
Essa corrente  familiar se torna indestrutível mesmo enfrentando a modernidade, encarando de frente as drogas e ilusões que tentam dizimá-la, lutando contra os pregadores de uma liberdade falsa com inversão de valores. A família resiste e continua mostrando sua força, impondo o amor como condição de vida, a amizade fraterna como motivação entre irmãos e  o alegria de poderem estar juntos e felizes!
Dona Didi e seus netos.
A criança percebe a importância da família que lhe traz segurança, proteção, amor. Na mocidade, muitas vezes, os jovens desprezam os laços familiares em sua ânsia pela liberdade e  o questionar de valores. Na maturidade, cada um compreende a importância da família para o seu crescimento integral. Mesmo quando se percebe que a família se defende em blocos, enquanto, muitas vezes, os membros guerreiam entre si. 
Reunião da família na Shamballa, 22.07.12.
Mas a superação dos conflitos auxilia o nosso processo de crescimento... E concordo que o cultivo permanente da harmonia no lar, do amor genuíno, da prática do perdão, do respeito mútuo em família, constitui o agente transformador para uma sociedade mais fraterna e justa!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

VENTANIA COM SEMENTES


Lei, Otávio, Lu, Regi, Fábia e Vaíte.
Ruído de vento com folhas secas. Música singular da natureza. Na realidade, uma chuva de sementes de angico! Um monte de vagens secas caindo do azul empoeirado, amparado por árvores verdes balouçantes... A ventania entoava uma melodia rústica anunciando a tempestade. De repente, tudo fica escuro lá fora...Mas a chuva, hoje, passou ao longe e o tempo ficou apenas nublado...
Imagem da  Santa Padroeira 
A folha do angico é minúscula e povoa toda a chácara. Incrível, a força dessa árvore. As vagens caem, secam e  se abrem espalhando milhares de sementes. Parece que todas brotam e dias depois os vasos e todo o espaço com terra trazem mudas verdinhas que crescem aleatoriamente se permitirmos.
Enquanto isso, as cigarras cantam seu desabrochar neste feriado da padroeira do Brasil
Astro tentando entender a chuva de folhas secas
Nossa Senhora da Conceição Aparecida, popularmente chamada de Nossa Senhora Aparecida, é a padroeira do Brasil, venerada na Igreja Católica. Um título mariano negro, Nossa Senhora Aparecida é representada por uma pequena imagem de terracota da Virgem Maria atualmente alojada na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, localizada na cidade de Aparecida, em São Paulo, onde já estivemos algumas vezes. 
Dona Joaquina Nuss, Arthur e Bel,
1988.
Sua festa litúrgica é celebrada em 12 de outubro, um feriado nacional no Brasil desde que o Papa João Paulo II consagrou a Basílica em 1980. A Basílica é o quarto santuário mariano mais visitado do mundo e é capaz de abrigar até 45.000 fiéis. 
A festa da Padroeira no Santuário Nacional em Aparecida, no interior de São Paulo, celebrada nesta sexta-feira, 12/10, marca o lançamento do Ano da Fé no Brasil. O anúncio foi feito durante a missa das 10h  celebrada pelo arcebispo Claudio Hummes, de São Paulo.
Juliana e Matheus, janeiro, 2012.
De acordo com a CNBB, o Ano da Fé deve ser visto pelos católicos como um momento de reflexão. A Igreja Católica informou que busca aprofundar a fé dos cristãos e reforçar o espírito missionário.  O Papa Bento XVI lançou ontem o movimento católico em caráter mundial durante uma celebração no Vaticano.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

TARSILA ARAÚJO


Se nós podemos sonhar, também podemos tornar nossos sonhos realidade. Walt Disney
Tarsila e Priscila, maio, 2012.
Minha sobrinha Tarsila é a caçula dos três irmãos. Quando perguntei ao seu pai a razão de seu nome artístico, ele me disse que combinava com Priscila que é o nome de sua irmã. Muito antes de a Pri nascer, eu escutava minha irmã Clélia dizendo que teria uma filha com esse nome algum dia! São ambas lindas, inteligentes, simpáticas e bastante unidas, apesar da diferença de cinco anos.  
Tarsila e equipe na premiação.
De sua infância, lembro-me de sua independência, e da festa de um de seus aniversários com muita animação, inclusive a presença de um palhaço. O bolo pegou fogo e as pessoas não se afastavam da mesa pensando que fazia parte do espetáculo dos mágicos... 
Aos 17 anos, Tarsila foi aprovada no vestibular de estatística na USP, mudando-se para São Paulo na época. Seguia os passos do irmão mais velho – Gustavo – apaixonado por seu curso e aluno brilhante sempre!  
Ela vivia paralelamente a sua primeira paixão juvenil e se adaptou bem à vida paulistana. 
Foto artística da Tata.
Quase ao final do curso, descobriu o seu amor pelo cinema e começou a fazer cursos para aprendizagem da sétima arte. Graduou-se em Estatística, porém já sabia qual o caminho desejava percorrer.
Tata perdeu o pai querido aos nove anos de idade, mas ele havia adoecido bem antes. Todavia, teve a sorte de ter uma mãe amorosa e forte que fez de tudo para não privar os filhos do conforto a que estavam habituados, defendendo o direito de cada um buscar a sua realização própria.
Tarsila, a cineasta da família!
Todos têm um ideal na vida, mas são poucos os que realmente chegam lá. A maioria das pessoas acaba se envolvendo de tal modo com a luta pela sobrevivência que quase esquece o seu grande sonho. E  é extremamente importante ter um ideal na vida! Isso pode dar razão ao viver! Quem não persegue os seus sonhos acaba se transformando numa pessoa chata, às vezes, pessimista, amarga! 
Tarsila com os pais e irmãos, na
infância feliz!
Claro que é preciso descobrir a sua aptidão, depois, desenvolver a sua competência e, então, estabelecer um foco e correr atrás de seus sonhos, assumindo a responsabilidade por sua vida. Esta pode ser a receita de sucesso com ideal de vida, mostrando que a caminhada pode ser tão boa quanto o destino, mas percebendo que a felicidade não é o destino, e, sim, a viagem! É o que Tarsila  Araújo vem fazendo com sucesso!
Tarsila com irmã e priminhas.
Tarsila fez vários cursos na área e já acumula bastante experiência como assistente de direção. Tem ensaiado com projetos de direção também. Esta semana, um dos curtas em que trabalhou foi exibido na Mostra de Curtas em Goiânia e acabou sendo escolhido como o melhor filme.  Ela veio de São Paulo para a apresentação e estamos orgulhosos com o seu sucesso. 
Resumindo, o curta-metragem de ficção Memórias externas de uma mulher serrilhada, de Eduardo Kishimoto (SP) foi selecionado como o melhor filme da Curta Mostra Brasil da 12ª Goiânia Mostra Curtas, de acordo com o júri oficial. 
Clélia, mãe da Tarsila Araújo.
Depois da exibição de 86 filmes de 22 estados, um dos mais expressivos festivais nacionais de curta-metragem do Brasil fez na noite de 7 de outubro, no Teatro Goiânia, a entrega de prêmios de incentivo à produção para os vencedores de quatro categorias: Curta Mostra Brasil, Curta Mostra Municípios, Curta Mostra Goiás e 11ª Mostrinha. 
Imagem do filme: Memórias Externas
de uma Mulher Serrilhada
O festival, que ocorreu entre 02 e 07 de outubro, com programação totalmente gratuita, contou com o patrocínio da Petrobras, por meio da Lei Rouanet, e Sesi – Conselho Nacional e apoio do Ministério da Cultura, Sebrae Goiás, Secretaria de Estado da Cultura do Governo de Goiás, Lei Municipal de Incentivo à Cultura da Prefeitura de Goiânia e Correios.
Não deve ser fácil conviver com a instabilidade da profissão que escolheu. Ela tem batalhado muito para chegar até aqui, mas sei que este é apenas um dos inúmeros prêmios de reconhecimento por sua dedicação, competência e amor ao cinema e a outras linguagens relacionadas à sétima arte!

Nossa cineasta Tarsila  atuando!
Tarsila e equipe em Muriaé!