sábado, 31 de outubro de 2015

GÊMEAS ARAÚJO

Celina e Luíza, 1967.
Há inúmeras histórias bizarras sobre gêmeos. Isso sempre despertou a minha curiosidade e quis muito ser mãe de gêmeos, em vão. Mas ajudei a cuidar de irmãs gêmeas. E como deram trabalho à família! Eram pequenas e prematuras de peso ao nascerem. Minha mãe tinha compromissos espirituais aos quais não faltava por nada! Como a filha mais velha eu ficava encarregada de tomar conta delas com minha irmã Clélia e outras pessoas que participaram de sua criação, como colegas vizinhas e duas moças que moraram conosco à época – Bené e Elza. E até hoje mantemos uma ligação próxima de irmãs queridas, cúmplices pelo compartilhar de tantas experiências, quase minhas filhas.
Antes éramos cinco irmãos. Mas mamãe perdera uma filha com dois dias de idade quase uma década atras...í Meu irmão caçula tinha quase sete anos quando elas chegaram. Mudaram toda a rotina familiar. Todavia, foi um grande aprendizado acompanhar o seu crescimento! Elas eram muito parecidas fisicamente e detinham uma energia ímpar.
Celina e Luíza, 1965.
As pessoas de fora não distinguiam uma da outra e Maria Celina e Maria Luiza usaram esse truque na escola. Quando uma professora perguntava o nome a uma delas, respondiam: - Sou a outra! Sei porque foram minhas alunas quando ministrava língua inglesa em escola pública goiana. Hoje não se parecem tanto, mas o Facebook identifica a Luíza a cada foto que aparece da Celina!
Em relação aos desafios enfrentados devido à diferença de idade, esclareço que a gente tenta compreender as características de cada geração, a fim de facilitar a interação das pessoas de diferentes idades, mesmo porque isso nos ajuda a definir como será a orientação das que ainda estão por vir. 
O estudo sobre as diferenças entre as gerações é antigo, mas ganhou força com as pesquisas sobre os  baby boomers, pessoas, como eu, nascidas após a segunda guerra e  os anos sessenta.
Cé e Lu, 2011.
Depois disso, com as mudanças ocorridas em todas as esferas da sociedade nos últimos 50 anos, o intervalo entre as gerações foi ficando cada vez menor. Hoje, a cada dez anos, o mundo fica tão diferente que suas diversidades e conflitos resultam em uma nova geração. Daí, uma possível explicação de algumas diferenças que sentimos em relação ao comportamento das irmãs caçulas. A educação delas trouxe outros desafios à família, sobretudo a mamãe e as irmãs mais velhas. Papai mudou de andar quando elas tinham apenas seis anos... E eu tinha 13 anos quando as duas Marias chegaram... De qualquer forma, a família não seria a mesma sem nossas queridas irmãs gêmeas...