Se nós podemos sonhar, também podemos tornar nossos sonhos realidade. Walt Disney
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Tarsila e Priscila, maio, 2012. |
Minha sobrinha Tarsila é a caçula dos três irmãos. Quando perguntei ao seu pai a razão de seu nome artístico, ele me disse que combinava com Priscila que é o nome de sua irmã. Muito antes de a Pri nascer, eu escutava minha irmã Clélia dizendo que teria uma filha com esse nome algum dia! São ambas lindas, inteligentes, simpáticas e bastante unidas, apesar da diferença de cinco anos.
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Tarsila e equipe na premiação. |
De sua infância, lembro-me de sua independência, e da festa de um de seus aniversários com muita animação, inclusive a presença de um palhaço. O bolo pegou fogo e as pessoas não se afastavam da mesa pensando que fazia parte do espetáculo dos mágicos...
Aos 17 anos, Tarsila foi aprovada no vestibular de estatística na USP, mudando-se para São Paulo na época. Seguia os passos do irmão mais velho – Gustavo – apaixonado por seu curso e aluno brilhante sempre!
Ela vivia paralelamente a sua primeira paixão juvenil e se adaptou bem à vida paulistana.
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Foto artística da Tata. |
Quase ao final do curso, descobriu o seu amor pelo cinema e começou a fazer cursos para aprendizagem da sétima arte. Graduou-se em Estatística, porém já sabia qual o caminho desejava percorrer.
Tata perdeu o pai querido aos nove anos de idade, mas ele havia adoecido bem antes. Todavia, teve a sorte de ter uma mãe amorosa e forte que fez de tudo para não privar os filhos do conforto a que estavam habituados, defendendo o direito de cada um buscar a sua realização própria.
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Tarsila, a cineasta da família! |
Todos têm um ideal na vida, mas são poucos os que realmente chegam lá. A maioria das pessoas acaba se envolvendo de tal modo com a luta pela sobrevivência que quase esquece o seu grande sonho. E é extremamente importante ter um ideal na vida! Isso pode dar razão ao viver! Quem não persegue os seus sonhos acaba se transformando numa pessoa chata, às vezes, pessimista, amarga!
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Tarsila com os pais e irmãos, na infância feliz! |
Claro que é preciso descobrir a sua aptidão, depois, desenvolver a sua competência e, então, estabelecer um foco e correr atrás de seus sonhos, assumindo a responsabilidade por sua vida. Esta pode ser a receita de sucesso com ideal de vida, mostrando que a caminhada pode ser tão boa quanto o destino, mas percebendo que a felicidade não é o destino, e, sim, a viagem! É o que Tarsila Araújo vem fazendo com sucesso!
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Tarsila com irmã e priminhas. |
Tarsila fez vários cursos na área e já acumula bastante experiência como assistente de direção. Tem ensaiado com projetos de direção também. Esta semana, um dos curtas em que trabalhou foi exibido na Mostra de Curtas em Goiânia e acabou sendo escolhido como o melhor filme. Ela veio de São Paulo para a apresentação e estamos orgulhosos com o seu sucesso.
Resumindo, o curta-metragem de ficção Memórias externas de uma mulher serrilhada, de Eduardo Kishimoto (SP) foi selecionado como o melhor filme da Curta Mostra Brasil da 12ª Goiânia Mostra Curtas, de acordo com o júri oficial.
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Clélia, mãe da Tarsila Araújo. |
Depois da exibição de 86 filmes de 22 estados, um dos mais expressivos festivais nacionais de curta-metragem do Brasil fez na noite de 7 de outubro, no Teatro Goiânia, a entrega de prêmios de incentivo à produção para os vencedores de quatro categorias: Curta Mostra Brasil, Curta Mostra Municípios, Curta Mostra Goiás e 11ª Mostrinha.
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Imagem do filme: Memórias Externas de uma Mulher Serrilhada |
O festival, que ocorreu entre 02 e 07 de outubro, com programação totalmente gratuita, contou com o patrocínio da Petrobras, por meio da Lei Rouanet, e Sesi – Conselho Nacional e apoio do Ministério da Cultura, Sebrae Goiás, Secretaria de Estado da Cultura do Governo de Goiás, Lei Municipal de Incentivo à Cultura da Prefeitura de Goiânia e Correios.
Não deve ser fácil conviver com a instabilidade da profissão que escolheu. Ela tem batalhado muito para chegar até aqui, mas sei que este é apenas um dos inúmeros prêmios de reconhecimento por sua dedicação, competência e amor ao cinema e a outras linguagens relacionadas à sétima arte!
Obrigada Regina, pelo lindo texto!
ResponderExcluirVc descreveu com muita sensibilidade a trajetória da Tarsila. Eu sou altamente suspeita, mas acredito que ela vai subir a vários palcos ainda para receber prêmios por seus trabalhos. Quando se trabalha com amor, o sucesso é consequência. E, contando com a torcida da família e da tia escritora/poeta/blogueira, tudo fica mais fácil. Beijos gratos!
clélia
Tia Ré,
ResponderExcluirNão sei nem o que dizer! Obrigada pelo texto!! Eu lembro há anos atrás você dizendo pra mim que o meu nome era de artista, e de responsabilidade! Nunca esqueci disso, engraçado, mas tento honrar o nome... realmente quando se coloca energia em algo que gosta, se acredita, esta energia volta pra você em algum momento. E claro, esse apoio e amor todo da família é sempre acolhedor e estimulante! Um beijo, Tarsila
Sim, Clélia! A Tarsila não se chama assim por acaso e já está fazendo jus ao nome! Mas o mais importante é trabalhar com aquilo que a gente ama!
ResponderExcluirAh, e depois me lembrei de um episódio hilário da primeira infância da Tarsila. Estávamos na praia e você, Tata, e a priminha Paula assaltaram uma mala e roubaram todo o chocolate malocado ali... Depois se esconderam para comer tudo, lembram-se disso? hehehe