Juju, Matheus e vovó Regina |
Juliana tem quatro anos e basta eu chegar à sua casa para levar-me para brincar com ela. Às vezes, ela pede que eu lhe leia histórias, outras vezes brincamos com as bonecas – nossas filhas! Também desenhamos juntas ou montamos castelos unindo peças do Lego. Invariavelmente eu a acompanho ao parquinho e a observo enquanto brinca com as outras crianças. A televisão em seu quarto é controlada pelo pai e programada para determinados desenhos e o timer funciona para não ultrapassar o tempo adequado.
No imaginário infantil, alguns palitos de sorvete fincados na areia se
Ana Júlia e Breno. |
O mundo infantil é recheado de encantamento e imaginação. Em suas brincadeiras, a criança transforma o mundo e a realidade. Ela faz uso dos objetos e brinquedos de acordo com seus desejos e necessidades de expressão. No seu lazer, a criança expressa o seu mundo imaginário e elabora assim os seus sentimentos e as suas experiências.
Quando brinca, joga, desenha ou faz uma colagem, a criança está criando. Sua imaginação lhe permite sonhar e divagar, traduzindo o mundo real numa visão pessoal. Para isso, ela recorre às fantasias presentes em sua mente, que começaram a se formar desde o início de sua vida.
Ana Helena, neta do Aleixo |
A mente humana é como uma máquina que produz pensamentos, sendo que uma dessas ações denomina-se imaginação. A importância da imaginação, na fase infantil, está ligada à criatividade que a criança poderá desenvolver durante todas as outras fases da vida. As crianças são criativas e elas inventam universos nos quais transformam no que querem ser. Fazem isso com objetos também. Meus sobrinhos ou netos sempre me surpreendem! Curto muito a espontaneidade criativa do mundo infantil!
Por meio da imaginação, a criança também pode fantasiar que tem um amigo imaginário, que é um personagem com o qual a criança brinca e até briga. Isso é normal e faz parte de seu desenvolvimento. Os pais, às vezes, não entendem que isso é normal e se preocupam, mas eles devem prestar atenção na criança que não tem amigos reais e só imaginários, pois isso já é um problema de relação interpessoal que pode fazer mal à criança.
Lucas Almeida, 1 aninho! |
A cada fase da vida, a imaginação evolui e os pais precisam acompanhar e incentivar as crianças. Até os três anos, elas estão na fase da experimentação, portanto os objetos ganham vida e a criança acredita realmente nisso. Dos três aos cinco anos, os pais até já são convidados a participar das brincadeiras e as histórias ganham mais sentido. Dos seis aos oito anos, as histórias são lógicas e possuem uma finalidade; trazem temas como raiva, medo, amor e guerra e é também a fase que a criança acredita no herói. Depois dos oito anos, já unem a imaginação com aventuras reais e os amigos imaginários já não existem mais. Matheus está com nove anos e observa com condescendência as viagens da imaginação da irmã cinco anos mais nova. Ele se interessa pelos animais e jogos de montagem e é estimulado a brincar ao ar livre, evitando o excesso de jogos virtuais ou TV.
Aurora, sobrinha neta. |
Normalmente a imaginação contribui para o desenvolvimento da criança. Entretanto, ela pode ser perigosa quando a criança já não percebe que certas brincadeiras envolvem situações perigosas ou quando, na escola, ela se dispersa e não tem atenção na aula. Nessa situação, a criança precisa de atenção, compreensão e diálogo.
Como educadora, percebi que algumas crianças têm dificuldades na elaboração de textos por não usarem a imaginação. As crianças com imaginação pouco desenvolvida são pouco criativas. Por isso, é preciso muita brincadeira e jogos de regras para estimular a imaginação, pois esse exercício saudável contribui para formação intelectual e criativa da criança, além de diminuir a frustração e ajudar no desenvolvimento da linguagem.
E eu achava que era um avo coruja!!!!
ResponderExcluirEu sou avó coruja, amigo! Tenho apenas 03 netos, mas muitos sobrinhos netos e sou apaixonada por todos eles!
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