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Regina Lúcia, 1993. |
Na juventude, eu sonhava com uma
espécie de missão grandiosa em minha vida. Mas era ilusória aquela sensação de magnitude,
de ser a escolhida, a eleita por forças supra terrenas. Claro que todos nós
temos uma missão, uma tarefa ou determinado aprendizado a cumprir. Talvez, antes
de nascer, eu soubesse que a arrogância era uma das coisas que eu teria de
superar. Certamente eu não soubera lidar com essa questão em vidas anteriores,
nas quais eu pudesse ter tido acesso ao poder ou à riqueza excessivos. Agora eu nascia em família classe média, sem
fortuna, mas trouxe
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Aleixo e Regina, Saquarema, 2012. |
nesta existência um sentimento de algo a desempenhar...
Agora sei que a arrogância
encoberta pela timidez inicial, a sensação de superioridade arraigada, o
sentimento de ser especial, era o que tinha que combater nesta encarnação. Tenho consciência de como era falso todo
aquele sentimento de grandiosidade, de ser especial ou escolhida por forças
supremas para desempenhar tarefas superiores às dos seres comuns. Mas, de certa
forma, todo esse sentimento de busca transcendental foi válido, pois ele me
impulsionou para ir à luta em cada fase de minha vida.
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Regina, Bettina e filhotes, 2014. |
Neste ocaso desta existência
ainda persiste em mim o misticismo interior. Mas não é nada extraordinário. Como
o místico aprendiz, tenho confiança em mim mesma e costumo dar provas de
coragem frente aos desafios. Sinto minha mente em harmonia e permito que a luz
da consciência ilumine minha vida e minhas ações... E, ao meditar, agradeço o
Deus de meu coração pelas benesses e lições recebidas!
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