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Aleixo e Regina, 2002. |
A vida terrena é como a passagem de um
dia: do nascer do sol, ao cair da tarde, então, a doçura e tranquilidade da
noite. E assim vai acontecendo, dia após dia, ciclo após ciclo... Envelhecer é
um processo natural do nosso corpo, mas nem por isso nossa alma precisa ficar
velha. Por enquanto, ainda podemos correr, pular, sorrir, cantar, viajar...
Podemos vibrar, chorar, amar, sentir saudade e outras emoções... Não é a idade
que define o quanto somos jovens ou velhos. É a nossa capacidade de sentir a
vida em sua plenitude e beleza. Por isso é importante manter o espírito sempre
cheio de energia e vitalidade. Obstáculos existem e são muitos, às vezes,
grandes desafios. Mas a nossa vontade de
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Aleixo e Regina, 2013. |
viver é muito maior... O desejo de
aproveitar as várias oportunidades que ainda vão surgir é muito mais verdadeiro.
As mudanças que enfrentamos ao
longo da vida em seus variados segmentos, ou seja, na família, no trabalho, nas
amizades, tanto podem nos trazer angústias, ansiedades, frustrações, desalento,
dúvidas, medo, desconforto, como otimismo, coragem, compreensão, tolerância e
outros mais. A vida está sempre mudando e levando-nos, cada vez mais, ao
aperfeiçoamento de nosso ser. Por meio das reencarnações vamos adquirindo mais
conhecimento e tendo maior compreensão da necessidade do aperfeiçoamento
moral e espiritual para nossa evolução.
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Minha filha Fábia com Loki ao colo |
Assim como mudamos de casa na vida
física, precisamos também modificar a nossa casa mental para incorporarmos
novos pensamentos e atitudes mais sadias e conscientes. É de suma importância
essa mudança de paradigmas para nosso crescimento, pois precisamos reavaliar
conceitos, tendo em vista a luta que devemos travar contra nossas imperfeições
para evoluirmos, de acordo com a lei de amor, aquela que une todos os seres. A
melhor forma de nos modificarmos para melhor é pela reforma de nossos próprios
atos, e não esperar que as circunstâncias ao nosso redor se modifiquem para nos
atender. Precisamos combater o egoísmo e o orgulho, duas chagas que constituem os
maiores obstáculos ao progresso do ser humano. Tenhamos a certeza que qualquer
mudança
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Com meu afilhado Lucas |
significativa vai exigir-nos muito esforço, tenacidade, paciência,
compreensão e principalmente coragem para iniciá-la. É necessário que nossa
casa mental esteja preparada com a doçura do amor, da humildade, caridade,
fraternidade e fé.
Nossa percepção, hoje, nos
esclarece sobre os fatos do ontem, talvez sobre acontecimentos da semana
passada ou, possivelmente, sobre eventos quase esquecidos de
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Aleixo e Regina, no Rio, 2013. |
tempos pretéritos. Tudo ocorre dentro de um perfeito sincronismo tempo/aprendizado, pois, se
alguém não está conseguindo caminhar convenientemente agora, é porque lhe falta
algo a fazer, ou mesmo, coisas a aprender. No universo, tudo obedece a um ritmo
natural; as raízes de nossa evolução corporal/espiritual estão arraigadas nas
íntimas relações com a natureza. Em nível mais profundo, somos parte da natureza.
Vivenciamos conscientemente, em todos os instantes, os ciclos da natureza com
nossas emoções e sentimentos. Experimentamos desânimo e
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Aleixo com pardal na sala da Fábia. |
abatimento no
transcurso de um longo período de estiagem; porém, quando a chuva cai, a nossa
sensação é de alegria e prazer; ou, durante as tempestades, nossas impressões
oscilam desde a apreensão até o medo. Sentimos a alma leve e feliz com o
surgimento do sol, nos dias calmos e iluminados. Há um tempo para tudo. Em
verdade, os ritmos que nos governam são inerentes à vida. Nós identificamos
nossos ritmos internos por meio das sensações da dor e do prazer que
experimentamos, a fim de avaliarmos o nível de acerto de nossos atos e
decisões.
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Quadro pintado por meu neto Fred. |
Dia e noite, primavera e inverno, amanhecer e entardecer são fases da
natureza, atuando diretamente nos ritmos de nossas ocupações e procedimentos do
cotidiano. Em verdade, a nossa identificação com a vida se plenifica, quando
harmonizarmos nossos ritmos internos com os ritmos externos da natureza. Há
pessoas que, diante das adversidades, crescem e aproveitam para se transformar
em pessoas melhores. E há outras que simplesmente se deixam destruir. O que
determina a diferença entre esses dois tipos de pessoas sempre me intrigou, mas
sei que tudo está certo, mesmo que ainda não possa compreender.
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Níver do Otávio, na Shamballa, 2012 |
Todos somos usinas de energia
vital, essa força que vira trabalho, que se transforma em ação, que provoca
mudança. O mérito está em mobilizar essa energia, pois diante das dificuldades,
podemos ficar paralisados, pasmos com a injustiça de a vida não ser exatamente
como a gente queria que fosse. E
corremos o risco de nos acomodar na esperança de que a solução venha de fora. É
que a força interior existe, mas é virtual. Não pode ser percebida a não ser
quando é solicitada de verdade. E isso pode acontecer por dois motivos: por
exigência do destino ou por ingerência da vontade. Ou por ambos. "Ferramenta
tens, não procures em vão", disse Fernando Pessoa em um de seus belos
poemas que nos colocam em contato com a nossa essência. "Tenha o coração
sensível e use a força da mente", termina seu verso. Sim, temos a
ferramenta em nós, só precisamos usá-la!
Linda reflexão, Regina.
ResponderExcluirObrigada, amiga! Saudade de vocês!
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