segunda-feira, 20 de maio de 2013

MUDANÇA DE VALORES


Alda e Gil Barreto Ribeiro, Lei e Regi.
Quando falamos de degradação de valores éticos é muito comum associarmos essa ideia às mudanças de comportamento ocorridas nos últimos anos, quase todas relacionadas com a sexualidade e com determinados contratos sociais. 
Em todas as épocas tem-se registrado a preocupação com a crise de valores. Já tive a chance de ler textos de cem anos atrás que poderiam ser contemporâneos em relação ao questionar da adulteração de valores éticos. 
Lembrança de batismo dos netos católicos
Atualmente, a maior percepção desta crise se exprime em aspectos como: o aumento do consumo de drogas, o aumento da criminalidade, da delinquência juvenil, na degradação nos modelos e nas relações familiares, entre outros.
Há também uma maior percepção de que a mídia contribui para a disseminação de cenas de violência cada vez mais cruel e gratuita e na atribuição ao impulso sexual de um papel obviamente exagerado na vida dos indivíduos e das sociedades.
Juju e Teteu antes do banho em BSB.
O pior é que a mídia inculca nas pessoas uma leitura deficiente e incompleta da liberdade. Pois o exercício da liberdade deve ser a expressão do respeito de cada pessoa em relação a si mesma e em relação ao seu semelhante. 
Temos uma grande dificuldade em falar dos valores porque se instalou entre nós a ideia de que numa democracia não deve haver valores impessoais ou supra pessoais. Cada um escolhe os seus valores a exemplo dos seus gostos. E, obviamente, todos nós aprendemos que os gostos não se discutem. Assim, proferir juízos sobre os valores dos outros pode ser visto como uma manifestação de autoritarismo que tem de ser condenada. 
Neta do Aleixo com sua filha Isabel Nuss.
O atual processo de globalização, impulsionado pelas novas tecnologias de comunicação e informação, está interligando o mundo, estruturando a construção de uma sociedade plural. Essa comunicação global alterou a nossa percepção de tempo/espaço, mudando a nossa relação com o outro ao ampliar extraordinariamente nossas possibilidades de contato com modos diferentes de vidas. Portanto, atualmente, tudo é relativo e subjetivo e depende das circunstâncias e dos interesses em jogo. Os valores que tradicionalmente eram dados como imutáveis foram abandonados. 
Minha Nora Luciana Nogueira
Freud tentou demonstrar que os valores morais fazem parte de um mecanismo mental repressivo formado pela interiorização de regras impostas pelos pais e que traduzem normas e valores que fazem parte da consciência coletiva. Mas, outros autores afirmam não existir qualquer crise de valores, o que se passa atualmente é que a sociedade se tornou menos rígida e monolítica, sendo agora mais aberta e sensível às diferenças individuais. Isto pode às vezes, assumir formas próximas ao indiferentismo. 
Talvez não haja crise de valores, mas simplesmente uma atitude nova perante a vida. Antigamente o ritmo do dia a dia era diferente. Agora qualquer tipo de violência tem uma amplitude nacional e até mundial.
Sobrinha Pollyanna com Lucas e Sofia.
Embora as tendências mais retrógradas pretendam nos fazer crer que a nossa conduta deva ser regida por contratos imutáveis e eternos, como os dogmas religiosos, a história nos mostra o contrário e justamente revela a transitoriedade dos contratos sociais. 
Se nós estamos de acordo que a felicidade é o fim último de toda conduta humana, devemos entender que os contratos sociais estejam a serviço da vida e não o contrário. 
Aurora faz dois anos dia 26.
São com essas contradições que temos que lidar no nosso cotidiano.  E é a escola, além da família e das igrejas, o espaço privilegiado para buscar a construção de uma nova qualidade de relações entre os homens. 
Por esta razão, é necessário e urgente estabelecer novos consensos em torno de valores que nos sirvam de guia para o nosso relacionamento interpessoal e coletivo.

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