LUCIANA E O CA DE MAMA

Luciana, após 14ª quimio!

Creio que não há nenhum estudo científico que comprove a relação entre fé e cura, mas, na prática, nem mesmo os médicos, geralmente considerados céticos, negam o peso que a fé e a força de vontade têm no tratamento de pacientes que mantêm a estima elevada e acreditam na cura.

Os médicos dizem que ter fé numa guerra dura ajuda a lidar melhor com quaisquer doenças que ameaçam a vida. O paciente que tem fé maneja melhor os efeitos colaterais. 

Luciana, menina, 1979.

Luciana tem sido chamada de guerreira, ou seja, uma mulher com alto grau de determinação e coragem.  Ela acabou se tornando um exemplo para aqueles que enfrentam o mesmo tipo de situação. Católica praticante, detentora de fé inabalável, Lu atribui grande parte de sua recuperação a Deus, apesar de ter contado com valioso cuidado médico, apoio carinhoso de familiares, amigos, colegas do magistério e alunos.

A espiritualidade tem um aspecto altamente positivo. Se não

Enlace de Luciana e Otávio, 1997.

curar a pessoa, certamente vai melhorar a sua qualidade de vida. E viver de modo positivo é muito melhor. Apesar de reconhecerem efeitos benéficos da fé e da estima elevada, os médicos chamam atenção para a manutenção do tratamento médico. A crença é considerada um complemento, não uma solução isolada.

Não se recomenda largar o tratamento, mas acrescentar coisas alternativas a ele.  Em muitos casos, a cura não

Luciana e seus alunos "cucudos".

depende só da fé, depende também de ter um bom profissional para o diagnóstico e tratamento, no entanto, a fé é extremamente importante para aumentar a aderência ao tratamento.

Lu tem convivido com muitos doentes e percebeu que o possível doente terminal se desespera ou paralisa. No seu caso foi o contrário. O fato de ela descobrir a doença turbinou seu amadurecimento. Ela diz que se a gente realmente acreditar que vai ficar bem, tem grandes chances de cura! E concordo com ela! 

Lu, Juju, Otávio e Matheus, 2013.

Luciana jamais duvidou de sua cura! Em vez de ficar chorando, lamentando-se e querendo que as pessoas tivessem pena dela, Lu optou por ir à luta com fé e determinação.

Sabemos que buscar forças para enfrentar e superar uma doença é um comportamento comum. Diante de quadros crônicos ou terminais, pacientes que nunca tiveram uma crença recorrem às religiões em busca de conforto e apoio. Mas a Lu já detinha essa fé!

O pensamento do dramaturgo alemão Wolfgang Von Goethe sobre imortalidade comprova o comportamento humano frente às doenças. Ele afirma que "a esperança de imortalidade não vem da religião, mas quase todas as religiões vêm desta esperança".

Luciana e Regina em BSB.

Sentimentos de angústia, de desesperança e de desânimo que frequentemente atingem pessoas doentes diminuem e podem até desaparecer quando há fé.

E, nem todos os pacientes seguem o caminho da religião. Alguns apenas se mantêm positivos e se enchem de esperança na luta contra a doença mantendo uma atitude de alto astral.

Este comportamento provoca reações positivas no organismo porque ajuda o sistema imunológico a se defender, pois no núcleo de todas as religiões está embutida a energia positiva.

Com o astral elevado e a mente positiva, o paciente não entra em depressão. Eleva a endorfina, responsável pela sensação de

Lu, após segunda sessão de quimio.

bem-estar, e a serotonina, que evita a depressão. Estando bem, o organismo funciona em harmonia, melhorando o curso do tratamento!

Durante a última consulta com sua junta médica, Luciana foi parabenizada por sua postura e convidada a proferir palestras para pacientes em tratamento. Ela já aceitou a tarefa com alegria e não tenho dúvida de que vai ajudar muita gente!