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Regina, Londres, 15.09.2010. |
Muita gente ainda não se deu conta das mudanças geradas
pelas redes de comunicação. Mas elas serão mais perceptíveis e perturbadoras no
futuro. A compreensão sobre a condição humana, a vida social e política tendem a
mudar, mas ainda não se sabe bem de que maneira. Já se tem noção do grande
impacto da web, mas isso vai se acelerar... Aliás, com a mesma tecnologia que
colocou o mundo de cabeça para baixo, pode-se também construir um mundo novo!
Hoje alguém me confidenciou o desejo de correr mundo e
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Bel, Lu, Otávio e Aleixo, jan. 2012. |
lembrei-me da necessidade que eu sentia de mudar de espaço quando bem
jovenzinha. A inquietação de querer mudar não tirou mais o meu sossego porque me casei cedo e a educação dos filhos foi a minha prioridade...
Todavia, desde a adolescência tive
paixão pelas viagens... Sei que o desejo de viajar é nitidamente uma
necessidade de mudança, não necessariamente geográfica. É que sempre senti uma necessidade de correr mundo, visitar
outras
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Eu, Aleixo e seus primos, Italva, 2012. |
culturas. Costumava dizer ao final das viagens que tinha vontade de
continuar a aventura em vez de voltar para casa. Isso mudou um pouco com os
janeiros, pois antes eu desejava apenas continuar, deixar-me levar pela brisa...
Claro que muitas vezes os desejos
se confundem com as influências do meio. Há meio século a comunicação era bem
diferente, tudo era muito mais romântico, mais desconhecido... A globalização
atual aproximou tudo!
Sei que o contexto influencia as nossas
decisões,
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Aleixo e Regina, Posto Seis, Rio, 2014. |
sobretudo, na juventude. Naquela
época, com frequência, eu me sentia perdida no labirinto da vida. Então, optava
pelo racional. Fechava os olhos, respirava e me obrigava a pensar o que
realmente desejava em curto, médio e longo prazo. Daí, eu optava pela calma,
refletindo a cada novo passo. A evolução é dolorosa e exige muita sabedoria.
Mas ela nos transforma em uma pessoa melhor! E é prazeroso saber mais sobre as
questões e as conexões que existem entre o real e o imaginário...
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Arthur, Lei, Juju e Teteu, Natal, 2012. |
Lembro-me de que sempre gostei de
recomeçar... Certo filósofo disse que “para sair do fundo do poço, a primeira
atitude é parar de cavar”. E o início de um novo ciclo é uma ótima oportunidade
para começar a varrer tudo o que não faz mais diferença em nossa vida e criar
novas oportunidades de ser feliz. Lembrando os versos do poeta Victor Hugo: “desejo
primeiro que você ame. E que, amando, também seja amado. E que, se não for,
seja breve em esquecer. E que, esquecendo, não guarde mágoa”.
Em tempo de fim de Copa no
Brasil, nosso país disputa, neste sábado, a terceira colocação com a Holanda.
Todavia, o jogo final de amanhã, entre Alemanha e Argentina, atrai mais
torcedores!
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