sábado, 12 de julho de 2014

MUDANÇA DE PARADIGMAS




Regina, Londres, 15.09.2010.
Muita gente ainda não se deu conta das mudanças geradas pelas redes de comunicação. Mas elas serão mais perceptíveis e perturbadoras no futuro. A compreensão sobre a condição humana, a vida social e política tendem a mudar, mas ainda não se sabe bem de que maneira. Já se tem noção do grande impacto da web, mas isso vai se acelerar... Aliás, com a mesma tecnologia que colocou o mundo de cabeça para baixo, pode-se também construir um mundo novo!

Hoje alguém me confidenciou o desejo de correr mundo e
Bel, Lu, Otávio e Aleixo, jan. 2012.
lembrei-me da necessidade que eu sentia de mudar de espaço quando bem jovenzinha. A inquietação de querer mudar não tirou mais o meu sossego porque  me casei cedo e  a educação dos filhos foi a minha prioridade...

Todavia, desde a adolescência tive paixão pelas viagens... Sei que o desejo de viajar é nitidamente uma necessidade de mudança, não necessariamente geográfica. É que sempre senti uma necessidade de correr mundo, visitar outras
Eu, Aleixo e seus primos, Italva, 2012.
culturas. Costumava dizer ao final das viagens que tinha vontade de continuar a aventura em vez de voltar para casa. Isso mudou um pouco com os janeiros, pois antes eu desejava apenas continuar, deixar-me levar pela brisa...

Claro que muitas vezes os desejos se confundem com as influências do meio. Há meio século a comunicação era bem diferente, tudo era muito mais romântico, mais desconhecido... A globalização atual aproximou tudo!

Sei que o contexto influencia as nossas decisões,
Aleixo e Regina, Posto Seis, Rio, 2014.
sobretudo, na juventude.  Naquela época, com frequência, eu me sentia perdida no labirinto da vida. Então, optava pelo racional. Fechava os olhos, respirava e me obrigava a pensar o que realmente desejava em curto, médio e longo prazo. Daí, eu optava pela calma, refletindo a cada novo passo. A evolução é dolorosa e exige muita sabedoria. Mas ela nos transforma em uma pessoa melhor! E é prazeroso saber mais sobre as questões e as conexões que existem entre o real e o imaginário...

Arthur, Lei, Juju e Teteu, Natal, 2012.
Lembro-me de que sempre gostei de recomeçar... Certo filósofo disse que “para sair do fundo do poço, a primeira atitude é parar de cavar”. E o início de um novo ciclo é uma ótima oportunidade para começar a varrer tudo o que não faz mais diferença em nossa vida e criar novas oportunidades de ser feliz. Lembrando os versos do poeta Victor Hugo: “desejo primeiro que você ame. E que, amando, também seja amado. E que, se não for, seja breve em esquecer. E que, esquecendo, não guarde mágoa”.

Em tempo de fim de Copa no Brasil, nosso país disputa, neste sábado, a terceira colocação com a Holanda. Todavia, o jogo final de amanhã, entre  Alemanha e Argentina, atrai mais torcedores!

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