Regina, 2013. |
Com o acúmulo dos janeiros, a gente
se lembra dos bons tempos e às vezes tem aquela vontade indescritível de
reviver tudo outra vez... De provar novamente o doce sabor das aventuras,
quando a gente era muito maior que os próprios sonhos! Sentimos aquela
vontade de relembrar as cenas mais relevantes, guardar as mais emocionantes numa
caixinha de recordações para revê-las toda vez que a saudade bater.
Pessoalmente, criei esse espaço no blog e vou armazenando as memórias mais gratas.
Otávio e Fábia, 1974. |
A gente se lembra do primeiro
olhar no filho recém-nascido, dos primeiros passos, dos sorrisos... Da chegada
da filha... De suas primeiras palavras. Eu quis ser mãe e era extremamente
prazeroso cuidar de meus filhos! Enfim, lembrar-se de tudo aquilo que a gente
espera nunca esquecer.
A gente lembra ainda do primeiro
abraço nos nossos avós e do primeiro carinho nos nossos netos. Sente vontade de
voltar no tempo e reencontrar aquelas pessoas que foram tão importantes, mas
que nos precederam na mudança de plano... Estar junto a outras que ainda fazem
os nossos dias muito mais especiais...
Matheus, 2013. |
Se a gente pudesse voltar no
tempo e reviver toda a nossa vida desenhada nas folhas de um livro, além de leitores,
seríamos os personagens principais das tramas que nós mesmos escrevemos ao longo
da nossa história. Mas eu sempre posso acessar o blog e reviver nas postagens
alguns sentimentos indizíveis...
Lu me ligou anteontem preocupada
com alguns exames. Os resultados ainda não são os que ela desejaria. Sua médica
solicitou novo exame e mais uma vez foi aquela dificuldade para o plano de
saúde autorizá-lo. Otávio acionava o advogado ao telefone e ela teve vontade de
chorar. Feriado prolongado e as crianças em casa. Procurou local distante dos
quartos em que os filhos brincavam. Juju tem apenas quatro anos!
Juliana e Matheus, na rede aqui. |
Porém, meu neto Matheus, de nove
anos, ouviu tudo, deixou a montagem do Lego e a procurou com seu cofrinho nas
mãos, perguntando se o exame era muito caro. Ela respondeu afirmativamente, mas
o tranquilizou, dizendo que seu pai resolveria logo a questão. Então, Matheus
lhe estendeu o cofrinho dizendo que ela podia usar o dinheiro todo e nem
precisava pagar-lhe depois... Ela apenas o abraçou comovida...
Matheus e Juju, na Shamballa |
Matheus recebe uma mesada
simbólica de dez reais ao mês. Meu neto junta o dinheiro para comprar algo
meses depois. Às vezes, Lu fica se dinheiro para o pão e lhe pede emprestado,
mas nunca deixou de devolver-lhe o pequeno empréstimo.
Mesmo nas situações mais
dramáticas da vida, fatos como esse nos emocionam e dão significado à nossa
vida!
Nenhum comentário:
Postar um comentário