Aleixo e Regina, no bondinho, do Rio. |
Aleixo e eu gostamos de ouvir os
diferentes sons da natureza e achamos prazeroso observar as flores e os frutos
silvestres. Quando nos sentimos tristes, procuramos sair para uma caminhada nos
arredores do sítio. Esse exercício ao ar livre tem efeito salutar em nosso
emocional. Os netos vão chegando e nos perguntando se a gente pode sair para
caminhar com os três labradores, porque estar em ambiente natural nos harmoniza
e alegra a todos.
A gente ama perceber os animais
silvestres vivendo no ambiente natural. Aqui isto acontece sempre. Os macacos
nas árvores, as visitas de lagartos, ouriços, gambás, a presença de inúmeros
pássaros no bosque. Eu gosto muito de jardinagem e essa atividade funciona como
terapia lúdica na minha vida. Tenho dificuldade de observar os animais feridos
e me sinto triste a cada vez que os encontramos atropelados no caminho diário
ou durante as longas viagens de carro.
Aleixo com teiú, na Shamballa. |
Quando vamos a praias desertas,
acho extremamente divertido catar rochas e conchas. Já trouxe pedras da França
e do Peru, entre tantos outros locais.
Regina com orquídeas no sítio. |
Tocar as plantas me energiza e às vezes
me comunico mentalmente com elas ou com os animais. Aleixo cuida mais dos
cachorros que eu, mas eles me acompanham o dia todo esperando agrados
palatáveis com que os agracio. Acredito realmente que as pessoas não podem
sobreviver sem plantas e animais.
Sinto que os seres humanos fazem
parte do mundo natural e buscamos viver a nossa simplicidade voluntária da
melhor forma possível. Também procuramos fazer a nossa parte na conscientização
ecológica. Há poucos dias um vizinho parou o carro para parabenizar o Aleixo
que resolveu catar o lixo atirado fora da
lixeira para dar bom exemplo aos
desatentos. No Arpoador, também recolhemos pequenos detritos da praia. Sabemos que
esta prática pode ajudar o ambiente natural! Ficar ao ar livre nos faz felizes
e somos gratos por desfrutar do bosque da Shamballa. Temos consciência de que
fazemos muito pouco ainda, mas essas ações podem contribuir positivamente para melhorar
o mundo natural. E deixaremos bom exemplo para nossa descendência...
Plantas no nosso mundo natural. |
Creio que o segredo da vida é
vivenciá-la em sua plenitude.
Regina, Maluba e Divina. |
Vivenciá-la em um domingo de sol ou de chuva, de
tranquilidade ou festa julina em
família. Uma saída com os afins, uma leitura agradável ou uma postagem no blog.
Uma tarde de muitos afazeres ou de um cochilo gostoso depois do almoço. Devemos
repartir o que há de bom e subtrair os espaços que nos afastam da harmonia
interior. Lembrar que cada momento é parecido com o que já passou, mas é único
pelo fato de apresentar outra chance de fazer o que a gente mais gosta, de
curtir novos aprendizados. Já aprendi que os maiores doutorados são na vida! O
segredo dos dias é entender que não importa o minuto que passou, mas o instante
que ainda virá...
Ana Helena Nuss, neta do Lei. |
Ontem, assistimos ao canto de
pássaros nos galhos das árvores da Shamballa. Eles voavam traçando linhas
imaginárias de um galho ao outro, depois foram pousando um ao lado do outro e
levantando o bico enquanto entoavam o canto feliz com a abundância das
frutinhas nas árvores. O sol pintava o verde de luz dourada contra o fundo azul
do céu... Depois saímos para a caminhada vespertina. Comemos amoras pelo
caminho e cumprimentamos a corujinha que hoje posava altaneira no poste da
cerca. Ela emitiu um som e nos encarou firmemente com seu olhar verde e arguto.
Nosso vizinho Laumir e seu filho Renato
plantavam mudas de ipê amarelo à frente de sua casa e os saudamos na ida e na
volta, à noitinha.
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