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Aleixo e Regina, Rio, 31.12.2013. |
Hoje é Dia de Reis e o
encerramento oficial das festividades de fim de ano. Chegamos ao Rio para a
passagem do ano. E tenho refletido sobre esse costume ancestral de comemorarmos
as mudanças de ciclo. Sei que diversas civilizações e culturas que possuem
calendários anuais comemoram a passagem de um ano para outro. Até Drummond
exalta o fato de alguém ter dividido o tempo em fatias... É quando acontece este
evento em que se celebra o fim de um ano em proveito do próximo, inaugurando um
novo ciclo. Como estudante rosacruz, sei que para os antigos egípcios não foi
diferente. Há mais de cinco mil
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Fogos em Copacabana |
anos, eles já festejavam, a seu modo, o Ano Novo.
A crença no deus Rá - divindade
solar - orientava a vida dos antigos habitantes da terra dos faraós e, embora a
jornada diária desta divindade representasse a sucessão dos dias e das noites,
a contagem do tempo estava definida pelos ciclos anuais do Rio Nilo.
O conhecimento da natureza
levou-os a formularem um calendário anual de três estações: quando o rio
começava dar os primeiros indícios das inundações, inaugurava-se a estação
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Imagem da Cidade Maravilhosa |
chamada akhet. Terminada esta fase, as águas retrocediam e as terras
reapareciam, ocorrendo a semeadura conhecida como peret. Por fim, na estação
shemu ocorriam as colheitas, logo após as espigas amarelarem. Deste modo, o ano
era medido pelo tempo necessário da duração total de uma colheita.
Contudo, por mais regular que
fosse o evento anual da inundação do Nilo, era difícil os egípcios marcarem com
exatidão, sempre na mesma data, o fim de uma e o início de outra estação. Para
isso, os criadores dos calendários na
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No Cristo Redentor. |
antiguidade se guiavam pela observação
astronômica. A estrela Sirius anunciava o início de um novo ano, aparecendo no
leste alguns instantes antes de o sol nascer. Como o aparecimento desse astro
coincidia com o início das inundações do Rio Nilo, foi associada às lágrimas da
deusa Isis que no mito religioso egípcio chorava pela morte de seu marido
Osiris.
A presença da estrela Sirius,
juntamente com os sinais das cheias do Nilo eram símbolos que marcavam o
primeiro dia
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Três Reis Magos |
do Novo Ano, e deveria ser comemorado, pois ali se iniciava o
período de uma nova colheita. Além disso, devido à relação da estrela com a
deusa Isis, essas comemorações também eram dedicadas à divindade.
Nesta festividade, todos os
egípcios deveriam levar oferendas para agradar os diversos deuses. Em especial,
esta era uma missão dos sacerdotes, que arrecadavam provisões e presentes para
dedicar nos templos. Além das comemorações à deusa Isis, também celebravam o
deus Rá, pois após o desaparecimento da estrela Sirius, era o sol que anunciava
o primeiro dia do Ano Novo para os antigos egípcios. De acordo com as
inscrições antigas que trazem a mensagem de Ano Novo pode ser lido: Ra upet
nefer renepet. k, isto é, É Rá que abre este belo dia de ano Novo pra ti.
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Curtindo praia no Dia de Reis |
Em nosso país, predominantemente
cristão, as festas de fim de ano iniciam no Natal e vão até seis de janeiro, Dia
de Reis. Esse é um festejo de origem portuguesa, ligado às comemorações do
culto católico do Natal, trazido para o Brasil ainda nos primórdios da formação
da identidade cultural brasileira, mas que ainda se mantém vivo nas
manifestações folclóricas de muitas regiões do país. O evento apresenta um caráter profano religioso,
fazendo parte do ciclo natalino, quando se realizam as comemorações do
nascimento de Jesus com várias festividades ou festejos populares como:
Congados, Folia de Reis, Império do Divino,
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Aleixo e Regina, no Arpoador |
Reinado do Rosário e as Pastorinhas.
Na tradição católica, a passagem bíblica em que Jesus foi visitado pelos reis
magos, converteu-se na tradicional visitação feita pelos três Reis Magos,
denominados Melchior, Baltasar e Gaspar, os quais passaram a ser referenciados
como santos a partir do século VIII. Todavia, sobretudo nas metrópoles, o
sentido destas festividades religiosas vem sendo distorcido e bastante
explorado comercialmente...
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