quinta-feira, 29 de novembro de 2012

CALÇADÃO DE COPACABANA



Aleixo e Regina, na pedra do Arpoador. 
Adoro caminhar pelo calçadão das praias de Copacabana e Ipanema. É que estamos na divisa dos dois bairros! O calçadão de Copacabana é um dos símbolos do Rio de Janeiro, tanto é que faz parte do layout do Diário do Rio de Janeiro. 
Mas há algo que a maioria não sabe sobre ele, é que na verdade o traçado do Calçadão é baseado no da Praça do Rocio em Lisboa, representando o encontro das águas doces do Tejo com o Oceano Atlântico. E na praça há uma estátua de D. Pedro I.
Aleixo e Regina, no Calçadão de Copa.
O calçadão de Copa tem aproximadamente 4,15 Km e percorre as praias do Leme e de Copacabana. Ele foi construído pelo Prefeito Pereira Passos, em 1906, com pedras calcita branca e basalto negro, importadas de Portugal.
Também veio de lá um grupo de calceteiros, profissional responsável até hoje pela manutenção das calçadas com pedras portuguesas. Essas pedras também foram utilizadas para calçar a Avenida Rio Branco. Mas logo depois de sua importação foram descobertas jazidas dessas pedras por todo o Brasil.
Imagem do Calçadão de Copacabana.
O estilo curvilíneo do calçadão atual só foi delineado a partir de 1970 com o aumento da faixa de areia e o alargamento das pistas da orla, com o trabalho de Burle Marx. Ele manteve o desenho original, mas aumentou suas curvas.
Copacabana é um bairro nobre situado na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. É um dos bairros mais famosos do Brasil e conhecido no mundo todo. Tem o apelido de Princesinha do Mar! Faz divisa com os bairros da Lagoa, Ipanema, Leme e Botafogo.
Passeando de quadriciclo em Copa.
Copacabana atrai um grande contingente de turistas para seus mais de oitenta hotéis que ficam cheios, sobretudo, durante as épocas do ano-novo e do carnaval. No fim de ano, a tradicional queima de fogos na Praia de Copacabana atrai uma multidão de pessoas. A orla ainda é lugar de variados eventos, como shows nacionais e internacionais, ao longo do ano.
Aleixo e Regina, em Ipanema.
Há várias hipóteses etimológicas para o nome Copacabana. Dizem que, na Bolívia, Copacabana é o nome dado a uma cidade situada às margens do Lago Titicaca, fundada sobre um antigo local de culto inca. Existem relatos de que, nesse local, antes da chegada dos colonizadores espanhóis, ocorria o culto a uma divindade chamada Kopakawana, que protegeria o casamento e a fertilidade das mulheres.
Aleixo e Regina, 2012.
Segundo a lenda, após a chegada dos espanhóis à região, Nossa Senhora teria aparecido no local para um jovem pescador, que teria esculpido uma imagem da santa conhecida como Nossa Senhora de Copacabana: a Virgem vestida de dourado pousada sobre uma meia-lua. 
No século XVII, comerciantes bolivianos e peruanos de prata, chamados na época de peruleiros trouxeram uma réplica dessa imagem para a praia do Rio de Janeiro, então chamada de Sacopenapã, nome tupi que significa caminho de socós
Sobre um rochedo dessa praia, construíram uma capela em homenagem à santa. Essa capela, com o tempo, passou a designar a praia e o bairro. Tal capela veio a ser demolida em 1914, para ser erigido, em seu lugar, o atual Forte de Copacabana.
Forte do Copacabana, atualmente.
Por ficar numa área de difícil acesso, até o final do século XIX somente existiam na localidade o Forte Reduto do Leme, a pequena Igreja de Nossa Senhora de Copacabana e algumas chácaras e sítios.
Soube que o doutor Figueiredo Magalhães, médico de renome e residente no bairro, naquela época, o recomendava a pessoas convalescentes, para repouso e, assim, cresceu o número de seus habitantes. Entretanto, somente com a inauguração de um túnel entre Copacabana e Botafogo, o bairro começou a se integrar ao resto da cidade. 
Interior do Forte de Copacabana.
Com a ampliação das linhas de bonde até o Forte do Leme e à Igreja de Nossa Senhora de Copacabana, atual Forte de Copacabana, o bairro foi ganhando ruas e casas, fator acentuado ainda mais com a inauguração da Avenida Atlântica, em 1906, na orla do bairro.
Em 1923, foi inaugurado, na Avenida Atlântica, o Hotel Copacabana Palace, que se tornou um dos símbolos do bairro e da cidade.
Aleixo e Regina,  no Posto Sete.
Na década de 1970, foi realizado um grande aterro hidráulico que ampliou a área de areia da praia e cujos objetivos principais eram: o alargamento das pistas da Avenida Atlântica, a passagem do interceptor oceânico — tubulação que transporta todo o esgoto da Zona Sul até o emissário de Ipanema — e evitar que as ressacas chegassem à Avenida Nossa Senhora de Copacabana e às garagens dos prédios da Avenida Atlântica. 
Familiares na Shamballa goiana.
Esse alargamento da praia foi de cerca de setenta metros de largura ao longo de toda sua extensão de quatro quilômetros. Os estudos em modelos físicos hidráulicos dessa ampliação foram realizados no Laboratório Nacional de Engenharia Civil, em Lisboa. Posteriormente, foram construídos, na orla, uma ciclovia e alguns quiosques para atendimento ao público. 

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