sábado, 24 de novembro de 2012

TERCEIRA IDADE



Regina e Aleixo, em Saquarema.
Ao ingressar na terceira idade brasileira, passei a desfrutar dos privilégios reservados aos idosos em filas de aeroportos e bancos e me alegrei imaginando que a melhor idade poderia ter algumas vantagens. Mas não é bem assim. Uma fila com três idosos num balcão de aeroporto pode levar mais tempo do que uma com doze não idosos ao lado, porque os velhinhos são lentos e adoram conversar com os atendentes. 
No banco, é pior ainda, com senhas esquecidas e extratos extraviados! Nesse caso, os idosos mais capazes escolhem a fila comum, assim como os mais bobos e vaidosos também, para não passarem atestado de antiguidade. 
Aleixo e Regina, no sítio, em GO.
É claro que envelhecer não é sempre agradável, mas já foi muito pior há bem pouco tempo, quando a expectativa de vida era de 50 anos e não havia antibióticos entre outros recursos e facilidades. O chato é que, quanto maior a experiência, o aprendizado com os erros, as vivências e informações acumuladas, menor o tempo para usá-las com qualidade de vida.
Uma das consequências do progresso científico e da prosperidade econômica foi o aumento espantoso da expectativa de vida no Brasil. Viver mais é uma ótima notícia, todavia, se for para viver mal, sem saúde, segurança e conforto, é péssima. 
Minha filha Fábia, nos EUA.
Mas como pagar aposentadorias dignas a milhões de trabalhadores sem quebrar a previdência? Como abrigar e cuidar dessas multidões de novos velhos pobres? Nossos governantes ainda não  sabem!
No Brasil tem bolsa para todo mundo. Hoje, até as famílias dos presos recebem a bolsa-bandido, bem maior que o salário mínimo recebido pelo trabalhador e, certamente, muito superior à quantia recebida por grande parte dos idosos brasileiros que trabalharam a vida inteira, sobrevivendo a planos econômicos desastrosos, roubalheiras incomensuráveis e à incompetência dos seus governantes. Assim, muitos presidiários vivem bem melhor do que idosos pobres, presos em casa e em asilos.
Regina, em Londres, 2010.
Eu não abro mão dos meus direitos! O que conquistei foi com muito trabalho, por isso desfruto de tudo com alegria consciente. E identifiquei muitas compensações na terceira idade como a tranquilidade, o menor grau de ansiedade, o fato de ser dona de meu tempo!  
Acredito que os pensamentos positivos têm uma dupla atuação: podem ajudar a própria pessoa que os emite e os pacientes a que se destinam. Assim, cuido bastante do que penso.
Toda criatura deve saber que a alegria dos seus semelhantes mais próximos começa muitas vezes com um sorriso seu, oriundo de um pensamento bom.
Regina, na chácara Shamballa.
O ser que compreende essa verdade pode tornar-se um centro de irradiação de energia, uma fonte de luz e de amor, viver com saúde, alegria e ter condições para ajudar outras pessoas, por meio das vibrações dos seus pensamentos retos! Tento colocar isto em prática...

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