terça-feira, 15 de setembro de 2015

ESCOLHAS E ENCANTOS


Aleixo. Regina, Pedra do Arpoador, 2012.
Gosto muito de viver junto à natureza. Foi uma escolha feita há pouco mais de uma década  e não me arrependi.  Pelo contrário, a cada dia agradeço esta bênção. Sei os riscos que corremos diariamente em relação à segurança, mas confio na proteção divina e cuidamos da parte que nos cabe. Nesta época faz muito calor e retornar à Shamballa após as idas e vindas à calorenta Goiânia nos refresca e anima. Todavia, gosto imensamente da orla marítima. Aliás, costumava dizer que minha cidade natal seria perfeita se fosse à beira-mar... O mar me acalma, refaz a minha
Regina e Aleixo, 2002.
energia. Caminhar pela praia descalça, sentir a areia branca e fina nos meus pés ou aquela brisa suave e perfumada no meu rosto me encanta. Adoro perceber o som das ondas a baterem na praia e nos rochedos mais próximos... Vislumbrar a luz ofuscante do sol a bater nas águas revoltas, desintegrando-se em minúsculos feixes brilhantes. Existe algo de selvagem, de primitivo, no constante rebentar das ondas contra a areia... Mesmo quando o mar está acinzentado, as emoções que ele transmite atraem-me, o seu poder de movimento traz alegria, luz e renovação à minha alma... E à noite, com a lua a elevar-se sobre o mar, vogando entre as estrelas e dando à paisagem
Mari, Otavio, Lei, eu e kids, 2015
um brilho místico, intimista... Tudo isso me faz muito bem! O mar é meu confidente, conselheiro, conspirador... Sou grata pela possibilidade de ter contatos periódicos com o mar e viver junto ao bosque da Shamballa com um córrego ao fundo.

Depois de alguns dias na cidade maravilhosa, percebo que, de certa forma, a Copa do Mundo contribuiu para um redescobrimento da América Latina pelos vizinhos hispanos, e o Brasil, como palco bem-sucedido de um evento mundial sem incidentes graves, acabou ganhando algo de positivo. Para o Rio afluíram multidões de argentinos, chilenos, colombianos,
Enlace Otávio e Mari.
peruanos e uruguaios... Alguns deles decidiram ficar e tentar a sorte por aqui... Percebemos isso passeando pelo calçadão de Copa, por exemplo. É outra oportunidade a ser considerada, mesmo antes das Olimpíadas de 2016. Respeitados os trâmites de imigração, pois um cidadão estrangeiro com visto de turista não pode exercer quaisquer atividades remuneradas, creio que é bom que gringos fiquem aqui e criem raízes. O Rio sempre foi um destino cobiçado internacionalmente e muitos visitantes prolongaram a estada. No pós-Copa, o chamariz da Cidade Maravilhosa, que sempre acolheu muito bem quem veio de fora, está mais vívido do que nunca, sobretudo para os países vizinhos. As grandes metrópoles têm em comum a multiplicidade de nações em convívio. Lembro-me dos casos mais notáveis como Nova York e Londres... Agora, o Rio, protagonista desta década, nada terá a perder se miscigenar-se com o mundo...

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

OS DEZ MANDAMENTOS


Aleixo e Regina, no apê do Rio.
Estamos assistindo diariamente à novela Os Dez Mandamentos e acabei pesquisando a história bíblica.  A novela apresentada pela Record prende a atenção do telespectador e hoje deve ficar mais interessante ainda, pois começarão a apresentar as pragas...
No quinto ano de seu reinado, Ramsés decidiu reconquistar a estratégica cidade hitita à frente de um exército de 20 mil homens, dividido em quatro partes, cada um com um nome de um deus, Amon, Rá, Ptah e Seth. Durante a batalha, o soberano se adiantou na frente de seu exército e levou a divisão de Amon. Ramsés II e seus homens foram surpreendidos pelo exército Hitita comandado pelo rei Mouwattali com 40 mil guerreiros.  Graças à pronta
Aleixo e eu, Pedra do Arpoador, 08.2015.
chegada dos reforços que acompanhavam as forças principais por outra rota, o faraó conseguiu salvar-se, reorganizando as divisões e fazendo os hititas recuarem.   A batalha de Kadesh não teve vencido ou vencedor, e o norte da Síria continuou sob o domínio hitita, com os quais o faraó envolveu-se em novos choques posteriormente. 
O tratado definitivo entre egípcios e hititas só foi concluído no 21° ano do reinado de Ramsés, já no reinado do rei hitita Hattusil III, irmão de Mouwattali que se apoderou do trono expulsando o filho do antigo soberano. Pelo tratado, Ramsés teve que desposar a filha mais velha do astuto usurpador para selar a nova amizade. 
Nora Mari e neto Matheus
Nessa época, o faraó já tinha como esposas a bela Nefertari e sua segunda esposa Istnofret, fora as mulheres do harém. 
Após a batalha o faraó tratou de se promover. Foi elaborado um relato dramático sobre a batalha de Kadesh - exaltando a sua coragem e a intervenção de Amon-Rá para defendê-lo. Tal relato foi amplamente divulgado em templos (aparece três vezes no templo de Luxor), e em várias cópias em papiro (uma das versões foi compilada por um escriba que deu nome a composição: “poema de Pentaur”). 
Para perpetuar essa "propaganda" maciça, Ramsés ordenou que
Juju e Teteu adotaram um gato no fds.
fossem também feitas descrições da batalha nos templos em Abu Simbel (A Montanha Pura).  
Durante a construção dos dois templos em Abu Simbel, o Grande Templo, em homenagem a Ramsés, e o Pequeno Templo para a esposa Nefertari, centenas de operários tiveram que esculpir todo o templo na rocha de uma colina de arenito, um detalhe admirável, porque qualquer erro grave causaria o afundamento de toda a obra. 
Desenhistas ficaram pendurados por andaimes para desenharem na rocha. Depois vieram os escavadores e esculpiram quatro estátuas colossais de Ramsés II. O santuário interno, escavado em uma sólida rocha, prolongando-se por 55 metros de profundidade, era o lugar mais sagrado do Grande Templo. 
Moisés bíblico e as tábuas
Nele, quatro estátuas, a do faraó e as de três deuses, estão sentadas. Duas vezes por ano, graças aos cálculos dos arquitetos, nos solstícios de verão, época da colheita, à medida que o Sol se levanta, seus raios brilham pelas paredes decoradas com as façanhas sangrentas da batalha de Kadesh e iluminam as estátuas divinas. A construção levou 20 anos. 
O faraó construiu também outros templos afastados de qualquer cidade egípcia, mas que cruzavam o caminho dos estrangeiros. Sua intenção era mostrar a grandiosidade do Egito. Os templos ficam perto da margem do Nilo, ou seja, quem subir o Nilo irá ver as estátuas do rei do Egito em seu trono.  O faraó Ramsés criou esses templos e outras obras como uma espécie de propaganda faraônica de seu poder. 
Cada templo possuía o seu sacerdote designado pelo faraó que representava o rei nas cerimônias religiosas cotidianas. Em tese, o faraó
Moisés e a sarça ardente
deveria ser o único celebrante das cerimônias religiosas diárias que se desenrolavam nos diversos templos espalhados por todo o Egito. Na prática, o grão-sacerdote exercia esse papel. Para alcançar essa posição, tornava-se necessário uma longa educação nas artes e nas ciências, tal como o faraó possuía. Leitura, escrita, engenharia, aritmética, geometria, astronomia, medição de espaços, cálculo do tempo pela ascensão e ocaso das estrelas, faziam parte de tal aprendizado. Os sacerdotes de Heliópolis, por exemplo, tornaram-se guardiães dos conhecimentos sagrados e ganharam reputação de sábios. 
Templo de Nefertari - Abu-Simbel
Com o templo de Abu Simbel concluído, o faraó, então, levou sua amada esposa para admirá-los. Ele e Nefertari (sua esposa principal) eram mais que marido e mulher, ela era sua companheira inseparável que o ajudava a governar. 
Mas para desespero do soberano ela morreu pouco depois. Para sua Nefertari construiu um dos mais lindos túmulos do Egito no Vale das Rainhas. E não deixou por menos para seus filhos, construindo um dos maiores túmulos do Egito no Vale dos Reis. Com sua querida esposa morta e com o passar dos pesados anos
Flores na Shamballa
Ramsés mudou complemente seu jeito de governar. Ele parou de acompanhar seu exército em batalhas e a se dedicar em construir obras colossais. Passou o comando aos príncipes Ramsés e Khaemwaset, mas ambos morreram antes do pai, tal como pelo menos dez outros filhos. Nessa ocasião, Merneptah, o filho mais novo de Istnofret, herdou o trono. 
Ramsés morreu com aproximadamente 90 anos e gerou pelo menos 90 filhos. Quando estudaram a múmia de Ramsés, viram grandes problemas com seus dentes. Pode ser que tenha morrido por infecção. Sabe-se que nos seus últimos dias sofreu bastante.
A trama de Os Dez Mandamentos, de Vivian de Oliveira, conta a história de Moisés de um jeito nunca visto. Os Dez Mandamentos é a primeira novela brasileira
Príncipes egícios na novela da Record
baseada numa história bíblica. Com efeitos especiais grandiosos e uma história emocionante, a superprodução da Rede Record reconta uma das mais famosas passagens da Bíblia: a saga de Moisés, desde seu nascimento até a chegada de seu povo à Terra Prometida, passando pela fuga do Egito através do Mar Vermelho e o encontro com Deus no Monte Sinai.
Livre adaptação dos livros Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, a novela cobre mais de cem anos de história e terá 150 capítulos divididos em quatro fases, com dezenas de personagens. Além do conteúdo histórico, a novela Os Dez Mandamentos será repleta de conflitos familiares, intrigas, luta pelo poder, traições, inveja, ódio, paixões proibidas e amores impossíveis, em tramas recheadas de muita emoção.
Nerfertari na novela
A novela começa na cidade de Pi-Ramsés, no Egito, aproximadamente em 1300 a.C, quando o poderoso Faraó Seti, que odeia e despreza o povo hebreu, decreta a morte de todos os bebês hebreus do sexo masculino. Para desespero do povo escravizado, muitos bebês são jogados no rio Nilo. Mas um deles é salvo por sua família, que o coloca num cesto de junco, confiando que Deus o levará para um lugar seguro.
O cesto desce pelo rio Nilo e vai parar nas mãos da princesa Henutmire, que tem compaixão pela criança e a salva do decreto de seu pai, o Faraó Seti.
Cajado vira serpente
Moisés é criado como um príncipe egípcio ao lado de seu tio-irmão, Ramsés, e da bela Nefertari, que despertará o amor dos dois, provocando muitos conflitos. Sabendo de suas origens, mas achando-se abandonado por sua família hebreia, Moisés finalmente descobre a verdade que lhe foi ocultada durante tantos anos e se envolve com o sofrimento de seu povo, caindo em desgraça com o faraó.
Obrigado a fugir, ele vai para a terra de Midiã, onde se casa com a bela e rebelde Zípora. Moisés passa muitos anos trabalhando como pastor de ovelhas. Um belo dia, ao pastorear seu rebanho, Moisés recebe um chamado de Deus, que s
Caminhada Vargem Bonita
e revela a ele e o manda voltar ao Egito para libertar seu povo da escravidão.
Ao retornar ao Egito, Moisés reencontra seus irmãos, Arão e Miriã, sua mãe, Joquebede, seu pai Anrão, e enfrenta aquele que um dia foi como um irmão e que agora se tornará seu pior inimigo: Ramsés. Tendo herdado o trono do Egito, Ramsés fará de tudo para impedir que Moisés cumpra sua missão.
Somente após sua terra ser assolada pelas Dez Pragas e a morte de seu primogênito, Ramsés permite que o povo finalmente saia do Egito. Mesmo assim, acaba voltando atrás e
Ramsés, Nefertari e primogênito
resolve persegui-los através do deserto. Então, Deus, num dos momentos mais grandiosos do Antigo Testamento, abre o Mar Vermelho deixando o povo hebreu passar a pés secos no meio dele, e depois o fecha, matando o exército egípcio que os persegue.
Soube que no deserto, os hebreus passarão por muitas peripécias e desafios, sempre liderados por Moisés, que os guiará ao longo de quarenta anos até chegarem à Terra Prometida. Durante essa jornada, personagens e tramas paralelas se misturarão à história principal, criando uma novela épica sem precedentes, em que o público verá um povo sendo forjado, uma nação sendo preparada e acompanhará a trajetória de fé e coragem de Moisés e seu povo. 

domingo, 26 de julho de 2015

TERESINA E SETE CIDADES


Dunas no Delta do Parnaíba
Voamos de Goiânia a Teresina e pegamos um carro com guia para visitarmos o Parque Nacional Sete Cidades, sítios arqueológicos,  a caminho de Parnaíba, onde estivemos por alguns dias, visitando a cidade, o Delta do Parnaíba e as praias de Luís Correia.
O parque nacional de Sete Cidades é uma unidade de conservação brasileira de proteção integral da natureza localizada na região norte do estado do Piauí. O território do parque está distribuído pelos municípios de Brasileira e de Piracuruca.
Sete Cidades
O parque foi criado em uma área de 6 304 ha através do Decreto Nº 50.744, de 5 de junho de 1961. Sua administração cabe atualmente ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), uma autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, e protegido pelo Decreto 84.017, que aprovou o Regulamento dos Parques Nacionais do Brasil. O parque fica a cerca 18 km de Piracuruca.
O acesso vindo por Teresina deverá ser via BR-343, chegando ao Posto Petecas, em Piripiri-PI, segue-se pela BR-222, sentido Fortaleza, e 10 Km depois, no Km 64, pega-se a entrada para o Parque.
Teresina, PI
Teresina é a capital e o município mais populoso do estado brasileiro do Piauí. Localiza-se no Centro-Norte Piauiense a 366 km do litoral, sendo, portanto, a única capital da Região Nordeste que não se localiza às margens do Oceano Atlântico. Possui uma população  de aproximadamente um milhão de habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2014. Teresina é a 20ª maior cidade do Brasil e a 17ª maior capital de estado, sendo hoje uma das cidades que mais cresce em todos os setores no Brasil.
Teresina à noite
Teresina é a terceira capital com melhor qualidade de vida do Norte-Nordeste segundo o Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal, e, segundo o IPEA, é a quinta capital mais segura do Brasil (perdendo apenas para Natal/RN e Palmas/TO Fortaleza/CE). A cidade tem um IDH alto (Índice de Desenvolvimento Humano), porém, ainda é a oitava colocada entre as capitais do Nordeste, ficando à frente apenas de Maceió.
Teresina também é a terceira cidade onde mais
Sete Cidades
acontecem sequências de descargas elétricas no mundo. Por esta razão, a região recebe a curiosa denominação de Chapada do Corisco. Seu lema é a frase Omnia in Charitate, que significa, em português, Tudo pela caridade. A cidade é a terra natal de Torquato Neto, poeta do Tropicalismo e de Carlos Castelo Branco, colunista político do Jornal do Brasil.
Historicamente, Teresina desenvolveu-se por meio do Rio Parnaíba, por meio da navegação fluvial. 
Teresina é conhecida por Cidade Verde, codinome dado
Sítios arqueológicos
pelo escritor maranhense Coelho Neto, em virtude de ter ruas e avenidas entremeadas de árvores. É uma das mais prósperas cidades brasileiras, destacando-se atualmente no setor de prestação de serviços, comércio intenso, rede de ensino avançada, eventos culturais e esportivos, congressos, indústria têxtil, com uma justiça trabalhista célere e um grande, complexo e moderno centro médico que atrai pacientes de vários estados.
O pessoal de Parnaíba diz que Teresina só foi  escolhida como capital do estado por razões políticas. Todas as outras capitais do nordeste são litorâneas e eles acham que a capital deveria ser Parnaíba
Encontro Rios Poty e Parnaíba
berço da cultura do estado e cidade muita mais antiga...Após quatro dias em Parnaíba, voltamos para Teresina. Aqui visitamos o complexo da Ponte Estaiada, o museu do Piauí, a Casa da Cultura, lojas de artesanato, igrejas, o centro histórico... Depois, a estação ferroviária e o encontro dos Rios Poty e Parnaíba, na divisa do estado com o Maranhão, no bairro Poty Velho, onde começou a cidade de Teresina...Ali também vimos o Polo Cerâmico com peças incríveis... A cidade é muito agradável, mas bastante quente, mesmo nesta época. Logo voaremos de volta à terrinha com a bênção de Deus, mas muito satisfeitos com esta viagem... 

PARNAÍBA - PI


Armazém portuário em Parnaíba PI.
Ainda não havia planejado viajar para o Piauí, terra natal de minha cunhada Ione Araújo. A ideia foi de minha amiga de infância, irmã espiritual, Divina de Paula Cardoso. Mas a escolha não poderia ter sido melhor. Aleixo e eu estamos deslumbrados com a experiência.
Parnaíba tem mais de trezentos anos. Cidade cheia de praças, muito acolhedora e com boa infraestrutura. Foi descoberta pelos ingleses e disputada pelos portugueses. Aqui ainda há muitos imóveis pertencentes à família Clark. O porto fluvial agora está inativo para embarcação de
Guindaste a vapor
maior calado, devido ao assoreamento natural. Para comprovar a influência dos ingleses, citamos a  presença da sucata de um guindaste portuário operado à caldeira próximo da ponte do Rio Igaraçu e próximo ao Centro Histórico da cidade, com armazéns antigos, construídos com pedra bruta, argamassa, ostras e óleo de baleia, marco vivo da fase áurea na economia de Parnaíba.
O espaço cultural Porto das Barcas, parcialmente restaurado, abriga casas comerciais, lojas de artesanatos, restaurantes, auditório, teatro ao ar livre e agência de ecoturismo.
Casa da Família Clark
O Delta do Parnaíba constitui uma raridade das Américas, no Piauí, e encanta  os turistas. Em geografia, designa-se por delta a foz de um rio formada por vários canais ou braços do leito do rio. Esse tipo de foz é comum em rios de planícies, devido à pequena declividade e, consequentemente, pequena capacidade de descarga de água, o que favorece o acúmulo de areia e aluviões na sua foz.
O passeio pode ser feito de lancha ou embarcações que levam até 60 pessoas. Optamos por uma lancha  com
Rio Igaraçu.
capacidade para cinco pessoas. O barqueiro foi o Raimundo Nonato que conversou conosco o tempo todo, explicando cada parte do trajeto.
Durante o  passeio, pudemos apreciar animais silvestres e dunas. Vimos pássaros, aves, jacaré,   iguanas, tartarugas, macacos, caranguejos...Tivemos a oportunidade de tomar banho onde o rio encontra o mar e naquele momento água não estava completamente salgada. A areia fina e clara, tudo muito lindo!
Ficamos encantados com os espelhos d´água, os mangues,
Delta do Parnaíba
as dunas, lagoas,  os diversos animais silvestres, rios e praias com paisagens paradisíacas. Tudo isso com o sol brilhando forte o  tempo todo... Aliás, é esse o cenário que o turista vai encontrar no Delta do Rio Parnaíba, um arquipélago com 2.700 km2  de área, formado por mais de 80 ilhas, localizado no litoral do Piauí.
O delta faz parte do roteiro integrado de turismo Rota das Emoções, formado ainda pelos Lençóis Maranhenses (MA) e Jericoacoara (CE). Uma iniciativa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e Ministério
Fia, Divina e eu, nas dunas.
do Turismo, que desde 2005 uniu lideranças locais, empreendedores e entidades com o objetivo de desenvolver esta região. Em 2009, o destino foi eleito o Melhor Roteiro Turístico do país, pelo Ministério do Turismo.
O passeio pelo arquipélago começa pelo porto dos Tatus, na cidade de Ilha Grande a 9 quilômetros de Parnaíba, segunda maior cidade do estado e capital do Delta, onde todos os dias nesta época do ano lanchas e barcos levam turistas para conhecer o santuário ecológico da região. O passeio pela costa do Delta é um roteiro inesquecível do Nordeste brasileiro, excelente opção para os amantes da vida selvagem.
  Sete Cidades arquiológicas
O menor litoral do País formado pelas cidades de  Luís Correia, Cajueiro da Praia, Ilha Grande e Parnaíba, tem apenas 66 quilômetros de extensão, mas guarda em seu extremo uma riqueza única. Percebemos  uma das mais belas paisagens que a terra possui, trata-se do único delta das Américas em mar aberto. Um dos destinos mais procurados da região, a Ilha das Canárias, segunda maior do Delta do Rio Parnaíba perdendo apenas para ilha Grande. Ali  existe um povoado de pescadores com mais de 2.500 habitantes.
A ilha é área de preservação ambiental, faz parte da reserva extrativista marinha do Delta e sua população é distribuída em quatro povoados: Canárias, Passarinho, Torto e Caiçara. Existem pousadas e restaurantes e é um local ideal para pessoas interessadas em ecoturismo...

quinta-feira, 9 de julho de 2015

ARRUDA


Maluba e eu, 2015.
Gosto do cheiro da arruda. Quando era criança minha mamãe nos levava a uma velhinha benzedeira que nos batia amorosamente com galhinhos de arruda e lembro-me ainda do cheiro que aprendi a amar. Miraculosamente, a gente sarava do quebranto, como dizia minha genitora...
Eu soube que a arruda ficou famosa por atuar contra o mau-olhado e outras vibrações negativas. Não se sabe quando a arruda ficou conhecida como erva protetora. Mas, em culturas antigas, são encontradas referências sobre seus poderes contra as más vibrações e seu uso na magia e
Aleixo, eu e Brasigóis Felício.
religião. Na Grécia antiga, ela era usada para tratar diversas enfermidades, mas seu ponto forte era mesmo contra as forças do mal. As mulheres romanas costumavam andar pelas ruas sempre carregando um ramo de arruda na mão para se defenderem contra doenças contagiosas, mas, também, para afastar todos os males que iam além do corpo físico incluindo possíveis crenças em feitiçarias, mau-olhado, sortilégios, entre outros.
Na Idade Média, época em que se acreditava que as bruxas só poderiam ser destruídas com grandes poderes como o
Sonia, Clélia, mamãe, Junior, eu, 98.
do fogo, os ramos de arruda eram usados como proteção contra as feiticeiras e, ainda, serviam para aspergir água benta nos fiéis em missas solenes.  Aliás, o uso dessa planta nas práticas mágicas do passado é impressionante. William Shakespeare, na obra Hamlet, se refere à arruda como sendo "a erva sagrada dos domingos". Dizem que ela passou a ser chamada assim, porque nos rituais de exorcismo, realizados aos domingos, costumava-se fazer um preparado à base de
Arruda na Shamballa
vinho e arruda que era ingerido pelos "possessos" antes de serem exorcizados pelos padres. Mas prefiro colocar alecrim no vinho que ingerimos no dia a dia!
Esse hábito atravessou séculos e fronteiras, pois dizem que no tempo do Brasil Colonial a arruda podia ser vista com frequência, então, associada aos rituais africanos. Naquela época, o galho de arruda era vendido como amuleto para trazer sorte e proteção. E não eram apenas as escravas que usavam os ramos da planta ocultos nas pregas de seus turbantes... As mulheres brancas
Matheus e Lucas, 2015.
colocavam o galhinho da planta estrategicamente escondido nos seios. Outro fator teria reforçado o valor da arruda naquela época: a infusão feita com a planta era usada como uma espécie de anticoncepcional e abortivo.
No século XVI, encontrou-se a recomendação de um dos primeiros botânicos da história para que monges e religiosos ingerissem a arruda, misturada aos alimentos e às bebidas, a fim de garantir a pureza e castidade. A verdade é que esta planta era realmente muito abundante nos jardins dos mosteiros.
Fábia e eu, 2003, EUA.
Uma substância chamada rutina é a responsável pelas principais propriedades da arruda. Ela é usada para aumentar a resistência dos vasos sanguíneos, evitando rupturas e, por isso é indicada no tratamento contra varizes. Popularmente, seu uso é indicado para restabelecer ou aumentar o fluxo menstrual e, também, para combater vermes. Como uso tópico, o azeite de arruda, obtido com o cozimento da planta, é aplicado para aliviar dores reumáticas. Seu aroma forte e característico, detestado por muita gente, é considerado um ótimo repelente, por isso a arruda é colocada em portas e janelas para espantar insetos.  Foi muito utilizada também em licores digestivos. Quando morei no sertão maranhense, aprendi a queimar arruda, pinga e açúcar em um prato e dar às crianças como xarope.
Juliana com  labradores.
Por incrível que pareça, a arruda também teve muita aplicação na culinária. Dizem que suas sementes e folhas eram usadas para enriquecer saladas e molhos, em virtude das boas doses de vitamina C contidas na planta. Seu uso era considerado uma defesa contra o escorbuto. Além disso, a planta também servia para aromatizar vinhos.

No sul da Europa, as raízes da arruda eram adicionadas a um tipo de bebida chamada grappa, para funcionar como um licor digestivo. Existe uma história muito curiosa - não se sabe se é verdadeira - que relaciona a arruda ao
Arruda florida
Vinagre dos quatro ladrões. Conta-se que no século XVII, a Europa padeceu com uma grande peste que dizimava centenas de pessoas por semana. Ninguém conhecia a causa da doença e muito menos a cura. Grandes cruzes vermelhas eram pintadas nas paredes para marcar as casas de pessoas atacadas pela praga. Alguns ladrões, porém, pareciam completamente imunes: entravam naquelas casas, roubavam os mortos e não adoeciam. Muito tempo depois, descobriram como esses ladrões se protegiam - era com uma espécie de vinagre, preparado com arruda, sálvia, losna, menta, alecrim, lavanda, cânfora, alho, noz-moscada, cravo e canela; tudo bem misturado em um galão de vinagre de vinho...

segunda-feira, 1 de junho de 2015

REENCARNAÇÃO


Regina, no sitio Shamballa, 2014.
Tivemos a formação católica na infância. Todavia, meus pais se tornaram espíritas com a influência de Chico Xavier, na década de 50, e acabamos tendo as duas formações. Eu acredito na reencarnação, apesar de ter sido batizada, crismada, feito a primeira comunhão, casado na igreja católica e lecionado na PUC-Goiás por mais de 27 anos. Minha nora, Luciana, exemplo de católica pata todos que a conheceram, passou pela transição há seis meses e conversando com meus netos, desde então, explico a eles que só o corpo físico morre, mas sua mãe, onde estiver, certamente, estará velando por eles. Muitas universidades internacionais, legítimas referências máximas da ciência, já possuem grupos de pesquisa sobre este importante tema. Seguramente chegará o dia em que a reencarnação
Aleixo e Regina, posto 7, Rio.
também constará daquela lista progressiva de assuntos comuns. Aprendi com meus pais - Didi e José Araújo - a refletir sobre esta questão e desde os sete anos tenho convicção sobre a pluralidade das existências. 
É preciso esclarecer que a preexistência humana não tem sido componente de ilusão de pesquisadores ou religiosos, mas é uma das convicções mais antigas da História. Aliás, sabe-se que um papiro egípcio de 5000 a.C. já a menciona. Outro, mais recente, batizado de “Papiro Anana” (1320 a.C.), expõe: “O homem retorna à vida
Fábia e gato Loki.
várias vezes, mas não se recorda de suas pretéritas existências, exceto algumas vezes em sonho. No fim, todas essas vidas ser-lhe-ão reveladas.” 
Na Grécia clássica, Pitágoras (580 a 496 a.C.), já divulgava a palingenesia ou reencarnação. No diálogo Phedon, Platão cita Sócrates (469 a 399 a.C): “É. certo que há um retorno à vida, que os vivos nascem dos mortos”. Esta mesma certeza consta da maioria das religiões antigas, como o Hinduísmo, Budismo, Druidismo, entre outros.
A reencarnação está assinalada na Bíblia, vejamos:
Lucas, Matheus e Juliana, 2015.
Jeremias (1:4-5): “Foi-me dirigida a palavra do Senhor nestes termos: Antes que eu te formasse no ventre de tua mãe, te conheci; e, antes que tu saísses do seu seio, te santifiquei e te estabeleci profeta entre as nações”. Ou, no Novo Testamento: “Digo-vos, porém, que Elias já veio e não o reconheceram.” (…) “Então os discípulos compreenderam que (Cristo) lhes tinha falado de João Batista”. Até o quinto século o Cristianismo admitia a reencarnação!
A hipótese de que tenhamos uma única vida é
Fred e eu, 2015.
inteiramente incompatível com a admirável perfeição existente em todo o universo conhecido. A insustentável ideia de que “aos homens está ordenado morrer uma só vez, vindo, depois disso o Juízo” nem merece comentários adicionais. A concepção de que, após a morte do corpo físico, nossas individualidades se percam em um enigmático NADA é, certamente, risível, pois o grande jargão científico estabelece que na vida “nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. 
Portanto, se temos tantas evidências a favor da reencarnação, é apenas questão de tempo para que todos aceitem esta tese. Afinal, a situação reflete a simples opinião dos acadêmicos que endeusam a densa matéria e de alguns obscuros e decrépitos teólogos. Todavia, queiram ou não queiram, gostem ou não
Otávio e Mariy, 2015.
gostem os descrentes e ignorantes, daqui a alguns anos, ouviremos a Academia de Ciência declarar esta admirável comprovação como, há dois mil anos, Jesus informou a Nicodemos: “É necessário nascer de novo”. 

terça-feira, 14 de abril de 2015

NEW START EM MONTE VERDE



Aleixo e Regina, La Rocella, Monte Verde.

Monte Verde é um distrito do município de Camanducaia, no estado brasileiro de Minas Gerais. Fica no extremo sudoeste do estado, na Serra da Mantiqueira, a 484 km da capital, Belo Horizonte, a 164 km de São Paulo e a 459 km do Rio de Janeiro.
Viemos participar do PROGRAMA NEWSTART que é administrado pelo INSTITUTO BOM VIVER, uma organização sem fins lucrativos. NEWSTART é um vocabulário criado por um participante do programa vida saudável no INSTITUTO WEIMAR, Califórnia, EUA. Tem o seguinte significado:
N – Nutrition(Nutrição),
No Hotel, Monte Verde, MG.
E – Exercise(Exercício),
W – Water(Água),
S – Sunlight(Luz solar),
T – Temperance(Temperança),
A – Air(Ar puro),
R – Rest(Repouso),
T – Trust in God(Confiança em Deus).
Está destinado para todos que queiram experimentar a cura completa e definitiva de todos os tipos de doenças (Obesidade, Diabetes, Hipertensão Arterial, Câncer, Doenças Autoimunes-Artrite Reumatóide, Lupus, Hiper e Hipotireoidismo, Doença de
Parkinson, Diabetes tipo 1(insulino dependente), Psoríase, Glomerulonefrites, Doença Celíaca, Doença de Crohn, Retocolite ulcerativa, Alergias, Esquizofrenia, Transtorno Bipolar e outras alterações psiquiátricas, Dependências Químicas e outras).
Participantes do Programa New Start
Para que a cura das doenças seja uma realidade, fazemos a escolha sábia, coerente e lógica para a vida, pelo entendimento racional da verdade revelada na bíblia e na ciência, para que o amor do Criador, a energia restauradora, clique os genes alterados restaurando-os. Este fenômeno resulta na CURA DE TODAS AS DOENÇAS.
Os participantes experimentam o novo estilo de vida junto com a bela natureza desfrutando todos os elementos que proporcionam o funcionamento normal de todas as células. Oferecemos a alimentação adequada que as células precisam, portanto podem apreciar à vontade. Os obesos e diabéticos podem comer à vontade das células e experimentar o ajuste do peso e glicemia. Vão praticar o alongamento pela manhã e caminhadas junto com a natureza. Uma mudança marcante no PROGRAMA NEWSTART será dormir cedo. Com o bom sono experimentarão o revigoramento. O melhor de todo será um entendimento claro sobre o Criador que comunica a energia para manter o bom funcionamento de todas as células.
O programa consiste em mudança de paradigma. Enxergar os verdadeiros agentes restauradores existentes no organismo de cada indivíduo através de Genoma Humano. Com esta verdade, então, permitir que o organismo realize seu trabalho natural e deixando de lado todo o esforço humano de tratar os sintomas e sinais das doenças. Cabe a cada participante, voluntariamente, escolher as condições favoráveis para a maquinaria viva execute os processos de restauração. Certamente, você experimentará as mudanças surpreendentes e agradáveis no seu organismo durante o programa e poderá confirmar que o PROGRAMA NEWSTART VERDADEIRAMENTE FUNCIONA, como afirma o Dr. Jea Myung Yoo.
Estamos há aqui há nove dias, fazendo alongamentos matinais, caminhadas, fazendo três refeições diárias de comida vegetariana, assistindo a palestras diárias, dormindo cedo e bebendo somente água pura. O resultado é extremamente benéfico!