Aleixo e Regina, em Londres, 04.09.2010. |
Temos muitos sapos em Shamballa devido à proximidade do riacho e a abundância de arvores que tornam o espaço mais úmido. Eles também vivem tentando usar a nossa piscina e a cada vez Aleixo tem que jogá-los longe.
Soube que os anfíbios são considerados o grupo de vertebrado mais ameaçado em todo o planeta. Os sapos são animais de pequeno porte, de pele delicada e ciclos de vida relativamente curtos, como os girinos (filhotes) aquáticos e adultos terrestres. O desaparecimento desses animais é um alerta para a perda de qualidade dos ambientes naturais em todo mundo.
Aleixo tirou esta dupla de nossa cozinha, 06.12.12. |
As causas de seu possível desaparecimento são diversas. São vitimados por doenças emergentes, mudanças climáticas, pela competição e predação por espécies invasoras e, de forma mais contundente, pela fragmentação da paisagem natural e remoção dos seus habitat.
O que os anfíbios estão nos dizendo é que algo não vai bem com a saúde dos ambientes naturais do planeta e o Brasil não é exceção. Por isso a presença de tantos sapos aqui significa que nossa chácara ainda é espaço privilegiado para os animais, inclusive os humanos.
Outro sapo passeando por Shamballa... |
É comum a gente ouvir a expressão popular engolir sapos, quando alguém é obrigado a aturar situações das quais discorda. A origem da expressão deu-se por um dos fatos descritos na Bíblia: as pragas do Egito. Uma das pragas constituía da invasão de milhares de rãs, por todo o território egípcio.
Durante a preparação e ingestão de alimentos, lá estavam os anfíbios. Os animais não apenas invadiam os ambientes – cozinhas, quartos, banheiros -, como também os pratos dos habitantes do reino. Daí a expressão: engolir sapos, ou seja, suportar situações desagradáveis sem qualquer manifestação.
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