sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

SAPOS NA SHAMBALLA


Aleixo e Regina, em Londres, 04.09.2010.
Temos muitos sapos em Shamballa devido à proximidade do riacho e a abundância de arvores que tornam o espaço mais úmido. Eles também vivem tentando usar a nossa piscina e a cada vez Aleixo tem que jogá-los longe.

Soube que os anfíbios são considerados o grupo de vertebrado mais ameaçado em todo o planeta. Os sapos são animais de pequeno porte, de pele delicada e ciclos de vida relativamente curtos, como os girinos (filhotes) aquáticos e adultos terrestres. O desaparecimento desses animais é um alerta para a perda de qualidade dos ambientes naturais em todo mundo.

Aleixo tirou esta dupla de nossa cozinha, 06.12.12.
As causas de seu possível desaparecimento são diversas. São vitimados por doenças emergentes, mudanças climáticas, pela competição e predação por espécies invasoras e, de forma mais contundente, pela fragmentação da paisagem natural e remoção dos seus habitat.

O que os anfíbios estão nos dizendo é que algo não vai bem com a saúde dos ambientes naturais do planeta e o Brasil não é exceção. Por isso a presença de tantos  sapos aqui significa que nossa chácara ainda é espaço privilegiado para os animais, inclusive os humanos.

Outro sapo passeando por Shamballa...
É comum a gente ouvir a expressão popular engolir sapos, quando alguém é obrigado a aturar situações das quais discorda. A origem da expressão deu-se por um dos fatos descritos na Bíblia: as pragas do Egito. Uma das pragas constituía da invasão de milhares de rãs, por todo o território egípcio.

Durante a preparação e ingestão de alimentos, lá estavam os anfíbios. Os animais não apenas invadiam os ambientes – cozinhas, quartos, banheiros -, como também os pratos dos habitantes do reino. Daí a expressão: engolir sapos, ou seja, suportar situações desagradáveis sem qualquer manifestação.

Quem gosta de engolir sapos?
E quem ainda não precisou engolir sapos em determinada ocasião de sua vida?

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