quinta-feira, 13 de junho de 2013

AS CRIANÇAS NA ATUALIDADE


Meus netos: Juliana e Matheus, jan.2012.
A formação do ser humano começa no seio familiar, de onde vêm os primeiros ensinamentos. Esta é a educação de berço que será complementada com os ensinamentos escolares e todas as convivências sociais ao longo da vida de um cidadão.
Há algum tempo estivemos na festinha de aniversário da minha sobrinha neta Aurora e acabei fazendo uma reflexão sobre as mudanças ao longo das décadas. O evento aconteceu em renomado salão de festas infantis e tudo funcionou com muita organização. Tão diferente das antigas festinhas organizadas com tanto trabalho no ambiente doméstico de outrora.
O comportamento de algumas crianças e a vida que elas
Filho/neta do Aleixo: Leninha e  Arthur
levam difere muito do antigo contexto que vivenciamos. Lembro-me de que quando era pequena, eu ficava feliz com uma simples brincadeira inventada de última hora na escola ou com primos ou vizinhos. Possivelmente, essas brincadeiras pareceriam sem interesse algum para qualquer criança da atualidade, mas, naquela altura, elas me faziam muito feliz!
Aprender cantigas de roda, brincar na horta com meu pai ou minha avó, ler um livro de histórias infantis, ver minha avó trabalhar com renda de bilro ou meu irmão e primo construírem seus próprios brinquedos eram coisas que me divertiam. 
Breno e Ana Júlia: sobrinhos netos!
Mas hoje em dia tudo isso é desconhecido para as crianças, o must é ter o último play station, o game melhor do que o colega tem, o tênis de grife famosa, a calça da moda, tudo que a mídia impõe. Amor, carinho, simplicidade, respeito aos mais velhos, solidariedade, o desfrutar das coisas simples da vida, agora carecem de espaço na vida de algumas crianças.
Será que essas coisas boas da nossa geração um dia farão falta na vida dessas crianças? Será que um dia elas vão conseguir olhar para a vida de uma forma diferente? Será que no futuro, esta geração saberá verdadeiramente o que é
Carolina e Melissa: sobrinhas netas
amor, o que é ser feliz com coisas simples, o que é sentir-se bem numa praia deserta, o que é estar feliz apenas porque ainda temos os nossos pais vivos? Às vezes, tenho sérias dúvidas, mas certamente tudo acabará se encaixando de acordo com os novos valores...  
Agora percebo que a relação entre avós e netos é muito gratificante. Mesmo que os avós não possuam a mesma vitalidade e energia da juventude, hoje possuímos mais paciência e por vezes mais psicologia para lidar com os pequenos. 
Atualmente, mães e pais trabalham muito e com frequência os netos ficam ao encargo total dos avós, o que no meu ponto de vista não é correto; entretanto, há situações em que isso se torna a melhor opção educativa. 
Neta Juju e amiguinha Luíza, aos 2 anos.
De qualquer forma, os avós são a imagem viva das tradições e das memórias da família, pois são eles que muitas vezes repassam conceitos morais e éticos para as crianças. 
E esses valores certamente serão lembrados por toda a vida adulta da criança. Lembro que a educação começa na primeira infância e é nessa época que se aprendem também as coisas básicas da vida...

1.Estela. 2.crianças creche.3 Juju.
4.Sofia e Lucas.






2 comentários:

  1. É verdade. As coisas mudaram muito. Na minha infância as crianças, nas famílias mais preocupadas com a sua formação, tinham um padrão mais unificado de aprendizado, uma vez que havia um controle familiar sem muitas interferências externas. Hoje em dia salve-se quem puder... é como se fosse um duelo constante, pois a noção de valores reais, de certo e de errado, de direitos e de deveres tornou-se uma grande confusão, os exemplos contundentes estão em todos os lugares, independentemente de classes sociais.

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  2. Adorei seu texto, Regina! Realmente, é incrível como tudo mudou desde a nossa infância. A bem da verdade, não tenho muitas saudades do meu tempo de criança, devido aos atropelos que vivíamos em decorrência da doença do papai e outras problemas mais, mas, me lembro, com nostalgia, das brincadeiras inocentes, do prazer que sentia em subir no cume das árvores e, já na adolescência, das leituras escondidas. Hoje, há que se tentar, pelo menos, restringir um pouco esse acesso maluco das crianças à tecnologia. Meu filho está empenhado nessa luta: ele vem tentando evitar o contato precoce dos gêmeos com essa tecnologia insana. Não permite, por enquanto nem que eles fiquem vendo os DVD,s infantis para evitar que viciem. Mas é uma luta inglória porque na escolinha eles têm acesso aos desenhos.Enfim, ele fica motivando-os com brinquedos pedagógicos e brincadeiras no parque. Vamos ver o que ele vai conseguir.
    beijos!
    clélia

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