Regina e Aleixo, no Rio, em 19.05.12. |
Houve uma época em que realmente acreditava ser a Regina dos dedos verdes. Meu amor pelas plantas costuma surtir bons resultados e sou agraciada com sua beleza e perfume!
Acácia Imperial ou Chuva de Ouro. |
Creio que parte é influência de minha infância. Meus irmãos
e eu nascemos e crescemos em uma casa com jardim e quintal grandes. Eram muitas
árvores ao redor. Dentre tantas, lembro-me especialmente de duas acácias ou
chuvas de ouro sempre floridas em nosso jardim.
Amoreira de minha infância. |
No quintal, as duas mangueiras que meu pai plantou juntas
anos antes da chegada das crianças. Nela aprendemos a subir em árvores e a
desfrutar a delícia das mangas extremamente doces. Sob suas copas generosas, tínhamos sempre sombra
para as nossas brincadeiras diárias. E era ali perto que papai organizava as
nossas festas juninas que jamais esqueceremos.
Havia um pé de amora na vizinhança. Ficava em um lote vago na
esquina da rua cinco com a viela que
chamávamos de Taguatinga. Ele era enorme e eu sempre fui doida por amoras.
Enquanto estava carregada, estávamos por lá, provando as frutas docinhas e
vermelhas.
Algodão no pé. |
Nos finais de semana, nós íamos à casa de minha avó
Madalena, na antiga Vila Coimbra. Era quase uma espécie de passeio ao campo,
porque havia poucas casas próximas. Vovó tinha um pé de algodão em seu quintal
e eu era apaixonada por aquele arbusto.
Eu adorava observá-la pegar o algodão e enrolá-lo de maneira a usá-lo em
suas rendas de bilro.
Árvore da Shamballa. |
Hoje temos inúmeras árvores à nossa volta. Elas cresceram
muito desde que mudamos para cá. Quando precisamos cortar alguma, eu sofro
bastante, mesmo planejando tudo antes e plantando outras para substituí-las.
Tenho especial ligação com os jatobás e os angicos. Numa
delas, os periquitos fazem ninho aproveitando a casa de cupim. Posso apreciar
sua alegria e ouvir o canto dos filhotes atuais que voam de uma árvore para
outra.
Mas gosto muito das arvores menores como as bananeiras,
pitangueiras e outras fruteiras.
Periquitos da Shamballa. |
Afinal, pertencemos à geração que se encantou com a leitura
do livro – Meu Pé de Laranja Lima... Atestado de antiguidade, não é?
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