quarta-feira, 13 de junho de 2012

DOIS GAVIÕES NA SHAMBALLA



Aleixo e Regina, no riacho da Shamballa.
Frequentemente eu vejo dois gaviões passando por aqui. Passam voando pelo pátio e, então, pousam no alto das árvores. Às vezes, estou na rede, outras, lá fora, cuidando das plantas ou dos animais. Não sei se são sempre os mesmos, mas já comeram alguns filhotinhos de peru e de galinha... De longe, eu os vejo pardos, com as pontas das asas em tom mais claro.
Minha miopia não permite detalhes, mas sei que são animais magníficos. Penso nos seus bicos aquilinos, em seus olhos de águia! 
Gavião visualizado na chácara.
Posso imaginar suas garras fortes, segurando suas presas, enquanto seus bicos as dilaceram. Uma vez, uma dessas aves comeu meus canários na sacada de um apartamento goianiense!
Aqui, quando eles passam voando, pode-se sentir a sua força e a sua imponência na maneira como estendem suas asas e planam a despeito do vento.
Creio que os gaviões personificam uma grande combinação de qualidades da criação, aquela que poucas podem superar: liberdade e força. Neste pequeno canto do mundo goiano, perto do riacho e do bosque de Shamballa, eles são soberanos, voam acima de todos os outros, senhores de seus apetites. 
Apolo contribui para iluminar meus dias
na Shamballa!
Algumas vezes já corri ao encalço de meu papagaio Apolo, temendo um ataque mortal! 
Alguém me contou que uma senhora que morava em apartamento da cidade tinha um tucano de madeira em sua varanda. E, várias vezes, um desses dois gaviões o atacou, num voo rápido sobre a vítima putativa, tantas que a obrigaram a colocar uma rede na varanda!
Sabe-se que o delito putativo ocorre quando o agente considera erroneamente que a conduta realizada por ele constitui crime, quando, na verdade, é um fato atípico; só existe na imaginação do sujeito – neste caso, o gavião caçador de tucanos de madeira! 
Matheus e Thor, 10.06.12.
Ontem, peguei um pássaro de resina verde que canta por meio de pilha. Juliana o havia retirado do suporte e eu o trouxe à mesa da varanda para ajustá-lo. Apolo o enxergou de seu poleiro e fez posição de guerra, ameaçando atacá-lo com seus grunhidos bélicos! Ri muito!
Ali, no telhado da casa percebi o gavião que comia a lagartixa que tinha acabado de matar.
Sorri, enquanto pensava que com toda essa liberdade e com toda essa força, o magnífico predador comia apenas uma lagartixa com a sua imponente agressividade...
Bettina, Astro e Kei-Ra, após o banho.
Aleixo deu  banho nos três labradores e os prendeu no pátio. Hoje é dia de levá-los ao hospital veterinário para a avaliação anual. Planejamos esterilizar a Bettina que teve problemas nas três gestações. Na última, sobreviveu apenas um dos filhotes – Thor – agora com quatro meses.

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