sábado, 16 de junho de 2012

CAFÉ COM PROSA NA SHAMBALLA



Aleixo, Regina e Brasigóis Felício, em
nosso café com prosa,  na Shamballa.
Recebemos a visita de nosso amigo poeta – Brasigóis Felício – e pudemos desfrutar de um café com prosa nesta ensolarada manhã da Shamballa! Ele veio nos trazer um convite e juntos programamos novos encontros futuros.
Adoramos conversar com ele! Sua presença nos traz boas inspirações e a prosa flui prazerosamente. Aproveitamos para falar da Austrália onde mora uma de suas filhas e acabamos lembrando os sonhos de amor da adolescência.
Desde sempre, o Amor é a instância que comanda a vida. Segundo Aristóteles, o Amor é a força que une os quatro elementos da natureza, o fogo, a terra, a água e o ar; é a força que move as coisas,  que as conduz e as mantém unidas.

Amaro e seu cão Dionísio que não gosta
de vinho, mas cansado, parece bêbado! 

Platão argumenta que o Amor é a falta, a insuficiência e a necessidade; é o desejo de adquirir e possuir o que não se possui, é o interesse incorporado à alma.

Freud entende o Amor como a especificação e sublimação de uma força instintiva originária, a libido, que tende a se manifestar desde os primeiros instantes da vida humana.

Camões diz que “Amor é fogo que arde sem se ver e ferida que dói e não se sente...”

Shakespeare diz “duvida da luz dos astros, de que o sol tenha calor, duvida até da verdade, mas confia no meu amor”. 
Chácara Shamballa - nosso lar goiano
Enfim, o Amor romântico inspirou os deuses e os mortais e sempre agradecerei aos céus ter tido a bênção de me apaixonar um dia! Sentimento de transcendência, plenitude, êxtase, sentido para a vida! Infinito, enquanto dura!

Aleixo nos relatou dois de seus frustrados sonhos de amor. Um deles justificou o seu retorno às raízes, depois de haver imigrado para a Austrália. Brasigóis e eu também rememoramos, a três, as nossas jovens experiências amorosas. A simples lembrança daquele sentimento mítico ainda é capaz de nos iluminar interiormente!  

Árvore Abricó de Macaco, fotografada
no Largo do Machado, no Rio.

Concordamos que quando duas pessoas cruzam o olhar e esse olhar é avassalador estamos diante do ponto chave da paixão. Eros surge no momento em que duas pessoas se reconhecem e se olham de uma forma nunca antes contemplada, resultando desse olhar novos desejos e novos afetos.

Então, inicia a descoberta de si mesmo e do outro e a gente começa desenhar castelos de sonho, apesar de normalmente a relação não se estender por muito tempo, uma vez que nessa fase não permitem longos compromissos.

Bettina, Astro, Kei-Ra - nossos labradores.
Vivenciam-se os momentos de paixão e de doce irresponsabilidade. O tempo pára e o mundo deixa de girar, pois é tempo de amar. Por vezes, esse estado é mantido ao longo da vida ou volta a ser vivido mais tarde, criando um estado de euforia e plenitude pouco comum na maturidade.

Na maior parte das vezes, guardam-se as memórias do amor adolescente na gaveta dos afetos e eternizam-se os tempos em que a ternura foi debruada com sorrisos, palavras doces, beijos longos e molhados trocados em noites de lua cheia, quando tudo era possível no paraíso do sonho!
Lane, Edilene, Áurea, Regina e Lei, no
Shopping do Pão, 01.04.12. 
Ainda bem que hoje, compreendendo a visão junguiana do amor romântico, sabemos que, tanto para o homem quanto para a mulher, en­xergar realisticamente o amor romântico é uma tarefa ímpar.

É algo que nos força a ver não apenas a beleza e o potencial contidos no amor romântico, como tam­bém as contradições e as ilusões que trazemos conosco em nível inconsciente. 
As jornadas heroicas costumam nos conduzir a vales desconhecidos e a confrontos difíceis, mas, se perseverarmos, certamente, nós alcançaremos um novo estágio de conscientização!

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