terça-feira, 5 de junho de 2012

LIVRO MENOS ABERTO

"A vida é maravilhosa se não se tem medo dela." Charles Chaplin

Aleixo e Regina, em Londres, 31.08.10.
Medo é um sentimento universal, antigo e necessário à sobrevivência! De certa forma, ele é um dos sentimentos que permitiram à espécie humana multiplicar-se e dominar o planeta! Aprendemos a ter medo do que pode nos afetar de maneira prejudicial! Esta é uma forma natural de nos proteger de algo desconhecido ou já conhecido e que nos é repassado por meio das experiências coletivas.
Desde os tempos mais remotos, o homem detinha seus medos. Sentia medo quando saía à caça com a preocupação de não se tornar a própria caça, das inúmeras invenções que, como tudo, contêm também seus riscos, das reações adversas da natureza, entre outros.
Isabel Nuss é filha do Aleixo.
Portanto, medo é um sentimento que se faz presente em nossas vidas, um mecanismo de defesa diante de situações desconhecidas e até mesmo causado por experiências traumáticas. Ele é ativado para nos proteger de situações semelhantes e novas!
Somos frutos da família, da sociedade, enfim, do nosso contexto. Aprendemos com as pessoas próximas e com suas experiências pessoais. Por meio delas também aprendemos a ter nossas reações diante da vida e dos fatos, assim como nos ensinaram o certo e o errado em suas concepções aprendidas em seu meio e sua época.
Vovó Clélia e os netos gêmeos!
O medo é um sentimento particular de cada indivíduo com o seu ambiente e pode ser aprendido ou assimilado. Mas ele não pode ser exagerado ou não  poderemos realizar nada. Tenho atendido muitas pessoas com fobia social e imagino o sofrimento vivido por alguém que tenha que enfrentar isso! Um terapeuta amigo me disse, uma vez, que muita gente se acomoda por medo e fica apenas sobrevivendo, temendo ousar novos voos.
Joãozinho, Zezé, Aleixo e o chapéu
desta fotógrafa amadora.
Mas nunca fui muito medrosa! Detive poucos medos ao longo de minha existência. Creio que meu único medo que ultrapassou os parâmetros da normalidade foi o de água funda. Quando decidi enfrentá-lo, fiz um curso de natação depois de séries de outras tentativas frustradas  e consegui aprender a nadar para a sobrevivência, levando oito aulas para ter coragem de soltar a borda da piscina e ousar boiar!
Agora, o temor reinante é o de exposição nas redes sociais. Tenho sido constantemente alertada sobre os perigos que corremos e acabei diminuindo as publicações com muitos detalhes pessoais.
Casal 26, no Rio, 28.05.12.
É uma pena, preferia que minha vida fosse um blog aberto! Todavia, sei que temos que aprender a lidar com o medo... Saber identificá-lo e administrá-lo nos parâmetros da realidade para não vivermos dentro de uma sociedade em pânico! Por isso, optei pelo livro menos aberto...

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