Aleixo e Regina, em Londres, 31.08.10. |
Medo é um
sentimento universal, antigo e necessário à sobrevivência! De certa forma, ele
é um dos sentimentos que permitiram à espécie humana multiplicar-se e
dominar o planeta! Aprendemos a ter medo do que pode nos afetar de maneira prejudicial!
Esta é uma forma natural de nos proteger de algo desconhecido ou já conhecido e
que nos é repassado por meio das experiências coletivas.
Desde os
tempos mais remotos, o homem detinha seus medos. Sentia medo quando saía à caça
com a preocupação de não se tornar a própria caça, das inúmeras invenções que,
como tudo, contêm também seus riscos, das reações adversas da natureza, entre
outros.
Isabel Nuss é filha do Aleixo. |
Portanto,
medo é um sentimento que se faz presente em nossas vidas, um mecanismo de
defesa diante de situações desconhecidas e até mesmo causado por experiências
traumáticas. Ele é ativado para nos proteger de situações semelhantes e novas!
Somos
frutos da família, da sociedade, enfim, do nosso contexto. Aprendemos com as
pessoas próximas e com suas experiências pessoais. Por meio delas também
aprendemos a ter nossas reações diante da vida e dos fatos, assim como nos
ensinaram o certo e o errado em suas concepções aprendidas em seu meio e sua época.
Vovó Clélia e os netos gêmeos! |
O medo é
um sentimento particular de cada indivíduo com o seu ambiente e pode ser
aprendido ou assimilado. Mas ele não pode ser exagerado ou não poderemos realizar nada. Tenho atendido muitas
pessoas com fobia social e imagino o sofrimento vivido por alguém que tenha que
enfrentar isso! Um terapeuta amigo me disse, uma vez, que muita gente se acomoda
por medo e fica apenas sobrevivendo, temendo ousar novos voos.
Joãozinho, Zezé, Aleixo e o chapéu desta fotógrafa amadora. |
Mas nunca
fui muito medrosa! Detive poucos medos ao longo de minha existência. Creio que meu
único medo que ultrapassou os parâmetros da normalidade foi o de água funda.
Quando decidi enfrentá-lo, fiz um curso de natação depois de séries de outras
tentativas frustradas e consegui aprender a nadar para a sobrevivência,
levando oito aulas para ter coragem de soltar a borda da piscina e ousar boiar!
Agora, o
temor reinante é o de exposição nas redes sociais. Tenho sido constantemente
alertada sobre os perigos que corremos e acabei diminuindo as publicações
com muitos detalhes pessoais.
Casal 26, no Rio, 28.05.12. |
É uma
pena, preferia que minha vida fosse um blog aberto! Todavia, sei que temos que aprender a lidar com o
medo... Saber identificá-lo e administrá-lo nos parâmetros da realidade para
não vivermos dentro de uma sociedade em pânico! Por isso, optei pelo livro menos aberto...
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