sexta-feira, 24 de agosto de 2012

SILÊNCIO


O silêncio também fala, fala e muito! O silêncio pode falar mesmo quando as palavras falham. Osho


Aleixo e Regina, 08.09.2010.
Aleixo dirigiu na volta do Rio e sua copilota observava a paisagem silenciosamente, aproveitando os longos momentos de reflexão! 
Lembrei-me de várias fases de minha existência e, mais uma vez, comprovei o que o dramaturgo americano Tennessee Williams disse e eu gravei: “o tempo é a maior distância entre dois lugares...”.
Tantas experiências vividas, tanto a recordar... Quantas respostas eu obtive! De quantas perguntas eu desisti... Creio que nada foi desperdício, tudo se soma e, hoje, sou o resultado do que fiz, do que pensei, do que sonhei, do que tentei, do que errei e do que acertei... Dos sonhos, concretizados ou não!
Às vezes, em meus atendimentos de apoio emocional, eu teria tanta coisa a dizer à outra pessoa, mas, de acordo com Rogers, tento apenas ouvir com empatia, estar junto! Uma vez Rogers disse: “descobri que sou mais eficaz quando posso ouvir a mim mesmo aceitando-me, e quando posso ser eu mesmo... Julgo que aprendi isto com meus clientes, bem como através da minha experiência pessoal - não podemos mudar, não podemos afastar do que somos enquanto não aceitarmos profundamente o que somos”. O texto integra a sua obra - Tornar-se Pessoa. 
Carl Rogers.
Também é dele esta reflexão: “o único homem que se educa é aquele que aprendeu como aprender: que aprendeu como se adaptar e mudar; que se capacitou de que nenhum conhecimento é seguro, que nenhum processo de buscar conhecimento oferece uma base de segurança”.
Outras vezes, nas conversas ou na troca de mensagens subjetivas sinto que teria tantas respostas, mas me calo, porque a caminhada é individual e o ser deve chegar à sua meta no seu próprio ritmo! Com o tempo venho aprendendo a julgar menos e sei que isso é algum avanço!
Voltamos felizes, agradecidos pela energização marinha. A viagem de volta foi tranquila. Chegamos e encontramos a paisagem diferente do que deixamos. Agora, quase não se vê o verde. Os tons variam do amarelo ao marrom de várias nuances, o tempo está seco, a poeira e a penugem das queimadas povoam o ar ao nosso redor! E como está ventando em nosso bosque!
Bettina e Astro no riacho da Shamballa
Na Shamballa, as plantas são regadas diariamente com a água do pequeno riacho e ainda somos privilegiados com a presença das inúmeras árvores. Assim, a unidade relativa do ar não nos agride tanto como na cidade!
Reencontrar nossos cães é algo que só quem cria bichos pode entender. Quanta alegria cúmplice! Amizade genuína! Eles não sabem se pulam, se nos lambem ou rosnam de felicidade! Apolo, o papagaio, também tentou verbalizar sua alegria emitindo sons, assovios, dançando e se movimentando para exprimir seu grau de reconhecimento da nova situação...

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