Aleixo, no Arpoador, Rio, 66. |
Lei reconhece que não era uma criança fácil de ser educada. Sua mãe costumava fazer uns camisolões para que ele vestisse na primeira infância, mas ele queria calças. Então, ele arranjava um jeito de eles rasgarem ao subir nas árvores! Acontece que Dona Joaquina resolvia costurá-los...
Daí, ele descobriu um jeito de ficar livre daquelas indumentárias... Percebeu que sua mãe colocava as roupas infestadas de carrapatos próximas ao fogão para serem sapecadas.
Passou a imitá-la, colocando seus camisolões também, mas fazia com que eles fossem queimados mesmo. Dona Joaquina acabou capitulando e passou a costurar-lhe calções que Aleixo julgava mais masculinos!
Seu avô João Nuss e netos: Márcia e Francisco José. |
Ao perguntar à mãe Joaquina como chegavam os bebês, ela lhe respondeu que as cegonhas os traziam. Ele perguntou então sobre os filhotes dos diversos animais. Ela lhe disse que havia cegonhas para todo tipo de bicho e ele a desmentiu na hora, afirmando ter visto como os animais eram encomendados e depois paridos.
Ele lembra que quando começou a frequentar a escola rural já detinha algum conhecimento assimilado em casa. Conhecia o alfabeto, parte da tabuada e o B+A = BA.
Tia Francisca, irmã de sua mãe. |
A sala de aula era constituída de crianças de todas as idades e níveis, quase todos primos! Sua primeira experiência escolar foi em sala improvisada na casa do Tio Pedro e ele se lembra do primeiro mestre – Benedito Cipó. Esse era um negro alto, magro, calmo e andava se contorcendo devido a algum problema físico.
Aleixo e Regina. Farol da Pousada do Brasigóis, RN. |
Minha imaginação de escritora fluiu pensando na riqueza das histórias vividas pela família Nuss e as outras famílias às quais eles entrelaçaram suas vidas...
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