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Regina, em Machu Picchu, maio de 1997. |
Há muito tempo eu desejava conhecer o Peru e, em 1997, apareceu essa oportunidade. Na realidade, saímos duas vezes com este destino, em março e em maio. A primeira foi frustrada, não conseguimos embarcar devido à falta de comprovante de vacina. Como houve falha da agência de turismo, permitiram que viajássemos novamente algum tempo depois, reembolsando-nos, inclusive, o trecho até São Paulo que já havíamos utilizado na primeira tentativa.
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Regina com guia místico em Machu Picchu. |
Foi uma das mais apaixonantes viagens que já realizei nesta vida! Era um pacote, mas fizemos algumas alterações, desistindo de ir à Bolívia e permanecendo mais um dia em Machu Picchu que era o nosso alvo favorito.
Foi incrível o que sentimos lá! Era como se estivéssemos voltando no túnel do tempo. Conseguimos um guia místico que nos conduziu pelos locais considerados mais energéticos e fomos harmonizadas em cada chakra daquele espaço mágico.
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Foto tirada em Machu Picchu, 1997. |
Quando o guia nos acompanhava apresentando cada pedacinho sagrado com sua história, algumas vezes eu acessei altares, cuja entrada a maioria desconhece, como se já tivesse realmente habitado ali em vidas anteriores. Quase à saída de Machu Picchu, uma condor nos sobrevoou por bastante tempo como se estivesse nos saudando de alguma forma...
Foi interessante ingerir o chá de coca para nos adaptarmos à altitude. Algumas pessoas têm problemas com esta alteração, mas não sentimos nada diferente. Claro, que fomos preparadas com o floral específico para estas ocasiões. E minha energia feminina ficou deslumbrada com os mercados de Cuzco de onde eu saía carregada de pacotes e feliz da vida!
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Imagem de Machu Picchu, em maio de 1997. |
O Peru é uma verdadeira mistura das tradições das civilizações pré-colombianas com a cultura espanhola que formaram uma terra colorida e muito diferente do que nós brasileiros estamos acostumados. Monumentos históricos, igrejas, monastérios, casarões coloniais e sítios arqueológicos contrastam com paisagem de cordilheiras nevadas, montanhas cultivadas em sistema de terraços, florestas tropicais, desertos, praias do pacífico e até com o maior lago de altitude das Américas.
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Regina, no Peru, 1997. |
Apesar de o país ter um território com mais de 1,2 milhões de quilômetros quadrados é possível atravessar o Peru em alguns dias. De trem, de ônibus ou carro, percorrem-se vales com montanhas enormes, cruzando pequeninas vilas com casinhas de pedra, daquelas onde a civilização ainda não chegou. De barco, navegam-se pelo Lago Titicaca com suas ilhas flutuantes, reservas marinhas repletas de fauna e rios da Amazônia. A pé, pisam-se caminhos construídos pelos incas e trocam-se experiências e sorrisos amigos com descendentes deles, gente que de muitas maneiras continua usando a língua, as roupas e os costumes de seus ancestrais. Já no litoral, os surfistas enfrentam as ondas mais perfeitas do planeta. O Peru é um destino maravilhoso onde todos deveriam conhecer e desfrutar de sua energia única. Nós fizemos um pacote simples, aéreo, com passagem em Lima e Cuzco. Mas pretendo voltar lá em breve.
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Regina e Helen, em Cuzco, 1997. |
Machu Picchu consta de duas grandes áreas: a agrícola formada principalmente por terraços e recintos de armazenagem de alimentos; e a outra urbana, na qual se destaca a zona sagrada com templos, praças e mausoléus reais. A disposição dos prédios, a excelência do trabalho e o grande número de terraços para agricultura são impressionantes, destacando a grande capacidade daquela sociedade.
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Regina e Helen, em Lima, Peru, 1997. |
No meio das montanhas, os templos, casas e cemitérios estão distribuídos de maneira organizada, abrindo ruas e aproveitando o espaço com escadarias. Segundo a histórica inca, tudo planejado para a passagem do deus sol. Helen foi minha companheira de viagem. Tínhamos compartilhado dois sonhos específicos tempos atrás. Imaginem que, ao chegarmos a determinados locais, reconhecemos o espaço onírico visitado em nossos sonhos! Foi mágico!
Regina,
ResponderExcluirRevivi cada trecho de nossa viagem ao ler seu relato. Cusco, Machu Pichu e Águas Calientes foram lugares mágicos e especiais naquela viagem. Lembro-me da emoção que senti quando adentramos a cidade de Cusco, aquelas construções antigas e, especialmente, a cor do dia, o tom amarelo ouro... Foi uma estranha sensação de déjà vu. Quase chorei, mas como sou racional, ao ponto de achar que chorar em público é sinal de desequilíbrio, controlei-me. Lembro-me dos passeios, da ave de meu sonho, se não me engano chamava-se “alcamari”, que nosso guia místico explicou ser o pássaro que anuncia a chegada do Condor entre as montanhas em Machu Pichu. Lembra do trem colorido que nos levou a Águas Calientes?
A beleza dos lugares, do que ainda resta da cultura Inca, o povo tão simpático, o frio, a vista de Cusco para as montanhas geladas e especialmente, claro, Machu Pichu fizeram valer esta viagem marcada para sempre em meu coração. Naquela época, eu ainda curava-me de uma grande perda e foi tão importante viver essa experiência, tanto o lado místico, quanto o lado turístico... as sacolas cheias de lembranças e nossa alegria infantil em passeios às feiras e mercados. Foi uma viagem leve, mística e de uma energia indescritível.
Todas as lembranças em colares, pulseiras e brincos lindíssimos que comprei já se foram (roubadas infelizmente), mas as outras registradas em minha memória e algumas fotos ficarão para sempre, mesmo que nunca mais volte por lá.
Você foi a mentora e organizadora desta viagem que, com certeza, naquele tempo eu não faria e que foi tão importante para meu processo de crescimento, de cura, de retomada de mim mesma e de minha vida. Obrigada por ter feito parte deste e de tantos momentos fundamentais de minha vida.
Helen Amorim
Sim, Helen, acho que poderímoas falar horas sobre o que vivemos ali. E, certamente, ela foi tão importante em nossas vidas para o nosso crescimento emocional e espiritual, sobretudo, a curas das feridas de nossas almas naquele momento! Também sou grata por ter tido a sua companhia nessa viagem!Lembra-se das carvernas onde embalsamavam? No sonho premonitório o Frederico me ajudava e depois identifiquei as mesas de pedra e o local do espaço onírico ali, igualzinho! Pura magia!
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