quinta-feira, 31 de março de 2011

VIAGEM MÍSTICA AO PERU

Regina, em Machu Picchu, maio de 1997.
Há muito tempo eu desejava conhecer o Peru e, em 1997, apareceu essa oportunidade. Na realidade, saímos duas vezes com este destino, em março e em maio. A primeira foi frustrada, não conseguimos embarcar devido à falta de comprovante de vacina. Como houve falha da agência de turismo, permitiram que viajássemos novamente algum tempo depois, reembolsando-nos, inclusive, o trecho até São Paulo que já havíamos utilizado na primeira tentativa.
Regina com guia místico em Machu Picchu.

Foi uma das mais apaixonantes viagens que já realizei nesta vida! Era um pacote, mas fizemos algumas alterações, desistindo de ir à Bolívia e permanecendo mais um dia em Machu Picchu que era o nosso alvo favorito.

Foi incrível o que sentimos lá! Era como se estivéssemos voltando no túnel do tempo. Conseguimos um guia místico que nos conduziu pelos locais considerados mais energéticos e fomos harmonizadas em cada chakra daquele espaço mágico.


Foto tirada em Machu Picchu, 1997.
Quando o guia nos acompanhava apresentando cada pedacinho sagrado com sua história, algumas vezes eu acessei altares, cuja entrada a maioria desconhece, como se já tivesse realmente habitado ali em vidas anteriores. Quase à saída de Machu Picchu, uma condor nos sobrevoou por bastante tempo como se estivesse nos saudando de alguma forma...

Foi interessante ingerir o chá de coca para nos adaptarmos à altitude. Algumas pessoas têm problemas com esta alteração, mas não sentimos nada diferente. Claro, que fomos preparadas com o floral específico para estas ocasiões. E minha energia feminina ficou deslumbrada com os mercados de Cuzco de onde eu saía carregada de pacotes e feliz da vida!
Imagem de Machu Picchu, em maio de 1997.
O Peru é uma verdadeira mistura das tradições das civilizações pré-colombianas com a cultura espanhola que formaram uma terra colorida e muito diferente do que nós brasileiros estamos acostumados. Monumentos históricos, igrejas, monastérios, casarões coloniais e sítios arqueológicos contrastam com paisagem de cordilheiras nevadas, montanhas cultivadas em sistema de terraços, florestas tropicais, desertos, praias do pacífico e até com o maior lago de altitude das Américas.


Regina, no Peru, 1997.
Apesar de o país ter um território com mais de 1,2 milhões de quilômetros quadrados é possível atravessar o Peru em alguns dias. De trem, de ônibus ou carro, percorrem-se vales com montanhas enormes, cruzando pequeninas vilas com casinhas de pedra, daquelas onde a civilização ainda não chegou. De barco, navegam-se pelo Lago Titicaca com suas ilhas flutuantes, reservas marinhas repletas de fauna e rios da Amazônia. A pé, pisam-se caminhos construídos pelos incas e trocam-se experiências e sorrisos amigos com descendentes deles, gente que de muitas maneiras continua usando a língua, as roupas e os costumes de seus ancestrais. Já no litoral, os surfistas enfrentam as ondas mais perfeitas do planeta. O Peru é um destino maravilhoso onde todos deveriam conhecer e desfrutar de sua energia única. Nós fizemos um pacote simples, aéreo, com passagem em Lima e Cuzco. Mas pretendo voltar lá em breve.
Regina e Helen, em Cuzco, 1997.
Machu Picchu consta de duas grandes áreas: a agrícola formada principalmente por terraços e recintos de armazenagem de alimentos; e a outra urbana, na qual se destaca a zona sagrada com templos, praças e mausoléus reais. A disposição dos prédios, a excelência do trabalho e o grande número de terraços para agricultura são impressionantes, destacando a grande capacidade daquela sociedade.

Regina e Helen, em Lima, Peru, 1997.
No meio das montanhas, os templos, casas e cemitérios estão distribuídos de maneira organizada, abrindo ruas e aproveitando o espaço com escadarias. Segundo a histórica inca, tudo planejado para a passagem do deus sol.
Helen foi minha companheira de viagem. Tínhamos compartilhado dois sonhos específicos tempos atrás. Imaginem que, ao chegarmos a determinados locais, reconhecemos o espaço onírico visitado em nossos sonhos! Foi mágico!


2 comentários:

  1. Regina,
    Revivi cada trecho de nossa viagem ao ler seu relato. Cusco, Machu Pichu e Águas Calientes foram lugares mágicos e especiais naquela viagem. Lembro-me da emoção que senti quando adentramos a cidade de Cusco, aquelas construções antigas e, especialmente, a cor do dia, o tom amarelo ouro... Foi uma estranha sensação de déjà vu. Quase chorei, mas como sou racional, ao ponto de achar que chorar em público é sinal de desequilíbrio, controlei-me. Lembro-me dos passeios, da ave de meu sonho, se não me engano chamava-se “alcamari”, que nosso guia místico explicou ser o pássaro que anuncia a chegada do Condor entre as montanhas em Machu Pichu. Lembra do trem colorido que nos levou a Águas Calientes?
    A beleza dos lugares, do que ainda resta da cultura Inca, o povo tão simpático, o frio, a vista de Cusco para as montanhas geladas e especialmente, claro, Machu Pichu fizeram valer esta viagem marcada para sempre em meu coração. Naquela época, eu ainda curava-me de uma grande perda e foi tão importante viver essa experiência, tanto o lado místico, quanto o lado turístico... as sacolas cheias de lembranças e nossa alegria infantil em passeios às feiras e mercados. Foi uma viagem leve, mística e de uma energia indescritível.
    Todas as lembranças em colares, pulseiras e brincos lindíssimos que comprei já se foram (roubadas infelizmente), mas as outras registradas em minha memória e algumas fotos ficarão para sempre, mesmo que nunca mais volte por lá.
    Você foi a mentora e organizadora desta viagem que, com certeza, naquele tempo eu não faria e que foi tão importante para meu processo de crescimento, de cura, de retomada de mim mesma e de minha vida. Obrigada por ter feito parte deste e de tantos momentos fundamentais de minha vida.
    Helen Amorim

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  2. Sim, Helen, acho que poderímoas falar horas sobre o que vivemos ali. E, certamente, ela foi tão importante em nossas vidas para o nosso crescimento emocional e espiritual, sobretudo, a curas das feridas de nossas almas naquele momento! Também sou grata por ter tido a sua companhia nessa viagem!Lembra-se das carvernas onde embalsamavam? No sonho premonitório o Frederico me ajudava e depois identifiquei as mesas de pedra e o local do espaço onírico ali, igualzinho! Pura magia!

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