sábado, 25 de junho de 2011

RIO - PORTO, PAISAGEM, ORLA


Aleixo e Regina, no Rio, em 21 de maio de 2011.
Passamos pelo Porto do Rio quando fizemos um cruzeiro no final do ano passado. Em princípios do século XX, os serviços de expedição de mercadorias para o exterior e para os estados brasileiros por via marítima e do recebimento das provindas de fora, por mar, eram efetuadas geralmente por meio de saveiros que atracavam em pontes quase todas de madeiras, piers ou cais de pequeno calado d’água; apenas algumas dessas construções acostavam vapores de pequena cabotagem.


Imagem do antigo Porto do Rio de Janeiro.
O Porto do Rio de Janeiro atende aos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e sudoeste de Goiás, entre outros. Hoje o novo porto é um dos mais movimentados do país quanto ao valor das mercadorias e à tonelagem. Minério de ferro, manganês, carvão, trigo, gás e petróleo são os principais produtos escoados. Em 2010 foi inaugurado seu novo acesso, depois de várias mudanças na região.

Antigo Morro do Inhangá, cortado no século
passado.
O arquipélago das Cagarras está a 3 milhas da praia do Arpoador. Mas a orla mudou muito no século passado devido ao crescimento da cidade. O que resta do morro do Inhangá, cortado pela metade, no século XX, pode ser visto próximo à estação Cardeal Arcoverde do Metrô. Inhangá quer dizer diabo em tupi guarani.

Originalmente, era esse morro que separava as praias do Leme e Copacabana propriamente dita e ele, em princípio, chegava até o mar. Foi dinamitado em grande parte em 1933/34 para o Copacabana Palace fazer sua piscina e o que sobrou dele foi ainda mais cortado em 1950/51 para subir em seu lugar os edifícios Chopin, Balada e Prelúdio.

Hotel Copacabana Palace e morro do Inhangá,
na primeira metade do século XX.
 No promontório de Copacabana dá para perceber o paredão inconcluso do 1º forte de Copacabana, erguido a partir de 1776 e nunca terminado, bem como o perfil da igrejinha que data dos primórdios do século XVIII e foi reconstruída em 1742, 1782 e 1859. 
Essa igreja foi demolida em 1918/19 por ficar na linha de tiro dos canhões do novo Forte de Copacabana, que com ela ali, não poderia atirar para trás. Em seu lugar hoje existe o Campo de Marte, um ex-campo de manobras do Exército e pátio de exposições ao ar livre, além de estacionamento.

Edifício Chopin, próximo ao Copacabana Palace.
Quem quiser ver a imagem da Santa que se encontrava no altar mor tem de ir até a moderna igreja da Ressurreição, na Rua Francisco Otaviano, onde está exposta num nicho suspenso na parede interna de entrada da nave. O desenho pertence hoje ao acervo do Instituto Moreira Salles, na Gávea.

Existe uma foto, obtida por volta de 1920, do alto do Morro do Cantagalo, em que vê bem a nítida separação que as elevações do Inhangá provocava no extenso areal que ia do Morro do Leme às pedras onde ficava a igrejinha com a imagem de Nossa Senhora de Copacabana.

Muro de pedra na Ladeira do Leme.
Por esta razão, a ladeira, primeiro dos acessos às praias ao sul da cidade, foi chamada de Ladeira do Leme, nome que ainda conserva, embora a área hoje chamada de Leme seja bem menor, entre a Av. Princesa Isabel ao Morro do Vigia.

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