“Os dias talvez sejam iguais para um relógio, mas não para um homem.” Marcel Proust
Regina, em 2011. |
A temática do tempo sempre me atraiu. Quis, inclusive, fazer uma tese relacionada ao tema, durante meu doutorado em literatura, mas não foi possível. Já escrevi poemas sobre este assunto que me instiga a imaginação e a reflexão. Sei que o tempo é o presente mais preciso que temos porque é limitado dentro da experiência humana. Todavia, acredito que na espiritualidade não existe o tempo como o concebemos.
Santo Agostinho teoriza sobre o tempo partindo de dois pontos específicos. O primeiro é aquele em que ele considera o tempo em suas modalidades de presente, passado e futuro como existente apenas na consciência: é o tempo subjetivo.
Regina, em 1951. |
Em ambos os momentos, o filósofo determina a validade da realidade do tempo tanto em seu aspecto subjetivo, quanto em seu aspecto objetivo, tendo como base o primado do presente. O presente é, para ele, o próprio fundamento do tempo, determinando, inclusive, as duas outras modalidades: o passado é validado pela visão presente das coisas passadas e o futuro pela visão presente das coisas futuras.
O tempo constitui tema fundamental do pensamento de Bergson. Aliás, a sua tese é uma filosofia do tempo. Bergson critica o pensamento filosófico e científico por desconsiderar o tempo real, cuja natureza se propõe a explicitar no conjunto de suas obras.
Assim, o tempo dos filósofos e cientistas seria um tempo esquemático e espacial, incompatível com o tempo que é o próprio tecido do real, ou seja, o tempo que Bergson define como sucessão, continuidade, mudança, memória e criação.
Ampulheta é símbolo do tempo. |
Tudo é questão de tempo! Nossa ansiedade muitas vezes só nos prejudica. Cada coisa acontece em seu tempo! Mas teimamos em contar horas, dias, meses, anos... Os sábios não têm esta urgência perniciosa à nossa saúde integral!
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