Regina, jan.2013. |
Chove desde que acordamos. É lindo ver a chuva caindo sobre o bosque verde de nossa Shamballa. Nem sei por que acordei tão cedo hoje. Tão bom dormir ao som de uma chuvinha como essa!
Aleixo e Regina, na Shamballa. |
Evento Maluba, na Shamballa, mar.2012. |
Luís Alfredo compartilhou a pesquisa de uma neurocientista de Universidade de Oxford, em que ela comprova que logo perceberemos uma geração de crianças incapazes de pensar por si próprias. Esse é um dos riscos das novas tecnologias a que temos acesso atualmente.
Em Córdoba, Es, 22.09.2011. |
Ao revelar uma estreita relação entre os efeitos das novas tecnologias de comunicação e a química cerebral, Susan Greenfield alerta que navegar em excesso por redes sociais pode fazer o cérebro regredir.
Isso porque a exposição repetida a flashes de imagens em programas de TV, jogos de videogame ou redes sociais pode infantilizar o cérebro, tornando-o similar ao de uma criança pequena. Infelizmente, posso comprovar isso em família!
Lu e netos Matheus e Juju. |
Ainda, segundo essa neurocientista, pesquisas sobre transtorno de vício e o uso obsessivo de internet preocupam por mostrarem que crianças e adolescentes estão deixando de viver a vida real para se entregarem a experiências virtuais diante da tela.
Descreve a experiência que teve, em Oxford, ao dissecar um cérebro, momento em que ela decidiu voltar-se para pesquisas neurológicas. Sentiu-se provocada por saber como as emoções e memórias iriam mudar ao longo dos anos.
Sobrinha neta Aurora. |
Usando o exemplo dos taxistas de Londres, que precisam passar por um teste de memória sobre ruas da cidade, falou de uma pesquisa que escaneou o cérebro desses profissionais e mostrou que o hipocampo é maior do que o da maioria das pessoas. Ou seja, quanto mais a gente usa o cérebro, mais desenvolvido e potente ele fica, pois as células são fortalecidas por interações.
Segundo Susan Greenfield, aprender é a capacidade do ser humano que o torna diferenciado dos outros seres vivos. À medida que a pessoa evolui, segundo ela, se libera da tirania de seus genes.
Frederico na Padoca da Pri. |
Ao falar sobre a influência do meio na cognição, a pesquisadora disse que o ambiente é a chave para fazer a pessoa ser o que é e que as células cerebrais são fortalecidas conforme as interações e experiências de cada pessoa. Afirma ainda que o cérebro humano é muito sensível ao ambiente, mudando a todo o momento em reação a ele.
Mas acrescentou que uma das contribuições da tecnologia está no nível da compreensão metafórica. Para Susan, as conexões das células cerebrais ajudam a compreender além do nível sensorial e a entender o nível metafórico das informações.
Aleixo e Regina na Shamballa, 2012. |
Penso que a internet é extremamente benéfica, se não perdemos a conexão com o todo. Acredito que manteremos a mente sã, se interagirmos com o universo com todos os seus elementos e não vivermos apenas no meio virtual, tornando-nos meros zumbis.
Percebo a chuva lá fora e me lembro de Jorge Ben Jor. Chove, Chuva, chove sem parar... Ontem, Aleixo colheu as duas derradeiras espigas de milho de nosso quintal. Acabo de cozinhá-las com sal e manteiga e vamos degustá-las agora!
Bom dia, Regina!
ResponderExcluirQue chuva abençoada! Aqui, depois de ameaçar desde ontem, ela começou a cair, enfim, no início da manhã e persiste, ainda, com menos intensidade, mas sem fornecer a menor pista de que vai ceder lugar ao sol. Tomara que chova bastante, o dia inteiro e outros dias mais. Estamos precisando dessa benção!
Sobre o seu relato sobre a pesquisa da professora de Oxford, não faço muita fé nessas conclusões. Há alguns anos (poucos) um amigo da Tarsila, recém formado em Engenharia de Computação no ITA, resolveu fazer um estágio em um dos hospitais de ponta de São Paulo, junto a uma das maiores autoridades em neurociência do Brasil. Cérebro privilegiado (um verdadeiro gênio, na verdade), o garoto começou a questionar o cientista sobre as diversas questões que lhe provocaram dúvidas ao ter acesso aos estudos existentes sobre o cérebro. Descobriu que quase nada se sabe sobre essa parte primordial do corpo humano. Ele ficou impressionado como os cientistas tateiam sobre o resultado das pesquisas e estudos que realizam e não conseguem ter diagnósticos conclusivos sobre a maior parte dos problemas com os quais se deparam. O médico em questão transita com desenvoltura em todos os centros de pesquisas americanos e europeus. O nosso amigo terminou indo embora fazer seu doutorado na Alemanha, em busca de melhores respostas.
Eu penso que a tecnologia chegou na hora certa. Para nossa geração, é difícil acompanhar esse progresso vertiginoso, que observamos no dia a dia. Mas, para as novas gerações, é tudo natural. Com o nosso saudosismo, acreditamos que o passado era mais feliz, sem essa loucura digital que nos assombra. Mas, somos de outro século e as novas gerações hão de descobrir uma maneira de evitar a transformação em zumbis.
Beijo!
clélia