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Regina e Marco Antônio, 1952. |
Meu irmão Marco nasceu quatro anos antes de mim! Sempre se orgulhou de ser o primogênito da família e teve muita importância na minha infância!
Aprendi a ler antes de ser matriculada na escola, acompanhando-o às aulas particulares! Ele tinha uma professora que assustava a infância goianiense na década de 50!
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Marco e Regina, 17.01.1949. |
Eu apenas o ouvia contar as histórias da palmatória de Dona Maria Camargo! Ela costumava usar esse estímulo quando seus alunos erravam a tabuada ou cometiam outros deslizes nas lições diárias.
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Marco e Regina, 1955. |
Marco era muito criativo! Estava sempre inventando alguma coisa. Na época, os meninos construíam os seus próprios brinquedos e me lembro de ele fazer a sua carrocinha de madeira e me carregar nela até o bosque da Araguaia onde depois construíram o Parque Mutirama.
Marco fazia raias incríveis e eu o ajudava, às vezes. Ele era meticuloso e fazia tudo com extremo capricho, perfeição mesmo. Passou pela fase do aeromodelismo também. Uma vez resolveu fabricar um avião e criou um artefato de madeira e metal que realmente conseguiu levantar voo.
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Regina Lúcia e Marco Antônio, 1951. |
Infelizmente, ele colocou um ferro em sua ponta e o aviãozinho depois de voar fez uma meia volta no ar e retornou atingindo a mão do Marco que precisou sofrer pequena intervenção cirúrgica.
Meu primo Luiz Roberto era um ano mais velho que ele e brincava em nossa casa quase diariamente. Com eles eu aprendi muitas travessuras infantis, a maioria imprópria para as meninas da época.
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Marco, 1949. |
Imaginem que eles resolveram cavar um túnel por baixo do muro do vizinho para pegarmos os abacates da enorme árvore, muito alta e completamente carregada, naquele ano. Esse trabalho levou algum tempo. A cada dia o buraco era coberto com uma tampa de madeira forrada com terra e vegetação para que nossos pais não descobrissem a arte.
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Marco, 1952. |
Ao término, creio que vendemos alguma torneira no ferro velho para adquirirmos uma lamparina e poder enxergar durante a travessia no túnel escuro. Todavia, o americano evangélico, dono do imóvel com o pé de abacate, acabou descobrindo o túnel e reclamou ao papai! Claro que isso rendia castigos, nem sempre amenos! Papai era a favor da correção física, educação normal naquele período. Era doloroso assistir àquelas cenas. Com o tempo, meu irmão aprendeu a fugir na hora dos castigos e ficávamos felizes com isso.
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Quinto aniversário do Marco. |
Mais tarde o Marco fez um curso de rádio por correspondência. Ele acabou construindo um aparelho que realmente funcionou. Meu irmão sempre teve um ouvido musical privilegiado e tocava qualquer instrumento desconhecido. Estudamos piano juntos por algum tempo e se eu tivesse o seu talento jamais teria deixado de tocar. Ele ainda toca de ouvido qualquer música que escuta!
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Marco e seu neto Heitor, 2010. |
As melhores lembranças que guardo de meu irmão Marco estão relacionadas às festinhas que ele organizava em nossa residência. Como éramos puros, inocentes. Nosso prazer era realmente a dança de salão ao som de velha eletrola de meu pai. Marco tinha uma coleção de Long Plays e curtíamos Ray Charles e cantores da época. Nossa educação era bastante estoica e esses eventos tiveram importância fundamental nos nossos sonhos de adolescentes!
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Aleixo, Regina, Ione, Clélia, Júnior e
Marco, jun.2012. |
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Junior, Clélia, Regina e Aleixo,
após visita ao irmão Marco. |
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