Regina na Rocinha, 31.01.2013. |
Desde ontem o sol convida à praia. Estivemos mais uma vez no Humaitá. Fomos levar o mel que chegou de Goiânia, produzido no apiário de nosso amigo psicólogo José Maria de Almeida. Esse mel é realmente especial e quem o prova torna-se freguês! Christian confirma a informação!
Aleixo e Regina na comunidade hoje. |
Nesta tarde visitamos a Rocinha. Aleixo me contou que quando era criança seu pai resolveu montar um pequeno negócio nesse local. Naquela época ainda não era uma favela, mas um assentamento no morro. Era um comércio de secos e molhados e toda sua família - seu Silvio, dona Joaquina, Aleixo, Lourdes, Silvia e Felipe - compartilhou a experiência. O negócio não estava dando certo e seu tio Chico veio visitá-los e aconselhou o seu pai a retornar à fazenda onde sua casa permanecia, prevendo que, futuramente, o local poderia aumentar a bandidagem e não era próprio para a criação de seus filhos. Hoje ele me mostrou o lugar em que ficava a birosca de seu pai! Tudo está bem diferente, mas ele localizou o espaço próximo à igreja.
Ainda na Rocinha. |
A favela da Rocinha é a maior favela da América Latina e uma das maiores do mundo. A região é considerada um bairro da cidade do Rio de Janeiro. Possui cerca de 100.000 habitantes.
A Rocinha apresenta expressões culturais e artísticas e também problemas de saneamento básico, instalações elétricas, coleta de lixo, além de construções adequadas para moradia e vias de transporte. Foi uma das comunidades que, nas últimas décadas, esteve marcada pelo tráfico de drogas.
Florinda e Regina. |
Nos anos de 1930, a região foi adquirida por imigrantes espanhóis e portugueses. Anteriormente a essa data, a área era a Fazenda Quebra-Cangalha, em que havia plantio de café. A favela se formou entre o morro Dois Irmãos, cartão-postal da cidade, e que divide os bairros de São Conrado e da Gávea. Há muitos indícios da ocupação anterior ao início da formação da favela, como casarões e prédios. No passado havia corrida de carros que circulavam pelas Avenidas Niemayer, Leblon, Gávea e Rua Marques de São Vicente.
Aleixo e Regina na praça de esportes. |
Além da plantação de café, no decorrer da primeira metade do século XX, havia plantações de legumes e verduras que eram vendidas pelos próprios moradores, daí a origem do nome Rocinha.
Na cidade do Rio de Janeiro, é uma das favelas mais urbanizadas, possui vegetação de mata fechada, comércio próprio, inclusive bancos, central de correspondências para se receber e enviar cartas de moradores que não possuem CEP, Lan houses, bibliotecas, escolas, bailes funks e rádios comunitárias.
Vista aérea da comunidade. |
Os moradores da Rocinha vivem próximos da classe A e B dos bairros vizinhos, ou seja, Gávea e São Conrado. Aliás, de um casebre da favela é possível descortinar prédios luxuosos ao redor do morro, um símbolo do contraste social da cidade do Rio de Janeiro.
A Rocinha possui um serviço de Tour especial para turistas estrangeiros que sobem a comunidade de jipe com a ajuda de um guia da própria comunidade que domina de um a dois idiomas estrangeiros. Na comunidade, há o Largo do Boiadeiro onde é sediada a feira dominical que expõe artesanato, arte e comida nordestina.
Imagem da comunidade Rocinha. |
Preferimos uma visita menos turística, apesar de acompanhados por guia local especializada. Fomos de Van, descemos na rampa e visitamos tudo a pé. Foi uma leitura excelente neste país de contrastes...
Atualmente, os bancos lá existentes emprestam quantias em dinheiro de até 1.000 reais em média para os moradores e pequenos empreendedores da favela que lá mantém um comércio próprio. Na comunidade há uma baixa taxa de inadimplência.
Aleixo e Regina em beco da Rocinha. |
Na área de transportes, a Rocinha é provida de cinco linhas fixas de ônibus, pontos de vans, táxis e moto-táxis, que é o meio de transporte mais barato e popular na comunidade. Soube que, na relação social, os moradores da Rocinha são receptivos, solidários, e se ajudam com os problemas cotidianos. A Florinda nos explicou que na Rocinha não existe furto ou roubo. Apesar da pacificação este ato ainda é punido pelos moradores que tratam muito bem o turista.
Oi, Regina,
ResponderExcluirque bom que você e o Aleixo estão aproveitando bastante mais esta estada na Cidade Maravilhosa.
O tempo tem ajudado, né?
Aqui pela Vargem Bonita tem chovido bastante. Ontem e anteontem tivemos chuvas muito fortes, provocando os problemas de sempre (na cidade), mas sem exageros.
Agradeço mais esta citação no blog.
Um abraço
ZéM