Aleixo e Regina, no Rio, em 29.10.2011. |
Temos ouvido falar da ressonância Shumann e a consequente
aceleração do tempo de acordo com a física. A respiração do planeta terra teria
se acelerado a partir da década de oitenta e, hoje, um dia não teria mais que
16 horas em vez das 24 horas conhecidas.
Aliás, uma reclamação cada vez mais constante no mundo
moderno é de que o tempo está passando rápido demais. Quem nunca se surpreendeu
olhando para o calendário e pensando como é possível de que o Ano Novo ou outra
data qualquer esteja próxima novamente?
Mas a gente se questiona por que isso acontece e como podemos desacelerar esta percepção para poder viver mais e melhor...
Mas a gente se questiona por que isso acontece e como podemos desacelerar esta percepção para poder viver mais e melhor...
Regina na praia de Copacabana, hoje cedo. |
Remetendo-nos à mitologia grega, lembramos de que Sísifo
devia rolar uma pedra montanha acima por toda a eternidade. Diariamente a
entidade grega devia subir a pedra, tendo a certeza que essa rolaria montanha
abaixo no fim do dia. Provavelmente, aquele condenado grego compartilharia
conosco a percepção da efemeridade do tempo.
Às vezes, parece-nos que antigamente tudo levava mais tempo
para acontecer. A sensação de aceleração do tempo é constante para os
profissionais do mundo moderno. Pois estamos todos inseridos em rotinas
diárias, semanais ou mensais. Fazemos coisas parecidas todo dia e, mesmo frente
a novas situações, agimos com comportamentos rotineiros.
Aleixo e Regina em restaurante no Algarve, 07.09.2011. |
Muitas vezes, temos rotinas até para quebrar rotinas. Decidimos
viajar, mas viajamos para os mesmos lugares; decidimos jantar fora, mas escolhemos
os mesmos restaurantes; decidimos passear pelos mesmos lugares...
Como já vivemos tais experiências, simplesmente não
registramos a percepção do novo e entramos em um estado de automatismo que nos
traz a sensação de que o tempo está passando rápido demais. Meu amigo terapeuta
diz a gente liga o piloto automático e se esquece de ser. As experiências
repetidas não contam para o nosso cérebro e, portanto, não temos a sensação de estarmos
vivos.
Sol e Regina na Feira do Livro, em GYN. |
Assim, mesmo que nosso trabalho seja repetitivo e rotineiro,
não devemos permitir que isso invada a nossa vida pessoal. Para ter a sensação
de que o tempo voltou a ser mais demorado, devemos propor coisas diferentes para nossa
vida.
Por exemplo, acordar de madrugada para ver as estrelas, sem
pressa de voltar à cama, experimentar comidas que a gente ainda não ousou, fazer
uma viagem para um lugar inédito, presentear alguém sem nenhum motivo especial,
observar como as nuvens se deslocam ou simplesmente perceber o contexto com um
novo olhar... A poetisa Cecília Meireles dizia que a vida precisa ser
reinventada!
Aleixo, Vó Regina, Matheus e Juju, em BSB. |
Afinal, podemos escolher se viveremos a vida de Sísifo ou
nossa própria vida. Podemos aproveitar a experiência de nossa caminhada terrena,
quebrando a rotina e descobrindo que a gente é completamente livre para ousar
viver diferente em busca da felicidade almejada por cada um.
E se desejamos que a Terra reencontre seu equilíbrio devemos
começar por nós mesmos: fazer tudo sem stress, com mais serenidade, com mais
amor que é uma energia essencialmente harmonizadora.
Para isso importa termos coragem de ser anti-cultura
dominante que nos obriga a ser cada vez mais competitivos e efetivos. Precisamos
respirar juntos com a Terra para conspirar com gaia pela paz.
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