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Regina, em 15.04.2011. |
Contos de fada existem? Quando se trata da família real britânica, tudo é possível. Até mesmo o ideal romântico das mulheres, tão celebrado na literatura: o casamento de um príncipe com uma plebeia.
No dia 29 de abril, na Abadia de Westminster, no centro de Londres, a inglesa Catherine Elizabeth Middleton, 29 anos, vai fazer história. Ela será a primeira princesa sem sangue real em 350 anos, cuja família não possui títulos de nobreza ou ligações com a realeza. Ao casar-se com o príncipe William, neto de Elizabeth II, pode tornar-se rainha da Inglaterra. Em termos políticos e econômicos, isso não quer dizer grande coisa.
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Palácio de Buckingham em Londres, UK. |
Há tempos a monarquia perdeu os poderes e a Grã-Bretanha é governada por um primeiro-ministro e um parlamento que não consultam o Palácio de Buckingham para quase nada. Para os 60 milhões de ingleses, a família real é um símbolo, a representação de um passado em que a nação ajudou a escrever a história do mundo ocidental.
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Kate e William preparam enlace real. |
Todavia, este casamento real chama a atenção do mundo todo! A coroa inglesa não é a única, mas é a que tem mais destaque. Com o casamento todos poderão ver que a monarquia ainda é uma instituição repleta de rituais e beleza. É o lugar em que os sonhos ainda se tornam realidade em toda a sua plenitude. Esse casamento dirá ao mundo que a monarquia ainda é institucionalmente bela e significativa.
Os noivos Kate e William representam a nova geração dos britânicos, que são modernos, inteligentes e antenados, mas que preservam as tradições valiosas, como o gosto pelas obras de caridade. Eles dispensaram a lista de presentes e escolheram instituições pouco conhecidas para receber doações dos convidados que desejem presenteá-los. Imaginem que as doações também podem ser feitas pelo site oficial do casamento, em seis moedas diferentes. Essa atitude pode mostrar que o reino unido é um país criativo e dinâmico, aberto às oportunidades e conectado com o mundo, pois sabe combinar história e tradição com modernidade e inovação.
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Regina e Aleixo, perto do palácio de Buckingham,
em Londres, setembro de 2010. |
Ao contrário das outras monarquias existentes, a inglesa desperta tanta curiosidade por revelar mais do que o protocolo dos palácios. Ao oferecer mais do que os ritos palacianos e as ocasiões formais, a realeza permite que as pessoas se identifiquem, se enxerguem. Escândalos, intimidades e lucros à parte, o casamento real projeta no imaginário coletivo uma expectativa que vai além do que se pode ler nas revistas de fofoca. Eles personificam a possibilidade de sucesso nos vínculos criados pelo casamento.
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Príncipe William e Princesa Catherine, logo
após o enlace nupcial no dia 29.04.2011. |
Se os pais de William falharam, agora se renova a esperança ao vermos este casal moderno, fadado a encontrar-se e a desfrutar, juntos, a felicidade. Afinal, a livre escolha do casal, fator que não existia na união arranjada de Charles e Diana, também é um poderoso gerador de empatia. Pois, a ideia de liberdade de escolha está sempre associada a decisões acertadas e à garantia de satisfação.
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Regina, noutro ângulo do palácio de Buckingham. |
A imagem de uma princesa moderna, inteligente e bem resolvida também aproxima Kate das mulheres comuns, que buscam relacionamentos duradouros e sólidos, mas não estão dispostas a um casamento à moda antiga, em que os maridos tinham a palavra final.
William também encarna o novo ao escolher uma mulher sem conexões com a realeza, aparentemente pelo simples fato de amá-la. A empatia se solidifica quando os dois aparecem juntos em público, trocando sorrisos, olhares e conversas. Talvez haja mesmo afinidade entre o casal, o que torna tudo ainda mais mágico.
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William e Kate na hora do sim, na Abadia de
Westminster, durante a cerimônia nupcial. |
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