terça-feira, 19 de abril de 2011

LOUCA OU ZEN!?

Regina,  2011,
 Louca ou Zen!?
Sonhar é acordar-se para dentro. Mário Quintana

Lembro que a loucura cotidiana poderia ser caracterizada de acordo com a visão de mundo e o comportamento de cada um dentro de determinada sociedade. Popularmente, em músicas, na literatura e no senso comum, louco é aquele que tem atitudes consideradas fora do padrão da sociedade, seja porque perdeu a razão, seja porque adota um comportamento diferente do que é costume.

Regina, 1952,  Branca de Neve!?
Pensando dessa maneira, aqueles que, num momento de raiva, perdem o juízo e passam a agir impulsivamente e os que, numa paixão intensa, fazem coisas sem pensar nas conseqüências poderiam ser enquadrados no perfil do louco. Uma atitude espontânea, impensada, pode ser considerada loucura. Da mesma forma, pessoas que trabalham demais, vistas por quem acredita que o trabalho não é tudo, são loucas.

Quem adota uma atitude diferente do padrão, tendo valores opostos ao da maioria, também é taxado de louco. Percebe-se assim que, dependendo do olhar com o qual a gente observa, a loucura pode estar presente em qualquer situação, da mais corriqueira a mais imprevista.

Regina em sua fase Zen, 1994.
 E, muitas vezes, desafiei os padrões e ousei! Apesar de ser meio tradicional e até romântica, aventurei-me em empreendimentos e viagens que poucas pessoas o fariam. Fui proprietária de escola aos 19 anos. Viajei sozinha por inúmeros países quando ainda precisava da autorização do juizado de menores. Casei-me poucos meses após conhecer o noivo estrangeiro. Morei em três estados brasileiros. Fui a primeira pessoa a ter coragem de se divorciar na família! E isto, aos 48 anos, com muito mais de duas décadas de casada! Realizei tantas viagens, mesmo longe de ter um poder aquisitivo mais privilegiado. E não me arrependo de nada que fiz até hoje!

Regina,  em 1993.
Não me considero nem louca, nem zen! Talvez, eu seja apenas um pouquinho aventureira! Nilton Ferreira costuma nos dizer no curso de psicologia transpessoal que muitas pessoas sentam sobre um monte de caca e se acostumam ao cheiro característico, ao calorzinho, e se acomodam ali. Sabem que, se elas saírem, poderão encontrar coisas melhores, mas também podem cair em algum buraco! E permanecem! Eu sempre prefiro arriscar, mesmo que eu quebre a cara algumas vezes!

Hoje, sei que a beleza feminina ou masculina está refletida na sua alma. A beleza de uma mulher, com o passar dos anos, deve crescer. À medida que perdemos as máscaras desnecessárias e ganhamos alguma sabedoria, a nossa beleza o denuncia! A gente se sente bem e isso se reflete em nosso semblante. Mesmo assim, gosto de mudanças!
Regina, na França, 1996.
Às vezes preciso mudar o corte ou a cor dos cabelos! Nasci branca de neve, fiquei morena clara; tive os cabelos pretos, castanhos, ruivos e loiros ao logo das décadas! Sou feliz assim e gosto de mim da maneira como sou!

E repetindo Osho, mestre zen budista: “ você não pode ser outro além de você mesmo! Então, relaxe! A existência necessita de você tal como você é!”

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