quarta-feira, 18 de abril de 2012

ILUSÕES E IDADE DO CONDOR


Celina é a vovó número dois do Rafa!
Ando cultivando hábitos da melhor idade ou idade do condor! E isso nada tem a ver com ilusão! Dói o joelho, o braço, reclamo do cheiro de mofo dos livros antigos! Aliás, o meu nariz entope e percebo o odor do mofo antes de visualizar o objeto antigo! Coisas da melhor idade, claro! Ainda bem que mantenho o bom humor!

Esta tarde, Aleixo foi levar minha sobrinha a um endereço que ela desconhecia e fiquei com as crianças na casa da Clélia. Sou a vovó número quatro para meus sobrinhos netos holandeses. Luiza, a avó deles, é a número um; sua irmã gêmea, Celina, é a vovó dois; Clélia é a número três e eu, a quarta. Foi a forma que eles encontraram para identificar tantas avós!

Nuances do verde na nossa Shamballa!
Se a gente perguntar quem eles preferem, respondem logo: a avó número dois! Celina já era a tia predileta na época de meus filhos pequenos e parece que continua na liderança. Ela deixa as crianças fazerem tudo que desejarem, claro!

Mas Celina é também a preferida de cada irmã! Seu coração deve ser bem maior que ela! Há pouco conversava com minha cunhada no facebook e ela mencionou a qualidade áurica de nossa irmã. Respondi a ela que, se pudéssemos visualizar, certamente enxergaríamos a aura da Cé agradavelmente colorida!

Vic fazendo pose para foto no níver da
priminha Sofia!
Vic dormiu logo, Rafa se distraiu com o joginho do Ben 10 e comecei a pensar sobre a importância das ilusões humanas. Ao percorrer a história da humanidade percebemos a presença da ilusão. Somos envolvidos pela ilusão, da infância à morte.

As ilusões são as causas de nossa existência humana e constituem também o nosso desejo. São ilusões do amor, do ódio, da ambição, da glória, todas essas várias formas de uma felicidade incessantemente esperada que nos mantém em atividade. Elas iludem-nos sobre os nossos sentimentos e sobre os sentimentos alheios, disfarçando a dureza do destino.

Aline, Luciana, Amaro, Regina e Victoria.
As ilusões intelectuais são menos frequentes que as ilusões afetivas. Essas últimas proliferam porque persistimos em querer interpretar racionalmente sentimentos muitas vezes ainda envoltos nas trevas do inconsciente. A ilusão afetiva persuade, por vezes, que entes e coisas nos aprazem, quando, na realidade, nos são indiferentes. Faz também acreditar na perpetuidade de sentimentos que a evolução da nossa personalidade condena a desaparecer com a maior brevidade.

Todas essas ilusões fazem viver e enfeitam a estrada que conduz à imortalidade. Não lamentemos que tão raramente sejam submetidas à análise. A razão só consegue dissolvê-las paralisando, ao mesmo tempo, importantes meios de ação. Para agir, cumpre não saber demasiado. Porque nossa vida é repleta de ilusões necessárias!

Lu, Amaro, Vic e Regina, no níver da
Sofia, 14.04.2012.
Uma inteligência que possuísse o poder atribuído aos deuses de abranger, num golpe de vista, o presente e o futuro, ficaria desinteressante e a sua ação ficaria paralisada para sempre. Assim, a ilusão é necessária e aparece como o verdadeiro sustentáculo da existência dos indivíduos e dos povos, o único com que se pode sempre contar.
Imaginem que ainda gosto de visitar as cartomantes da vida... De certa forma, é uma espécie de compra de boas ilusões, não é?

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