sexta-feira, 30 de março de 2012

DIÁRIO DA BLOGUEIRA

Aleixo e Regina. Londres, setembro 2010.
Tenho andado ocupada organizando o novo livro que integrará a coletânea dos autores goianos mais uma vez. Além disso, estou preparando-me para continuar as iniciações de reiki, acertando as contas com o leão, entre as dezenas que coisas que aparecem ou invento a cada semana. Ontem, antecipei meu plantão como voluntária na WEB. Também, participei da reunião virtual que acontece a cada final de mês. Aleixo está cuidando da reforma do escritório e este está desmontado até que as paredes sequem bem para passar a massa impermeabilizante antes da textura.

Teteu e Juju na Shamblla. Julho, 2011.
Tem chovido quase diariamente e só conseguimos usar a piscina uma vez esta semana. E fomos à cidade, quase todas as manhãs, resolver alguma coisa! Ando com saudade dos netos, mas parece que a vida anda corrida para todo mundo! Estamos programando uma visita a Alto paraíso e certamente os visitaremos, caso eles ainda não tenham voltado à Shamballa.

As crianças trazem nova vida à família! Clélia me enviou as fotos de seus netos gêmeos paulistanos! Como cresceram. Completam oito meses, estão lindos e saudáveis. Há muitas crianças na família agora. Netos do Júnior, da Sonia, da Clélia, da Celina e da Luiza, além dos meus. Os netos do meu irmão Marco moram em Ribeirão Preto e a gente só os vê quando vai lá ou por fotos.

Bruno Gustavo e Ana Júlia, netos da Clélia.
Hoje, meu sobrinho Bruno me enviou um belo texto nostálgico e me bateu uma enorme saudade da infância. Aquela saudade em que a gente viaja nas lembranças com um sorriso melancólico nos lábios. Sinto saudades das brincadeiras no meio da rua, nos aniversários dos primos ou na escola. De correr, cair e ficar com os joelhos ralados na brincadeira.

Sinto saudade da felicidade simples que outrora foi causadora de tristeza. Às vezes, a infância tem disso! Possuímos tudo que precisamos para ser felizes, mas ainda não temos maturidade suficiente para perceber e aproveitar tudo. Imaginem quantas vezes eu fui passear no campo, quase obrigada pelos meus pais. Eles costumavam dizer que criança não tem querer...

Amanda, 2011, Ela neta do irmão Júnior.
Basta que eu feche os olhos para sentir de novo o cheiro do mato molhado, do curral fértil e do leite fresquinho quando a gente ia passear na fazenda com meu pai aos domingos. Mamãe costumava cozinhar e alimentava os caseiros com suas pencas de crianças de todas as idades. Quase todos eram seus afilhados!

Lembro-me, como se fosse ontem, das brincadeiras com crianças que eu via duas vezes por ano, mas que pareciam amigas íntimas, lembro um pouco a curiosidade e o carinho pelos animais, o medo do escuro e tantos episódios hilários...Tudo que uma criança gosta, mas que ainda não sabe valorizar.

Sobrinho Gustavo e gêmeo Bruno.
Sinto saudade de esperar o Papai Noel chegar e de como descobri que eram meus pais que colocavam os presentes embaixo da cama. Sinto saudade de meu Tãozinho! De brincar com as bonecas tão desejadas, de projetar nelas a vida que gostaríamos de ter e de sonhar com o nosso futuro. Éramos crianças tão cheias de sonhos...

Mas lamento ter compreendido alguns sentimentos tão tarde. Tarde para aproveitar melhor as experiências, mas ainda em tempo para aproveitar tudo o mais que a vida tem para me oferecer. E, agora, a experiência me ensinou a aproveitar tudo que posso!

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