quarta-feira, 7 de março de 2012

HISTÓRIA DE ITAPERUNA


Regina na casa da árvore no sítio de
Antônio João e Maria Sandra. 
Estivemos fazendo as últimas visitas em Italva, tendo almoçado na casa de João Muniz e Ana Lúcia Nuss, primos do Aleixo. João do Bruno, como é conhecido, tem sido vereador por quatro pleitos. Agora, sua esposa é pré candidata a prefeita e nós nos comprometemos de estar aqui para sua posse em janeiro, com a bênção do cósmico. Eles são muito simpáticos e mais uma vez fomos muito bem acolhidos pelos familiares. Visitamos também Dedê e esposa, Lena e Valério, Elenir e Valmyr. Ficamos encantados com seu filho caçula – Emmanuel.
Elenir, Aleixo e Valmyr, em Italva. 

De Italva a Itaperuna são cerca de 50 km de carro. Antes da chegada dos primeiros colonizadores de origem europeia, a região era habitada por índios puris. A partir do século XVI, a região foi ocupada por bandeirantes e aventureiros que demandavam a baixada pelos afluentes da margem esquerda do Rio Paraíba do Sul. A atividade econômica predominante, a partir de então, foi a criação de gado, que se desenvolveu em fazendas de grandes extensões.

Aleixo, Regina e os primos: Dedê e Dilma. 
Por volta de 1830, entretanto, instalou-se aqui o desbravador José de Lannes Dantas Brandão. Ele teve iniciativas que passaram a atrair população para o núcleo pioneiro do futuro município. Lanes chegou à região após sua deserção da milícia do exército. Em 1834, ele se estabeleceu num lugar que foi denominado Porto Alegre. Pelos serviços de colonização, foi perdoado pelo governo, no entanto, em 1852, veio a ser morto por seus escravos.


Casa original da família Nuss, em 1960.
A partir do final do século XIX, com o advento da economia cafeeira, a colonização se efetuou de forma rápida e uniforme. Em 24 de novembro de 1885, o Decreto 2 810 elevou a Freguesia de Nossa Senhora da Natividade de Carangola (um dos primeiros nomes da cidade) à categoria de Vila de Itaperuna, levando esse nome por ser passagem para se chegar à Pedra do Elefante, localizada em Carangola, no estado de Minas Gerais.

Imagem da cidade de Itaperuna.
Em 1887, foi criada a freguesia de São José do Avaí, nome em homenagem às armas brasileiras na Guerra do Paraguai. Foram doados quinze alqueires de terra para patrimônio dessa vila pelo senhor Jaime Porto. A povoação foi elevada à categoria de vila em 1887, com a denominação de São José do Avaí, favorecida pela posição geográfica de fácil acessibilidade a Campos dos Goytacazes, reforçada posteriormente pela ligação ferroviária. A cidade teve o núcleo inicial em torno da linha da estrada de ferro, à margem esquerda do Rio Muriaé. Hoje, ambos os lados do rio estão ocupados pela malha urbana.
Cremilda, Totonho, Aleixo e Dalva, em
 06.03.2012.
A área experimentou crescimento regional, concomitante à ampliação de sua importância administrativa e, em 1889, foi elevada à categoria de cidade, com o nome de Itaperuna. Em 10 de maio de 1889, foi feita a primeira eleição para a câmara dos vereadores, sendo a vitória dos republicanos, que tomaram posse no dia 4 de julho do mesmo ano, sendo, portanto, a primeira câmara republicana do país, em pleno regime monárquico, regime esse que viria a ser desbancado pelo marechal Deodoro da Fonseca em 15 de novembro desse mesmo ano. Em 6 de dezembro de 1889, foi a vila de São José do Avaí transformada em município de Itaperuna, sendo criada sua respectiva comarca. 
Aleixo, Cássia, Ana Lúcia, João e Regina. 
O desenvolvimento da economia cafeeira na área foi responsável pela concentração de atividades comerciais e de serviços na cidade de Itaperuna, que passou a desempenhar funções de centro sub-regional do nordeste fluminense. A cultura cafeeira foi um grande destaque na economia da cidade por mais de quatro décadas, tornando-a, em 1927, a maior produtora nacional.
O declínio da atividade cafeeira fez com que a região passasse a sofrer fortes efeitos regressivos. A pecuária de corte desenvolveu-se, então, voltada para o abastecimento dos grandes matadouros e frigoríficos, desenvolvendo-se, posteriormente, a produção leiteira, estimulada pela presença da fábrica de leite em pó Glória na sede municipal.

Alfredo e Mercedes Nuss,
na década de 50.
A área municipal, atualmente, não abrange a mesma base territorial da época da criação, que se estendia aos atuais municípios de Laje do Muriaé, Natividade e Porciúncula, porém sua importância permanece na região. Do território original do município de Itaperuna, foram desmembrados os seguintes municípios: Bom Jesus do Itabapoana, em 1938, Natividade e Porciúncula, em 1947, e Laje do Muriaé, em 1962, ficando Itaperuna com seu atual contorno.

Já estamos bem acomodados em Itaperuna e daqui a pouco visitaremos os dois sobrinhos do Aleixo, filhos de seu falecido irmão Felipe, além de outros familiares. Conseguimos fotos incríveis, verdadeiras relíquias da  família Nuss!

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