sábado, 26 de novembro de 2011

BY ALEIXO NUSS

VIDA E INTELIGÊNCIAS

Meu marido faz jus ao apelido MAC ALEIXO!
A vida na face da Terra é algo fantástico. Se todos nós, os homens, as formigas, os insetos, entre outros, tivéssemos a mesma multiplicidade de inteligência, talvez vivêssemos muito bem ou, muito mais provavelmente, já não existíssemos mais.

Pela simples observação que fazemos de cada espécie que, por uma ou outra razão cruza nosso caminho, podemos aprender a acreditar que um Ser superior existe.

Mas, deixando de lado este aspecto, ficando apenas com nossa vivência aqui no planeta, temos que ver que a administração da vida é muito particular de cada espécie. O homem, com sua multiplicidade de inteligência, pode muito e muito faz, tanto para destruir como para construir.

Aleixo, Regina e Astro junto à gruta da Santa,
 na Shamballa.
"A melhor definição para o termo inteligência ainda é a variedade de manifestações pelas quais se torna possível identificarem o potencial de uma pessoa nas mais diversas áreas, como a corporal, a musical, a espacial, a interpessoal, a intrapessoal, a naturalista e a existencialista”.

Homens do período renascentista desenvolviam suas múltiplas inteligências quase que naturalmente, como fez Leonardo da Vinci, conhecido como um consagrado pintor, mas capacitado em ciências, anatomia, hidráulica, cosmologia, astronomia, geologia, paleontologia, mecânica, geografia, gastronomia e música, entre outras coisas.
Dentro do contexto histórico, talvez a busca por soluções impulsionasse o desenvolvimento da multiplicidade da inteligência.

Aleixo e sua filha Bel, em Natal, RN.  Ela atua como
jovem fisioterapeuta na Guararapes. 
Atualmente, essa necessidade não existe. Como praticamente há respostas para tudo, vivemos um período de especialização, que requer apenas o domínio de uma área, restringindo o conhecimento a um único assunto, mas em sua total amplitude. Se, na idade adulta, o homem limita seu conhecimento, na infância, a múltipla inteligência poderia ser trabalhada facilmente no cotidiano.  Dessa forma, o potencial vocacional dos pequenos também seria despertado com naturalidade. Dentro da escola tradicional, o educador não deveria proporcionar soluções para a criançada. Ele deveria apenas instigar a busca e a descoberta individual.

Aleixo e seu filho Arthur aplainando banco
de madeira em Shamballa.
Para exemplificar essa situação, Rubem Alves conta que, aos seis anos, ficava observando a pitangueira que havia no quintal do vizinho: “Nessa época, a arvore começava a dar frutos e eu ficava imaginando como iria pegar as pitangas. De repente, uma das minhas inteligências sugeriu que eu pulasse o muro. A outra já dizia que isso não era certo. Uma terceira dizia que eu deveria simplesmente pedir a frutas para o meu vizinho. Uma quarta, enquanto dizia que ele ia negar, me inspirava à construção de uma maquineta de pegar pitangas... Todos nós temos múltiplas inteligências: a lógica, a poética, a religiosa, a criminosa, a engenharial, entre outras, que se desenvolvem diante das necessidades de superação e por estímulos externos”.
Arthur, Bel e Aleixo em shopping natalense, 2011.

Mas, voltando às minhas experiências neste mundo, posso dizer que fui agraciado com muitas inteligências, porém desprovido outras. Por exemplo, não aprendi a conviver com gente inútil, preguiçosa e pertencente à família dos "goderos", pássaro preto que põe seus ovos nos ninhos do sabiá e do tico-tico, pois é preguiçoso e não tem coragem nem para fazer um ninho para criar e perpetuar sua espécie...

Aleixo e Regina, no Arpoador, Rio de Janeiro.
Em suma, morando aqui na chácara, que é uma pequena mostra da mata virgem onde cresci até meus 13 para 14 anos de idade, posso relembrar da luta de meu pai para conviver e sobreviver com uma multidão de outros animais, cuja inteligência, apesar de não múltipla, era bastante admirável. Apenas para um exemplo: uma vez meu pai queria evitar que as formigas cortassem as fruteiras, colocou um pneu cortado em duas bandas enterradas ao redor das fruteiras e colocou água, como todos já devem saber como. Para nossa surpresa, vimos que as fruteiras eram cortadas à noite. As formigas faziam uma ponte com elas mesmas, agarradas umas às outras, atravessavam e derrubavam as folhas na água e, depois, com as folhas caídas sobre a água, desfaziam a ponte de formigas e usavam as folhas como ponte. A meu pai só restou cair na risada e partir para o uso de mais uma de suas múltiplas inteligências. 
Aleixo, Regina, Arthur, Mércia e Ana Helena, junto
com  Alberto da Pastelaria goiana.

Atualmente estamos tendo problemas com as formigas tipo "gambá", uma formiga preta pequena, não cortadeira que, na natureza, fazem uma casa preta bem grande nas árvores e, também, costumar tomar as casas de cupins nas árvores. Elas não causam grandes estragos, apenas fazem muita sujeira e não são muito bem vindas dentro de nossas casas. No início, aqui na chácara, elas não interferiam, mas quando tirei o cabo telefônico subterrâneo e o coloquei aéreo, elas descobriram aí uma boa oportunidade para fazer seus ninhos no telhado e começaram a deixar cair sujeira eu todos os lugares da casa. Criei uma barreira com água para o cabo e, como acho que "cada macaco em seu galho", exterminei os ninhos com formicida. Até agora,  acho que minhas poucas múltiplas inteligências estão sendo vencedoras, afinal tenho de fazer jus ao meu velho apelido de "MacGyver".

Aleixo Nuss Oliveira //24/11/2011.

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