domingo, 20 de novembro de 2011

SABIÁ LARANJEIRA

Sabiá laranjeira ou Turdus rufiventrisn

Eu já comentei sobre o sabiá que insiste em bater contra seu reflexo numa das janelas da casa. Há dias quero postar sobre o assunto, mas nosso sabiá narciso não se deixava fotografar...

O sabiá laranjeira ou Turdus rufiventrisn pode ser encontrado no litoral brasileiro e no centro oeste. Ele mede cerca de 25 cm e pode viver 30 anos.

Janela preferida pela sabiá...


Sabiá fotografada pelo Aleixo hoje...









Percebemos na prática que o número de ovos de cada postura é quase sempre dois, às vezes três, procriando três vezes ao ano. O filhote nasce aos treze dias, depois de a fêmea deitar. Deixa o ninho também aos treze dias de idade e pode ser separado da mãe com 35 dias. Sem dúvida, são dos melhores cantores que existem em todo o mundo. Hoje vimos um ninho na laranjeira já com filhotinhos. Acontece que o pássaro preto ou godero tem preguiça de fazer próprio ninho e põe seus ovos no ninho do sabiá ou tico-tico. E havia um ovo estranho junto aos filhotinhos! Não é incomum ver-se o pobre do sabiá alimentando um filhote negão junto com seus filhotes pardos! Até na  natureza encontramos os exploradores da bondade do outro!

Os labradores estiveram ao meu lado o dia
todo enquanto tentava fotografar a sabiá...
O sabiá foi inspiração para renomados poetas elaborarem seus famosos versos, como imortalizou  Gonçalves Dias "minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá - as aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá" e nosso poeta e músico maior, Chico Buarque "vou voltar para o meu lugar - e é lá - que eu hei de ouvir cantar - uma sabiá".

Percebi que o sabiá tem muita dificuldade em adaptar-se a ambientes estranhos, não se acostuma facilmente com objetos diferentes.  É um pássaro  extremamente teimoso não abandonando os locais em que esteja ambientado! Aqui temos dezenas desses pássaros e eles adoram o espaço cheio de árvores. Eles comem as frutas do Apolo, a ração dos cachorros, além de insetos, minhocas e as frutas da estação nos pés específicos! Brigo por causa das minhas pitangas!

Novo ângulo da sabiá no espelho...
Se ele se assustar ele pode  bater a cabeça nas hastes e nos ponteiros das gaiolas em que estiver preso,  chegando a se ferir gravemente ou até se matar, se não for socorrido em tempo.

Não há torneio de canto para esses pássaros, na realidade ficam restritos a conviver na residência dos mantenedores ou na natureza, como aqui no bosque da Shamballa.

Paisagem na Shamballa que registrei hoje.
Muitas pessoas querem tê-los perto de si e escutar o seu canto mavioso,  mas é proibido capturar na natureza, então, procriá-los em larga escala talvez seja a solução para atender à demanda. Nada como ter-se o prazer de criar uma vida nova, sobretudo, porque são pássaros autenticamente brasileiros.

Se forem pássaros mansos e acomodados, especialmente a fêmea, reproduzem com muita facilidade em ambientes domésticos, dessa forma poderemos conseguir preservar os dialetos de canto de mais qualidade.

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