HELEN AMORIM

From Regina, To Helen

Conheci a Helen em 94. Era colega de seu marido Jefferson, na PUC, e ela foi minha aluna de literatura dramática. Ela não demonstrava muito interesse pelos conteúdos da disciplina em questão, mas era bastante inteligente, concluía a sua segunda graduação e se destacava no pequeno grupo.

Eu tinha bastante afinidade com o Jefferson e encontrei o casal em alguns eventos.  Nessa época eu me tornei diretora de departamento e participava ativamente de todas as atividades acadêmicas, culturais e sociais.

Minha comadre Helen Amorim, 2011.

Logo, a Helen terminou a graduação em Letras e foi professora convidada no departamento juntamente com outros ex- alunos do LET. Depois, passou no concurso e oficializou seu contrato na universidade.

Todavia, nós nos tornamos mais amigas depois da mudança de plano de seu companheiro, em 95. Meses depois, eu também me divorciava e nos tornamos inseparáveis.

Helen, Regina, Aleixo, Marcos e Dona Nair.

Era a década de 90, tempo da onda esotérica. Compartilhamos excursões a cartomantes, benzedeiras, cursos de tarô, astrologia, igrejas diversas. Fizemos verdadeiro turismo esotérico, juntas. E foi nessa época que comecei a aprender conscientemente a desfrutar o direito da dor e da alegria de estar viva! 

Viajamos para Mariana, Morro de São Paulo e o Peru. Tudo incrível em nossa busca compartilhada! Tempo muito bom, de sonhos quase adolescentes!

Depois eu fui fazer doutorado fora e morei quatro anos em São Paulo. 

Lucas, Gil Barreto, Helen, Nair Oliveira.

Apesar da distância geográfica, sempre mantivemos contato e ela era minha confidente, mesmo por telefone ou correio eletrônico. Foi visitar-me em São Paulo uma vez e eu vim a Goiânia duas ou três vezes. Depois de curtirmos a nossa liberdade por alguns anos, ambas nos casamos novamente. Helen realizou seu sonho de ser mãe, tanto tempo adiado.

Ela e o Marcos me convidaram para ser madrinha  de seu filho, em 2003. Eu aceitei encantada. Meu afilhado Lucas é lindo, saudável, inteligente, muito amado!

Regina e Helen, em GYN, 2002.

Hoje vivemos momentos diferentes na existência e nem sempre estamos juntas como antigamente. Todavia, sempre serei grata por nossa convivência afim.

É impossível resumir numa postagem  a riqueza de experiências que trocamos, mesmo porque sei que apenas nos reencontramos em mais uma vida...

Uma vez eu lhe pedi que escrevesse as minhas memórias póstumas, porque durante aquele período costumávamos compartilhar quase tudo.

Helen e Regina, em Cuzco, maio de 1997.

Mas acabei desistindo, Helen ainda tem dificuldade em trabalhar o tempo e demora a realizar as coisas... Assim, percebi que isso podia acontecer numa próxima existência. E a ansiedade de minha lua ariana não me permitiria esperar...

Então, inventei o blog!