domingo, 8 de janeiro de 2012

LEMBRANÇAS

Regina tecendo suas lembranças
Ontem almoçamos na casa de meu irmão Junior. Era o níver de seu genro Luciano, casado com a Pollyanna e pai da bela Sofia de um ano e oito meses. Esta logo vai ganhar um irmãozinho – Lucas - que já foi encomendado e está sendo aguardado pela família!

Conversei bastante com a minha cunhada Teresinha com quem tenho muita afinidade e lembrei-me de vários fatos da minha infância...
Regina, Aline e as sobrinhas netas:
Amanda e Sofia.
Hoje as crianças precisam de muitos brinquedos aos quais não tínhamos acesso àquela época. Assim, a gente mesmo construía as casas. Mal nossos pais saiam de casa, tirávamos toda a roupa de cama do armário e emendávamos colchas e lençóis armando cabana dentro da ampla sala da casa.

Íamos aos domingos à casa da Vovó Madalena, mãe de nosso pai. A antiga Vila Coimbra era quase rural no início da década de sessenta e a gente agia como se estivesse solto numa fazenda, explorando os campos nos arredores. Brincávamos de pique no ar e rara era a vez que a brincadeira não era interrompida devido a uma queda que escondíamos dos pais para evitar repreensão.

Clélia e Regina, no Externato São José,
em 1958.
Clélia tinha verdadeiro pavor de baratas e bateu a cabeça algumas vezes ao fugir espavorida de baratas voadoras que sempre a perseguiam.

No lote vago de nossa casa na Rua Seis construímos uma caverna que passava por baixo do muro do vizinho com o objetivo de pegar abacates em seu quintal.

Regina, Terezinha, Amanda e Sofia,
07.01.2012.
Meu pavor era de água, mas, como boa capricorniana, lutei bravamente para aprender a nadar. Numa de minhas investidas, contratei aulas no Jockey clube.
Ledice vinha de sua casa no setor aeroporto e passava lá em casa para pegarmos aula às 6h  da manhã. Isso implicava acordar às 5h e suportar o meu pavor de água fria. Lá encontrávamos com a Gracinha, colega da Clélia, que aprendeu a nadar melhor do que nós todos, mas acabou morrendo afogada ao salvar uma criança em passeio ao rio Araguaia. 

Mamãe, Tia Maria e Tio Venerando.
Eu só aprendi a nadar para a sobrevivência, depois de completar um curso depois de casada. Mas ainda tenho enorme respeito pela água e não me aventuro em locais desconhecidos!

Até os quinze anos, meu ídolo era meu primo Luiz Roberto Freitas Borges. Ele era um ano mais velho que meu irmão primogênito – Marco Antônio – e brincava lá em casa, uma vez que seus irmãos eram bem mais velhos e minha mãe era a sua madrinha. Luiz Roberto estudava línguas e eu também o fiz, ele queria viajar ao exterior e eu também o desejava, ele planejava ser diplomata e eu também o desejei por muito tempo...
 
Pollyanna, Luciano, Regina,
Sofia e Amanda.
Com ele dancei a minha valsa de quinze anos, toda empolgada e sonhadora. Ele era noivo, então, tinha inúmeras namoradas, mas isso não impedia a minha paixão platônica. Infelizmente, ele morreu de desastre de avião ao final daquele ano.

Apesar de todos os esforços das três famílias envolvidas, nunca conseguiram resgatar os restos do avião que voltava dos EUA e pode ter caído na Amazônia ou nas Guianas. 
Luiz Roberto estava com mais dois colegas: o piloto Allan Kardec, filho de tradicional família goianiense e Ronaldo, também filho do  político, como tio Venerando, o médico pecuarista goiano - Antônio Berthold de Souza -, proprietário do prédio do antigo Hotel Bandeirantes, na capital goiana.

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