quarta-feira, 18 de maio de 2011

MONTMARTRE CARIOCA


Regina, no Bondinho de Santa Teresa, 18.05.2011.
Hoje fomos explorar Santa Teresa e, mais tarde, parte do centro do Rio. O bairro de Santa Teresa é chamado de Montmartre Carioca, devido ao grande número de artistas que possuem ateliê e residem no local. Por causa desse alvoroço cultural, empresários estrangeiros estão investindo em Santa Teresa, adquirindo e reformando propriedades no bairro, como é o caso do hotel Santa Teresa e do Castelo São Fernando. A valorização que vem ocorrendo no mercado imobiliário do bairro é fruto de uma onda que toma conta dos cariocas, resultado da revitalização da região central da cidade.

Cinema do Bairro de Santa Teresa.
Este bairro surgiu a partir do convento de mesmo nome, no século XVIII e recebeu muitos imigrantes espanhóis. Ele foi inicialmente habitado pela classe alta da época, numa das primeiras expansões da cidade para fora do núcleo inicial de povoamento, no centro da cidade. Surgiram, então, vários casarões e mansões, inspirados na arquitetura espanhola da época, muitos dos quais estão em pé até hoje.

Imagem do Bondinho no bairro.
Em 1872, surgiria o bonde que se tornou o símbolo do bairro e que é atualmente a única linha em funcionamento na cidade, subindo a Rua Almirante Alexandrino. Assim, pelas ladeiras do bairro de Santa Teresa, no Rio, passa o único bonde em atividade no Brasil, onde o passado convive em harmonia com a nova paisagem urbana. É prazeroso ir a Santa Teresa para registrar o cotidiano do local que resiste à reurbanização carioca, pois este é um dos últimos bairros da cidade a manter o charme do século passado.

Regina descendo do Bondinho.
Ao subir o morro de bondinho, é possível tirar  fotos dos Arcos da Lapa, um antigo aqueduto, das rodas de capoeira e dos artesãos hippies. Os quadros de artistas boêmios, expostos nas ruas estreitas, junto com a paisagem natural do espaço também contribuem para transformar o entardecer em uma obra de arte.

Para quem gosta de culinária, o local é conhecido por ser um ponto gastronômico, em que são encontrados desde petiscos a refinadas refeições. Outra cena digna de nota é o por do sol na Baía de Guanabara que pode ser vislumbrado do mirante no Parque das Ruínas.

Aqueduco da Carioca, conhecido como Arcos da Lapa.
Mas, para curtir  Santa Teresa não é preciso se programar muito. Na verdade, as ruelas desde a Lapa até ao alto do morro constituem um museu a céu aberto. Há quem prefira, como nós, passar o dia andando por este bairro singular. A primeira parada pode ser no Largo do Curvelo, onde está a Rua Almirante Alexandrino, a mais antiga do lugar, a Casa Navio, em forma de nau, e o Castelo Valentim, além de inúmeros ateliês, bares e restaurantes. O espaço é deveras pitoresco e pudemos entender por que dizem que  quem mora ali, jamais tem vontade mudar para outro local!

2 comentários:

  1. que saudade de Santa Tereza...nos anos 70, eu peguei esse bondinho muitas vezes para encontrar amigos...faz tempo que não vou lá, mas segundo uma amiga que mora no bairro, continua a mesma coisa, apenas um pouco mais perigoso do que antes. Vc lembrou de almoçar naquele restaurante que eu te dei a dica uns tempos atrás, o Aprazível?
    Abrace por mim a Cidade Maravilhosa!
    beijos!
    clélia

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  2. Nós almoçamos lá, mas ainda não foi nesse restaurante citado. A gente precisava ir à Livraria Padrão encomendar um livro raro...Ficou para a próxima vez!

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