POR QUE VIAJAR?

Frederico, Fábia e Regina no aeroporto, esta manhã.

Hoje cedo levamos Fábia e Frederico ao aeroporto. Eles embarcaram para Guarulhos e de lá rumam para Nova York.

Muita gente questiona por que viajo tanto. Penso que viajar e escrever sobre viagens é semelhante ao prazer de uma boa conversa.

Estou certa de que devido à globalização e à diminuição das distâncias, hoje, o mundo vive um incrível período de expansão da consciência e do autoconhecimento, por meio das viagens. Atualmente o homem não busca apenas descobrir novos mundos, pessoas exóticas ou buscar bens materiais, como fizeram os grande navegadores da antiguidade, mas desvelar a si mesmo.

Aleixo e Regina alegremente viajando pela Shamballa.

As estatísticas mostram que mais de seiscentos milhões de pessoas entram num avião anualmente, atravessam meio planeta para conhecerem outros lugares e são movidas por uma curiosidade por vezes incompreendida, mas constituem apenas um décimo da população do planeta. O resto das pessoas fica em casa. Porque elas querem ficar, por conformismo, por medo ou por limitação. Até quem não pode, viaja em pensamento ou nas viagens dos outros, em livros, em revistas e sonhos.

Aleixo e Regina, no UK, em 31.08.2010.

E por que nós viajamos, afinal? Muitas vezes mal terminamos uma viagem e já pensamos em outra! Para mim, viajar está relacionado à expansão dos horizontes e da consciência, mas serve também para atender à minha personalidade curiosa e inquieta.

Toda viagem é sempre um caminho para descobrir um pouco de alguma coisa, aprender muito sobre algumas coisas e encontrar algo mais em todas as coisas. Como resultado, toda viagem acaba sendo uma viagem a nós mesmos. Aliás, vivo viajando, mesmo dentro da Shamballa!

As viagens são sempre experiências de crescimento emocional, filosófico e espiritual. A cada vez que retorno de uma viagem percebo que tudo permanece igual, mas eu mesmo mudei. E talvez seja precisamente esta sensação, junto com o prazer intrínseco e natural do ato de viajar, que me motivam e impulsionam para a próxima jornada.

Regina, no Castelo de Leeds, no UK.

Eu viajo porque me sinto muito feliz viajando! A escritora que vive em mim sente-se atraida pelo mundo inteiro! O universo visível é incrivelmente rico em paisagens e formas de vida, maravilhosamente diversificado, em termos filosóficos e conceituais, espantosamente grandioso em cultura e costumes, atrações e curiosidades, diversão e aprendizado.

E sabemos que uma cosmovisão ampla, integral e caridosa dificilmente poderá ser adquirida vegetando em um cantinho do planeta durante a vida inteira!