quinta-feira, 8 de setembro de 2011

ALGARVE E ALENTEJO

Regina, em Mértola, Portugal, 08.09.11.
Saímos cedo de Albufeira em direção a Évora passando por Faro, capital do Algarve, e Mértola, museu histórico da época dos árabes.
O guia Rui veio comentando que Portugal passou a integrar a União Européia em 86, juntamente com a Espanha. Na época eram apenas 12 países no mercado comum europeu. Portugal viveu anos dourados na década de noventa. Todos foram fazendo financiamentos em nível público e partícular, mas grande parte do dinheiro foi desviada em interesse próprio.
Ninhos de Cegonha, na parte externa da igreja.
Assim, hoje existe uma crise séria no país. O governo mudou há três meses e esperam que o novo faça alguma coisa pelo bem comum. A pesca, principal fonte de renda do Algarve, sofreu com as exigências da União Européia, pois o país perdeu grande parte do seu espaço marítimo.
Ontem assistimos ao Lula na TV. Ele veio almoçar com o governador do Benfica e repetiu que uma vez Portugal descobriu o Brasil. Agora, nosso país deve descobrir Portugal e tornarem-se maiores parceiros.
Aleixo e Regina, no Hotel Santa Eulália, em
Albufeiras, sul de Portugal.
Sempre me lembrarei da típica paisagem algaravia: árvores pequenas, casinha brancas com janelas azuis! Logo passamos por Faro que não é muito grande, tampouco turística, mas conserva a tradição de sua influência árabe.
Vimos muitas laranjeiras e macieiras pelo caminho. Soube que a cidade foi fundada no ano 800 AC pelos fenícios, mas aqui passaram cartagineses e romanos, antes dos árabes. Visitamos a Catedral de Santa Maria, que data do século XVI, depois de dar uma volta pela cidade.
Aleixo e Reginam em Albufeira, 07.09.11
Como saimos do Algarve em direção ao Alentejo, o Rui explicou que os alentejanos também são meio devagar como os baianos brasileiros e todos fazem piada sobre isso.
Em Mértola, visitamos o Castelo, rodeado de muralhas, lá no alto. Está quase em ruínas, mas percebe-se a influência dos árabes em sua arquitetura. Paramos em um bar e tomamos suco de laranja da região com bolinhos que bacalhau que eu não me importaria de comer todos os dias, se possível.
Aleixo e Regina, perto da Marina.
Então, rumamos em direção a Évora, onde estamos desde pouco depois das 14h.
Almoçamos e viemos descansar um pouco no hotel Mar de Ar. A cidade de Évora é patrimônio da humanidade. A vegetação próxima é constituída de vinhas, oliveiras, pinheiros mansos. A paisagem é castanha, chove pouco e a temperatura é quente nesta época.
Aleixo e Regina, em Faro, capital do Algarve.
Há também bastantes azevinheiras que produzem uma fruta chamada bolota, cuja castanha é bastante nutritiva e eles a usam na alimentação dos porcos, tornando a sua carne bem saborosa. 
Lembro-me de que a lenda conta que nossa Senhora de Fátima teria aparecido às crianças numa azevinheira, árvore típica desta região. Aliás, amanhã dormiremos em Fátima.
Não vemos muitos pássaros como no Brasil, mas inúmeros ninhos de cegonhas que fotografamos. Soube que elas emigram nos meses de junho ou julho com seus filhotes.
Vimos, ainda, extensos campos de girassóis, agora secos, prontos para serem colhidos, mas que deviam estar floridos há dois meses. O mais verde da paisagem são os milharais. Mas as oliveiras predominam. Dizem que são necessários quatro quilos de azeitonas para fazer um litro de azeite e Portugal é o quarto produtor do mundo.

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