sexta-feira, 9 de setembro de 2011

ROTA PARA FÁTIMA

Regina no Alentejo, em 09.09.2011.
Em Évora, além da muralha na tranqüila cidadezinha patrimônio da humanidade, pudemos visitar um museu e uma igreja que tem três paredes revestidas de ossos humanos.
Hoje, saímos do Hotel Mar de Ar após o pequeno almoço e logo avistamos a extensa muralha de Évora com 2 km de extensão e muito bem conservada tendo origem no século XIV. Na época as cidades eram protegidas por muralhas e havia as pessoas que mereciam viver ali dentro outras, párias, que viviam fora.
Castelo da Ordem de Cristo - Templários.
Pelo caminho avistamos o mesmo tipo de vegetação, vinhas, oliveiras, azevinheiras, pinheiros e outra muralha de Évora. Os árabes estiveram aqui por 500 anos e 700 na Espanha. De Évora a Vila Viçosa são cerca de trinta minutos no ônibus. O circuito é muito agradável, o guia jovem, bastante competente e simpático.
Rodaremos 295 km na direção do centro de Portugal, passando por Vila Viçosa, para admirar o imenso palácio em meio ao Alentejo.
Aleixo e Regina, em Portugal, 09.09.2011.
Depois, entre os vinhedos, a viagem segue para Alter do Chão, com seu castelo, suas casas e igrejas. Vamos almoçar ali.
À tarde, continuaremos até Almourol, também com seu castelo medieval, localizado em uma ilha do Tejo, onde faremos um passeio de barco.
Em seguida, visitaremos o Convento de Cristo, antigo castelo-convento situado na cidade de Tomar. Continuaremos em direção a Fátima, onde será possível presenciar a procissão das velas, antes do jantar.
Portugal mantém uma unidade nacional apesar das características regionais, enquanto na Espanha existe uma diversificação interior.
Dom João IV, primeiro rei da dinastia dos Bragança, que iniciou em 1640, quando Portugal saiu do domínio dos espanhóis e aqui está o seu palácio.
Nossa Senhora da Conceição é a padroeira de Portugal e a partir daí nenhum rei iriam usar uma coroa que foi colocada na imagem santa. 
VILA VIÇOSA
Vila Viçosa é uma típica cidade alentejana. É uma cidadezinha linda, aconchegante, cuja população está numa faixa etária das mais elevadas. Tudo aqui é de mármore. Bancos das praças, colunas, base da iluminação, fachada inteira do palácio que foi a residência da família Bragança.
Aqui nasceu a grande poetisa portuguesa Florbela Espanca. Nas ruas temos laranjeiras carregadas que todos respeitam e esperam a época certa de recolha, como dizem.
Vimos uma oliveira no pátio da igreja que dizem ter mil anos. Depois fomos até à antiga residência real. Hoje o palácio é um museu.
O mármore daqui vai para a Itália e lá recebe o nome de carrara. O mármore é calcário solidificado durante milhares de nãos e numa vi tanto mármore junto, quando paramos para ver o local de sua extração, um buraco enorme.
Estamos perto da Espanha, mas vamos cortar o país em direção a Fátima, mas nossa próxima parada será Alter do Chão. As rotatórias ou rotundas são todas enfeitas de alguma forma.  Continuamos em terras de vinhas e oliveiras.  Passaremos ainda por Alter Pedroso, uma aldeia de pedra.
Alter quer dizer terra do rei ou terras reais. Alter Pedroso é um lugarejo bem pequeno, muito arrumadinho, com a presença de poucas pessoas. A maioria só vem por temporadas ou nos fins de semana. Há um mirador (mirante) no alto do morro de onde se tem uma vista privilegiada que Aleixo fotografou. Colhemos também algumas bolotas das azevinheiras que tentaremos plantar na Shamballa.  Tem um gosto agradável, um tipo de castanha.
Na vinda para cá avistamos os caminhos de ferro e a estação dos comboios construída em 1850.
Em Cabeço de Vide, vimos, ainda, um pinheiro alto, bem retinho e depois soubemos que se tratava de uma antena de celular. É que o pessoal mais velho começou a culpar a existência das antenas de telefonia como causa de suas enfermidades, assim, os administradores resolveram disfarçar a sua aparência para não impressioná-los. Turismo rural é o principal interesse deste lugar.
Hoje o almoço não será no restaurante Alter Real que o grupo costuma freqüentar nas sextas-feiras. É o dia de casamento do filho do dono e ele avisou antes que arranjaria outro local onde o pessoal pudesse almoçar hoje. Almoçamos em um espaço geralmente reservado para eventos e nos ofereceram três pratos à escolha: bacalhau com arroz e bolinhos; frango assado com fritas ou porco alentejano, além da sobremesa e das bebidas nove euros por pessoa.
Após a refeição, fomos até o Castelo de Alter do Chão que fotografamos antes de descansar um pouco e retomarmos a viagem.
Na saída de Alter do chão passamos por uma grande coudelaria. Aqui eles criam os famosos cavalos lusitanos cuja raça vem sendo desenvolvida há séculos para competir com o cavalo árabe e o andaluz.  Percebemos muitos sobreiros na paisagem ao longo da autoestrada. Segundo o guia, assim que cruzarmos o Tejo novamente, em direção ao Ribatejo o número de pessoas por quilometro quadrado vai aumentar.
Às 18 h chegamos a Fátima, fomos às compras, tomamos banho, nos trocamos, jantamos e daqui a pouco vamos assistir ao terço e à procissão das velas.

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